segunda-feira, 29 de março de 2010
Composição de passagem: Tônica - 2 menor - Dominante
Continuando a falar de composição dessa vez vamos falar de Tônica (1º grau) Segunda (2º Grau) e Dominante (5º grau). Lembrando que pra quem esta chegando de "gaiato" aqui de primeira uma olhada nessa postagem e que todos os exemplos aqui citados está no método de Almir Chediak – Harmonia e composição. Isso aqui vale pra qualquer instrumento.
Os acordes que estamos trabalhando são esses em Dó maior:
Procure aqui outras posições em outros tons.
Essa passagem é particularmente muito interessante, pois cria uma "resposta para uma pergunta" que você pode usar bastante em suas composições. Para os guitarristas ou instrumentistas solos vale a pena lembrar que você pode criar ou improvisar usando:
Tõnica – Escala Maior ou Lídio
Menor – Escala menor natural, eólia ou dórica
Quinta – Mixolído ou maior 7º
Na música Dívida da Banda Ultraman (video abaixo)
encontramos essa passagem, veja a letra:
Dm7 G7 C7 Dm7
Um homem com palavra é um homem da verdade
É requisito básico para personalidade...
Dm7 G7 C7 Dm7
Aquela dívida de alguns anos atrás
Está em viva você não lembra mais
Claro, aqui eles começam na Segunda Menor, mas usaram essa passagem para compor a música. Lembrando para aqueles que não estão acustamados com o som da 7º podem subistiuir a mesma por acordes normais: Dm G C
Em breve postarei "Tudo o que dá para fazer com 7 gregos"
Abraços!
terça-feira, 23 de março de 2010
Indíce Curso de gravação 10 partes
Quer aprender a gravar usando seu simples computador?Quer tirar mais recursos do seu super equipamento? Tire a música de casa e a mande para a internet!Este curso em 10 partes feito exclusivamente para gravações em computador, explica quase tudo como fazer isso! Aqui está o índice!
Primeira parte: Ligando instrumentos e equipamentos no computador
Explica como ligar o instrumento que você possue na placa de som de seu computador e tira as dúvidas mais frequentes pra quem está começando a gravar.
Segunda parte: Quais os programas mais usados
Comenta sobre alguns dos programas mais usados para se gravar em casa e estúdio.
Terceira parte: sobre bus e auxiliares (mesa virtual)
Fala como fazer num programa o uso de plugins como se fosse uma mesa de som.
Quarta parte: volume de gravação, noise gate, equalização e compressão
Fala dos efeitos que dão volume e como obter maior ganho para gravar
Quinta parte: Equalizando – Parte 1
Sexta parte: Equalizando – Parte 2
Duas partes que falam somente sobre equalização e mascaramento acústico.
Sétima parte: Efeitos
Fala dos efeitos mais usados: reverb, delay, chorus, flanger, auto tune....
Oitava parte: consumo de Memória e CPU do computador
Comenta sobre o que acontece no seu computador quando grava e como melhorar o desempenho do mesmo.
Nona parte: ambiente e equipamentos
Fala sobre válvulas, transitores, vintage atual e o ambiente de gravação
Décima parte: finalizando a música
Como finalizar sua música/CD, considerações finais e links.
Agora não há mais desculpa para não gravar!Boa Sorte!
segunda-feira, 22 de março de 2010
Gravando a Guitarra: A vez de usar plugins
“ Rafael! Eu estou convencido que um plug-in bem utilizado fica melhor numa gravação caseira do que tentar gravar um valvulado de qualquer maneira, com microfone inadequado etc. Abraço!” por isso aqui vou abordar especificamente a gravassão de guitarra usando plugin.
1)Como gravar?
Para você gravar uma guitarra no computador, não basta apenas liga-lá no line in e gravá-la como já tinha comentado antes, existem 3 maneiras:
A)Pegue a guitarra use um pré-amp (pode ser uma pedaleira somente com compressão) grave o som o mais limpo possível, e depois passe o plugin que quer em cima do som.
B)Se você tiver uma placa interna profissional , adptador guitarra/USB (link) (muitas pedaleiras atuais possuem) ou uma placa externa USB, você pode gravar em tempo real o plugin, porém é necessário usar o driver Asio (link) e o mesmo tem quer ser “stand alone” (roda por conta própria) ou VST Host (programa que roda VST em stand alone)
C)Placas amadoras com driver asio conseguem rodar stand alone apenas sons limpos, o sons distorcidos até saem mas com muito latência .
2)Quais são os plugins?
Plugins como Guitar Rig, Amplitube e Revalver são ótimos pois possuem função “stand alone” ou seja, você pode tocar o mesmo e gravar direto sem precisar “passar” os mesmos em cima de um som já gravado.Mas se você tem um plugin VST somente ou você o passa no som ou grava em Stand Alone usando um VST Host como Bidule ou Cantable, nesse caso o Revalver MK3 ou MK2 é interessante pois possuem internamente um VST Host. Uma coisa que já notei é que passando o plugin em cima do som limpo gravado, na conversão o som costuma perder alguns DB de som que não chega a -1 DB, seria na faixa de 0,1 db ou 0,2 Db além de abafar um pouco o som que precisa ser compensado com equalização. Gravando em tempo real não acontece isso.
3)Técnicas
Como não sei o que você tem disponível, vou mostrar abaixo o que uso para gravar minhas guitarras em tempo real com um plugin stand alone ou VST Host (clique na figura para ampliar).
Computador (Audigy 2) - Fast Track - Mic 100 - Vamp 2 - Guitarra
Claro que essa “novela” seria evitada se eu tivesse uma placa professional mas por enquanto faço assim, com resultados bem satisfatórios, aqui na música “Tua é uma gata” (link) você pode conferir o resultado.
4)Simulação
Uma das coisas legais de plugins para guitarras é que muitos simulam além dos amplificadores, caixas acústicas, compressores, pedais, microfones, ECT....
Por isso mesmo você tendo um set de pedais ou uma pedaleira simples você pode fazer excelentes combinações com resultados muito satisfatórios. Num dos meus trabalhos não acertava nunca o timbre da guitarra solo e sabe o que fiz? Coloquei por primeiro um Boss DS1 depois com a vamp (usei a simulação de Roland Jazz Chorus usando caixa 4x12) e no plugin usei outra simulação de caixa 4x12 com microfones Shure 58 e AKG e ainda um rack harmonist para simular várias notas ao mesmo tempo, o resultado foi muito bom!
Já fiz gravações nesse estilo usando um carbon overdrive (link) e uma Zoom 505 II (link) somente na compressão e no noise gate e depois coloquei um plugin de vst simulando um Marshall Plexi no canal limpo, o resultado você confere no vídeo abaixo:
5) Plugins gratuitos
Um Guitar Rig official custa uns R$900,00 assim como um Amplitube, porém há plugins gratuitos que não devem nada aos pagos. Nesse site você encontra vários deles. Destaco os seguinte plugins gratuitos:
Guitar suíte: um grupo de programadores/músicos recriaram com perfeição Boss DS-1 (Distortion stompbox), Boss SD-1 (Super Overdrive stompbox), Tube Screamer (Overdrive stompbox), Oberheim PS-1 (Phaser stompbox), Univox Univibe (Modulations stompbox), Fender Twin 1969 (Guitar amplifier) e Marshall JCM900 Dual Reverb (Guitar amplifier).Eu uso quase sempre e nunca me deixam na mão.
Free amp: simulações muito boas de amplificadores e pedais. Interessantes posições de microfone.
British Valve Custom: A Studio devil fabricante dos plugins Amp pro e Guitar Amp disponibiliza gratuitamente esse plugin, que simula de Plexi a JCM 800muito parecido com “stack 4x12” real, graça a uma tecnologia exclusiva da empresa de simular válvulas. Já me salvou muitas vezes.
Juicy 77: um plugin que deveria usar mais com freqüência, pois além da gratuito consegue imitar stack Mesa Boogie, Soldano e Marshall próximos ao original.
Porém um plugin gratuito obrigatório pra quem gosta de música pesada (heavy metal, trash, balck, new) é o Extremist que mesmo sendo gratuito, nunca vi um plugin que forneça uma “distorção seca e direta”, por exemplo, da para tirar “Power chords” como Pantera (link)! Show demais!
Esses plugins não vem com um setup de instalação, por isso basta descompactar e copiar o *.DLL para o diretório C:\ARQUIVOS DE PROGRAMAS\VSTPLUGINS e divirta-se!Lembrando que para eles rodarem em “stand alone” você precisará de um VST Host.
5)Plugins comerciais
Eu vou falar aqui dos três plugins comerciais mais usados ultimamente pelos estúdios:
Natives instruments Guitar Rig: na opinião o melhor deles. As opções são muitos de cabeçotes, combos, caixas, microfone, pedais entre outras opções. Suas simulações satisfazem na hora.
Prós: Simulações de Mesa Boogie, Pro co Rat , Dime Distortion Sansamp, Vox AC30, Jazz Chorus, caixas as acústicas e microfones.
Contras: Plugins de distorção tendem consumir muita CPU. A versão 3 ainda é a melhor.
IK multimedia Amplitube: esse foi o primeiro simulador de verdade de guitarra em VST, antes dele todos os outros eram apenas idéias. Existem o Amplitube (a versão 1 uso sempre) , Amplitube Metal, Amplitube Jimi Hendrix, Amplitube fender (a simulação de Metal Head é sensacional) e o novíssimo Amplitube 3 (pra mim a melhor simulação de Jazz Chorus num plugin). Suas simulações de Marshall são melhores até agora, porém sua sessão de caixas e racks digitais soa imbatíveis.
Prós: Ótimas simulações de AC Vox, Fender, Marshall, Peavy 5150, Fender MetalHead, racks, caixas e pedais. A versão 3 se destaca por ter regulagem de memória em uso (alta, média ou baixa). a ferramenta X-GEAR junta todas as versões do amplitube disponíveis em seu computador
Contra: Plugins de distorção tendem consumir muita CPU assim como a junção de vários efeitos juntos,. Difícil fazer a vesão 3 rodar o stand Alone.
Aliens Conecttion and Peavey Revalver MKIII: O que mais impressiona nesse plugin são as simulações Peavey, iguais a dos amplificadores originais (já que a mesma os fábrica) porém o mais impressionante enquanto os outros dois (guitar rig e amplitube) sempre deixam sua CPU em 70% esse nunca vi nesse plugin a CPU passar de 50% isso num Pentium 4! Ele ainda á um VST Host (roda vst) e também vale a pena brincar com sua seção de montagem de caixas e falantes e válvulas.
Prós: Simulações peavey e JCM 900 e pré amps (o único plugin com isso), construção de ampli e caixa, baixo uso de memória.Existe uma versão chamada portabile que descarta o uso da biblioteca VST.
Contras:Difícil de fazer presets, os pedais são muito complicados. Pouca regulagem de caixas acústicas.
Você pode baixar as versões demo com o link indicado em cada plugin ou dar um bico nesse site:
Audiojunk.net
6)Equalização
Como sempre a equalização de guitarra é um problema... Em breve irei escrever uma postagem sobre isso. Você deve considerar umas coisas antes de sair fuçando na mixagem de um plugin de guitarra:
Assim com VSTi, um plugin de guitarra é feito com “impulse”. Impulse é um arquivo *.WAV de algo pré gravado que faz matematicamente as notas da sua guitarra soar no plugin, tecnicamente é como a “sampleação” de instrumentos nos sintetizadores: pega-se o som cru do instrumento e se coloca nas teclas.
Como o som vem por impulse isso quer dizer que ele é pré gravado, por isso muitas vezes as regulagens que você faz no plugin não fecham com o som que você quer. O Amplitube 3 nesse ponto ainda é o melhor. Muitos músicos famosos andam criticam as simulações de Marshall!
Uma das vantagens de se gravar com o plugin que o som soa como um VSTi, sendo mais fácil de compensar o velho problema entre a gravação analógica e digital
Cuidado ao equalizar!Lembre-se que as freqüências já estão pré gravadas.
7) Considerações finais
Aconselho a você ver vídeos espalhados no you tube sobre os plugins de guitarra, algumas coisas são realmente impressionante. Uma coisa já me convenci: depois de testar o Guitar rig 4, Amplitube 3 e Revalver MK3 o número de guitarristas usando laptop logo vai aumentar nos shows... Mas não espere que seu som fique igual ao do Steve Vai (link) o que falo aqui foi o que o Paulo Assis disse:
“É melhor usar plugin do que ficar chutando o que fazer com o som”
Abraços!
quarta-feira, 17 de março de 2010
Produção - Loteria dos sonhos
ontem no Twitter apareceu um recado que deixou todo mundo
A vida é injusta com a maioria dos músicos, pra ter uma idéia de todos os músicos que existem no mundo, se o mundo tivesse 100 músicos apenas 2 fariam sucesso e não digo isso pra te desanimar eu digo para te incentivar pois há um ditado que nós gaúchos sempre falamos: “não ta morto quem peleia” isso quer dizer: “não está morto quem ainda luta!”. Lembre-se: o mundo sempre será hostil a novas idéias, mas sempre aparece quem as defende.
terça-feira, 16 de março de 2010
Aprendendo a gravar parte 10 - Finalizando o CD
Na primeira postagem falei como ligar seu equipamento/instrumentos no computador.
Na segunda postagem te mostrei os programas que se usam para gravar
Na terceira postagem falamos sobre a mesa virtual dos programas, ou seja “bus” e “aux”
Na quarta postagem sobre o volume da gravação entrada/saída
Na quinta postagem sobre o inicio da equalização e equalizadores
Na sexta postagem sobre as freqüências da equalização
Na sétima postagem sobre os efeitos
Na oitava postagem sobre o consumo de memória do computador
Na nona postagem Sobre equipamentos e ambiente
E por último agora, falaremos de finalizar o CD. Como já falei os itens principais em algumas postagens , aqui só vou complementar as mesmas.
1)Aumentado freqüências (link Aqui): até agora não se sabe porque temos que fazer um cd soar alto ao ponto da distorção. Minha opinião pessoal é como o pessoal tem “preguiça” até nas rádios de aumentar o botão do volume nos opuseram essa ditadura do volume. Porém o outro lado da moeda é que com os equipamentos hoje estão muito bons o som está sendo gravado cada vez mais puro. Na figura abaixo você pode ver onde cada freqüência atinge nosso ouvido note que nosso ouvido houve mais as médias freqüências e as altas do que as outras A cabe a você decidir quais freqüências aumentar.
2)Conflito de picos (link aqui): como já comentei na quinta postagem do curso, o conflito de picos e o mascaramento acústico são responsáveis por estragar a maioria das gravações e só existe duas maneiras de resolve-lo: pan, volume e equalização. Seja sábio nessa parte, teste várias vezes.
3) Masterizando o cd com volume alto (link aqui): Novamente ressalto sobre os graves: você pode colocar os mesmo no máster final com os plugins que já falei (wave Maxbass, wave rbass) porém um das coisas que descobri recentemente que o grave do Baixo é tem um espectro mais largo que o do Bumbo (kick), por isso cuidado para não embolar ambos. Nessa postagem (link aqui) falo sobre equalização do kick.. Já notou que quando escutamos uma música Techno ou dance, mesmo não escutando nenhum instrumento apenas o bumbo, caixa e xipos temos a sensação de ouvir uma melodia de fundo?Porque algum instrumento grave está fazendo essa linha!Em freqüências abaixo de 40 Hz não ouvimos as mesmas, apenas sentimos suas vibrações!
4)Fazendo um cd soar comercialmente (link Aqui): infelizmente se eu te disser que depois de curso seu cd ficará igual ao do seu artista favorito, estou mentindo. A verdade que quanto melhor o conjunto (equipamento/instrumento/computador) melhor será sua gravação o que posso fazer é passar como seu cd se aproximar de um CD comercial enquanto você tiver um simples equipamento. Muitos cd comerciais ultimamente estão um lixo, e sabe porque?A pressa de ganhar dinheiro e do trabalho pronto!Isso acaba com a carreira de muito músico por aí, por isso faça tudo com paciência. Como já disse “quando você aprender tirar água da pedra” o resto é bem fácil.
5)Promova seu som: após fazer sua música, aconselho a se cadastrar em site de música independente como o Palco MP3 . Nesse link você verá uma postagem que fiz ano passado sobre “auto promoção”. Porém se você gravar e não mostrar seu trabalho nunca irá ganhar elogios ou críticas ou ainda ser descoberto, por isso quando gravar não deixe seu trabalho escondido.
6)Direitos autorais: Embora estão se revendo a política de direitos autorais (link aqui) existem algumas maneiras que você pode se defender do plágio.
A)Para saber como se registra uma música clique aqui ou aqui
B)Se você não tem dinheiro para registrar, faça uma cópia da mesma escrita a mão com sua partitura e autentique em algum cartório.Ela não constará como música registrada, mas impedirá de alguém copiar e usa-lá sem pagar direito autoral.
C)Grave um CD comentado, com data, para provar que as músicas são suas.
7)Busque o conhecimento: nesse link vários sites que irão ajudar você a evoluir muito mais
Boa sorte!
sexta-feira, 12 de março de 2010
Aprendendo a gravar parte 9 - Equipamentos e Ambientes
Você já deve ter lido em um monte de site ou revistas que produtores e músicos preferem valvulados ou preferem transistorizados (na verdade aparelhos com C.I ou seja circuito integrados), mas qual diferença profunda entre os dois?
A válvula toda vez que recebe uma “carga de volume” distorce porém ao mesmo tempo expande o som por isso não se nota sua distorção em sons altos mantendo o som natural isso estamos falando em equipamentos de gravação tais como compressores e equalizadores. Quando se fala em Guitarra, baixo ou teclado daí é outra questão. Na verdade em qualquer equipamento valvulado a válvula funciona em “estágios”, todo equipamento valvulado tem umas 8 válvulas com estágios divididos até chegar na distorção.
Já os integrados (alguns com chip) também chamados de “transistorizados” toda vez que você aumenta o volume do som ele irá depender do seu C.I para manter o som natural passando disso ele distorce e fica incompreensível, isso porque não há nenhuma válvula para expandir o som quando chega ao máximo. Porém os que possuem CHIP conseguem manter o som natural devido a vários processo “matematicamente” elaborados e muitos já não devem nada ao som de válvula. Ainda existem os transistorizados com estágios de válvula, como a maioria dos pré amplificadores hoje em dia, o som depois de um certo estágio passa as válvulas. O preço varia, mas os valvulados chegam a ser 60% mais caros.
B)Vintage X Atual
Vintage é o termo usado para identificar quando um equipamento ou instrumento é “antigo com qualidade”. Muitas vezes um equipamento vintage tem um som bem melhor do que um equipamento moderno, porém esses vintage costumam serem raros e caros. Os atuais além de serem melhor com custo x benefício possuem saídas importantes como as “digitais” além de entradas USB. Com avanço dos plugins cada vez mais realistas, possivelmente categoria equipamento+software irá dominar o mercado.
C)Instrumentos.
Infelizmente aqui e única regra é: instrumentos caros de primeira linha sempre são melhores!Porém muitos de linha inferior devem muito pouco aos de primeira, isso é uma questão de erro e acerto. Por exemplo, muitas guitarras e baixos podem ter seu som totalmente modificado mudando apenas seus captadores, amplificadores podem ser simulados com plugins stand alone ou pedaleiras, teclado simples com entrada/saída MIDI podem controlar plugins VSTi, enfim, uma série truques que estão espalhados pela net.
D)Microfones
Procure um microfone que seja compatível com seu ambiente. A maioria dos home estúdios se usam os cardióides (Shure SM58) e Hipercardióides (Behringer B1). Nessa matéria você verá como funciona os microfones, mas procure saber mais pesquisando na internet.
Ambiente
Um ambiente de gravação pode significar até 80% de sucesso da mixagem. Quanto mais “seco” o ambiente (sem ecos ou reverberação) melhor de ser mixado e de ser colocado efeitos. Porém muitas bandas já fizeram gravações até em quintais abertos com resultados sensacionais! Por isso como tudo na vida é uma questão de erro e acerto. Meu home estúdio é no meu quarto com piso de madeira e uma das coisas que já notei que existe muita vibração, por isso isolo o chão com um cobertor ou tapete. Pequenos cuidados que podem interferir bastante no resultado final. Quando gravar a voz procure achar um canto do quarto/sala onde ela saia o mais seco possível, caso não consiga isso use pouco reverb nela.
Depende de você
Muita coisa evoluiu de 1990 pra cá na música e nas gravações. Antigamente e não faz muito tempo, as bandas conseguiam computador com uma mesa de som ligado no mesmo gravando as músicas pelo gravador de voz do Windows!Faziam CD e vendiam e muita gente ainda faz isso usando outros programas como Sound Forge. Muitos ainda usam o antigo MD e depois passam tudo para o computador. A questão da gravação é resolver os “conflitos” de freqüência para seu som sair alto e limpo, por isso é necessário você escutar muito o que gosta para ter noção do que fazer. Somente que tiver equipamentos caros poderá gravar e queimar o CD, a maioria que não tem que aprender a “dar um jeito” para o seu som sair legal pra isso é só seguir esse curso ou ainda procurar ajuda na internet em vários fóruns sobre home Studio.
Na última parte do curso: Queimando o seu CD!Até lá!
quarta-feira, 10 de março de 2010
Apredendo a gravar parte 8: consumo de memória
1)Apague tudo que for inútil, libere seu HD!
Sabe aquele programa que você não usa mais?Ou jogo que já enjoou?Ou aquele filme pornô que seu amigo te passou? Isso ocupa tudo memória no seu HD. A chamada “memória virtual” depende exclusivamente do seu HD, por isso faça cópia de tudo que não usa e apague. O som no computador trabalha “matematicamente” por isso precisa de processos rápidos. Para limpar o que for inútil no HD uma boa ferramenta é a limpeza de disco do Windows. Eis o caminho:
Iniciar -» Programas -» Acessórios -» Ferramentas de Sistema -» Limpeza de disco
2)Desabilite programas e tarefas
Muito programas como os antivírus, rede, Microsoft Office entre outros, ficam residente na sua memória fazendo várias tarefas. Você pode “matar” as tarefas por esse caminho:
A)Clique com o botão direito do mouse na barra de ferramentas do Windows.
B)Vá em Gerenciador de Tarefas
C) Vá na aba processos
D)Clique na aba uso de memória 2 vezes.
Pronto, agora você verá quais as tarefas que estão mais consumindo memória. Clicando em “Finalizar tarefa” você irá matar a tarefa liberando memória. Na aba CPU você verá quanto de memória de CPU ela está consumindo. Você deve fazer uns testes para ver qual tarefa da para encerrar mas aqui vai um aviso: dependendo a tarefa nome usuário/ SYSTEM que você matar, irá reiniciar o Windows, porém não se preocupe que o mesmo volta ao normal após reiniciar. Outra dica: clicando na tarefa com o botão direito do mouse você pode definir a prioridade. Programas com muito uso de memória pode deixar definidos como em tempo real.
3)Apague arquivos inúteis e antigas DLL.
Na internet há vários programas como o Cleanner Sweep, feitos para limpar o Windows de todos arquivos antigos e DLL inúteis. Procure um na internet, instale e limpe o sistema.
4)Internet
A internet rouba muitos processos do computador, quando gravar procure deixar o modem desligado.
Nesse link do Baixaki várias opções desse tipo programa
5)Limpeza e temperatura
Leve o seu computador numa assistência e peça para fazer um limpeza e aproveita para verificar a temperatura. Computadores com a CPU em torno 42º não trabalham direito.
6)Verifique sua rede elétrica
Quando você grava e escuta o vizinho trabalhar com a furadeira, ou chuveiro da casa ligar, peça para um eletricista olhar como está sua rede elétrica. Ruídos elétricos são prejudiciais pra gravação e desempenho do computador.
7)Mantenha o anti vírus e os anti spyware sempre atualizados
Procure passar uma vez por semana sempre no “modo de segurança” do Windows.
Para entrar nele, basta reiniciar o computador e apertar a tecla F8 ou F5.
Existem muitas outras dicas na internet, porém cuidado ao executa-lás, algumas são extremamente maléficas ao computador e não há vantagem nenhuma.
Próxima postagem:
Equipamentos externos e ambiente.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Aprendendo a gravar parte 7 EFEITOS
Existem vários plugins e vários processadores de efeito no mercado, mas o que faz cada um deles?Como deixar sua música bonita com os mesmos? Vamos a descrição dos principais efeitos encontrados em plugins:
Efeitos de Ambiente
Reverb – O mais famoso dos efeitos e primeiro a ser criado. Usado para simular ambientes.
Prós – Corrige a maioria dos defeitos de gravação como distância entre um instrumento e outro, brilho no vocal, aumenta o campo estéreo.
Contras – Afasta o som original do falante (o famoso cantando no banheiro), tira o som de sua fase. Aqui nesta postagem falo sobre os principais erros de usar esse efeito sem coerência.
Delay – Surgido com aperfeiçoamento do reverb. Existem 3 tipo mais conhecidos: analógico, digital e fita (tape echo), faz com que o som seja dobrado, ampliado ou simplesmente “passear” pelo campo estéreo.
Prós – Corrige defeitos de afinação, faz com som fique mais na cara (o mesmo se aproxima do falante) dá para criar belas camadas de voz e instrumentos. Dobra o som.
Contras – Pode desafinar instrumentos de corda (violão, baixo, guitarra) e em exagero embola o som. Todo tempo tem que ser calculado, para fechar com a música.
Efeitos de Modulação
Chorus – Muito usado nos anos 80, para simular duas linhas de sons atuando em conjunto, Cria sons até de 90º.
Prós – Ótimos para reforçar o sinal de quase todos os instrumentos e a voz. Ótimo resultados quando combinado com reverb ou delay.
Contras – Deixa o som fora de fase. O exagero pode embolar os sons.
Trêmulo – Muito usado na Surf Music justamente para imitar a ação da alavanca de uma guitarra. Primeiro efeito de modulação criado, pai do chorus sendo uma variação do mesmo, porém é somente usado em instrumentos, na voz é muito pouco usado.
Prós – Ótimo pra criar sons exóticos.
Contras – Deixa o som fora de fase. O exagero pode embolar os sons.
Phaser – Nasceu a partir do Chorus cria sons até 180º. Muito usado no funky e nas músicas do rock progressivo. Na voz um de seus maiores usuários foi Ozzy Osbourne.
Prós – Ótimo pra criar sons exóticos.
Contras – Deixa o som fora de fase. O exagero pode embolar os sons e incompreensível.
Flanger – Nasceu a partir do phaser e cria sons até 360º (dá até pra criar efeito de helicóptero). Muito usado por vários músicos do metal, rock e baixistas. Na voz é usado para criar camadas e um dos lados.
Prós – Ótimo pra criar sons exóticos.
Contras – Deixa o som fora de fase. O exagero pode embolar os sons e incompreensível.
Efeitos de harmonia
Auto tune – O mais famosos efeito de voz, foi criado como plugin para pro tools pela Antares. Em rack foi visto pela primeira vez no Digitech Vocalist. Alem de ser um efeito muito para corrigir imperfeições na voz serve também para alterar a mesma.
Prós – Corrige imperfeições, ótimo para criar frases finais com vibrato tanto para voz como para instrumentos.
Contras – Em exagero fica rídulo, não corrige desafinações intensas como a maioria das pessoas pensam.
Harmonist – Criado primeiramente em sintetizadores, depois em racks de efeito para guitarra e depois para voz. Harmonist tem a função de fazer um escala “soar em acordes, tríades ou tretades”, ou seja quando você toca uma nota na verdade está tocando um acorde. Em instrumentos é muito usado em solos rock e nos solos sertanejos, na voz conseguimos criar um “corô” apenas partindo de uma única voz, som foi usado na voz de no megahit Believe e hoje em dia é muito usado em todos os tipos de estilos.
Prós – Rápido para criar 2º e 5º voz partindo da original e incrementar solos.
Contras – Mal usado deixa o som cafona
Pitch Sifter/Vocoder – Assim como o harmonist primeiramente apareceu em sintetizadores, depois em racks de efeito para guitarra e depois para voz. O termo técnico “Pitch” em inglês na música quer dizer “redução de tom”, por isso é o efeito de reduzir um tom na música. Com essa redução de tom o som se torna outro mais grave ou mais agudo. O vocoder faz a função parecida com pitch porém foi projetado especificamente para voz e ao contrário do pitch sifter não causa echo ou flageamento.
Prós – Ótimo para criar efeitos tipo de terror e ficcção científica e pra músicas eletrônicas. Muito usado no solos de guitarra na música sertaneja.
Contras – Difícil de encontrar uma aplicação útil por isso é mais usado como música experimental instrumental.
Existem vários outros efeitos, vale a pena testa-los.
No site vst4free.com vários plugins vst grátis disponíveis alguns muitos bons! No link do site Musica e Áudio vários links para vários sites de plugins gratuitos!
Na próxima postagem: plugins: consumo da memória do seu computador
Abraços!
terça-feira, 2 de março de 2010
Aprendendo a gravar parte 6 mais equalização
Com certeza, se for pesquisar a fundo o assunto, verá que várias opiniões, porém todo mundo esquece de comentar qual o equipamento que está usando. A qualidade do equipamento interfere muito no resultado final do som mais do que a equalização. Há equipamentos que só basta “tocar e gravar” e depois mixar e música está pronta. Porém não espere isso se estiver usando um computador com “placa de som amadora” e uma mesa de som, aliás, muitas vezes o resultado pode ser o oposto. Todas as tabelas de freqüências que encontramos ao longo da internet foram feitas para “equipamentos bons” e não para equipamento bom interligado com um “mais ou menos”, por isso a equalização vai exigir você pensar bastante sobre o assunto e infelizmente mixar em seu simples equipamento é bem mais complicado do que com equipamentos de qualidade. Mas não desanime!Lembre-se que quando você conseguir “tirar água da pedra” vai estar pronto para qualquer equipamento superior que comprar. Alguns passos para se seguir:
1.Tenha sempre músicas como referência. Procure ouvi-lás e tomar como ponto de partida de seu som.Procure ter também músicas independentes que podem ser achadas no Palco MP3.
2.Falarei usando os termos de um equalizador paramétrico.
LOW SELF – Puxa todas as freqüências para cima ou para baixo partindo do grave.
HIGH SELF - Puxa todas as freqüências para cima ou para baixo partindo do agudo.
NOTCH (OU PARAMETRIC)- Permite você manipular uma freqüência, aumentado ou diminuindo a largura do Q. A figura abaixo explica melhor.
3.O texto abaixo está presente na maioria dos manuais de crossover e equalizador paramétricos da Behringer, porém também é muito difundida na internet. Note que logo abaixo farei um comentário sobre a freqüência:De 31 a 63 Hz - Fundamentais de Bumbo, Tuba, Baixos de 6 cordas e pedaleira de órgão.Essas freqüências dão ao som a sensação de "potência".Se super-enfatizadas, fazem o som ficar "emplastado".Na voz, dão sensação de poder de alcance de cantores excepcionais(baixo).O corte da freq. de 60Hz ajuda na redução de ruido de rede.
Palco KH Comenta - Todo grave ou sub grave, pode ser colocado depois no máster. Você pode fazer isso usando um eq paramétrico dando um “low self” de +1Db começando em 22 Hz ou ainda usar um plugin de sub-grave como Waves R-bass e Waves Max bass. Muitos produtores preferem colocar o grave no final, pelo simples motivo ele é o que mais embola na mixagem. Leia aqui mais sobre isso.
De 80 a 125 Hz - O reforço destas freq. causam o efeito de "boom" pronunciado.O corte de 120Hz ajuda na rejeição do ruido de rede(2ªharmônica). Palco KH Comenta - O “boom” é um pesadelo antigo dos produtores. Como comentado antes, deixe os graves para o máster, se colocar antes corte os mesmos no máster também com low self. O corte de 120 hz exige cuidado, procure ouvir ao corta para não cortar nenhum harmônico junto. O harmônico da guitarra e violão está em 84 Hz, o do baixo em 80 Hz.
De 160 a 250 Hz- Fundamentais de tons, caixa e baixos(fundamentais da voz , também).Se reforçadas, podem causar o "boom".O corte em 180Hz ajuda a eliminar ruidos de rede (3ª harmônica). Palco KH Comenta – Aqui também define que timbre caixa da bateria irá assumir. As fundamentais da voz começa, 200 hz, não aumente o baixo aqui pois ele irá embolar só se for necessário.
De 315 a 500 Hz - Fundamentais de cordas e percussão em geral, extremamente importantes para a qualidade de vocal. Palco KH Comenta – Na verdade o que define a qualidade vocal é a entrada, o microfone que você usa e mais a soma do ambiente. Aqui se cortar e aumenta-se somente se há necessidade.
De 630 a 1K Hz - Fundamentais e harmônicas de cordas, teclados e percussão.Importante para a "naturalidade" da voz.O reforço excessivo causa aos instrumentos o som de "corneta de lata" e na voz aquele som de "telefone". Palco KH Comenta – Se quiser criar um efeito de telefone aqui, basta dar um low self cortando a partir de 21 Hz até 630 Hz e um high self cortando a partir de 1KHz. Um corte notch em 600 Hz ajuda liberar o vocal.
De 1,25 a 4 K Hz - Bateria, guitarra, acentuação de vocais, cordas e contrabaixo.No vocal acentua os "fricativos"(f,z,j,s,y...), importantes para a inteligibilidade.Reforço excessivo entre 1 e 4 kHz faz com que fonemas como m, b, e v se tornem indistinguíveis na voz e nos instrumentos causam o som de "lata de banha".O excesso de reforço nestas freq. também causam a "fadiga sonora", que cansam o ouvinte após cerca de 30 min.(muitas bandas deixam de fazer sucesso porque seus músicos gostam de reforçar os médios, tornando-se cansativos...Observem...).Vocais podem ter mais brilho reforçando freq em torno de 3 kHz, mas é necessário ao mesmo tempo atenuar um pouco a mesma faixa para os instrumentos. Palco KH Comenta – Cuidado com as guitarras e vocais aqui. Aqui você é parte que você define qual o instrumento será mais destacado incluindo a voz. Aumentar muito aqui causa irritação aos ouvidos.
De 5 a 8 kHz - Acentuação da percussão, pratos e caixa de bateria.Acentuação de voz feminina e falsetes.Reduções a partir de 5kHz tornam o som mais"distante e transparente", o mesmo se dispersa no local.Atenuações nessa faixa auxiliam a redução de chiados.A faixa de 1,25 kHz até 8 kHz governa a claridade e definição do som, tanto para voz como para instrumentos. Palco KH Comenta – Som de guitarras distorcidas aqui podem passar de overdrive para fuzz abelhudo. Toda respiração da voz começa daqui até 12 Khz. . Vale a pena testar aumento em quase todos instrumentos nessa área, por exemplo, o Kick (bumbo) e baixo para sair em pequenas caixas (como a de computador) precisam de aumento nessa áreas.
De 10 a 16 kHz - Pratos e brilho geral(agudos).Muito reforço causa o efeito de "sibilância"( aquele sopro meio chiado no microfone ou um ruido metálico desagradável nos instrumentos, fazendo que os mesmos reproduzam as batidas de anéis, pulseiras e outros "balãngãndãs" usados pelos músicos para formar o "tipo").
Palco KH Comenta – A maioria dos ruídos estão aqui, porém aumentar um outro instrumento pode defini-lo na mixagem final, você terá que ouvir tudo junto e ir testando.Um som de sample brilha melhor puxando um High Self essas freqüência.
Nesse link você verá a maioria das freqüências dos instrumentos. Muito útil pois mostra o som natural deles e como funciona em nosso ouvido.
Até a próxima!