sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A Composição (para refrletir)

Sei que prometi fazer postagens a cada 2 dias, porém ando dando uma descansada dos trabalhos. Hoje convido a você fazer uma reflexão sobre o é fazer uma música nesse belo texto que meu amigo Erler Gomes postou em seu Facebook esses dias. Semana que vem voltaremos (tentaremos) ao normal. Bom fim de semana!

A Composição.

Uma canção quando está nascendo, quando surge sua primeira faísca, traz consigo uma gama enorme de possibilidades. É um conjunto de sensacões, de idéias, que nem mesmo chegam a formar imagens, que ficam num terreno ainda mais abstrato do que o imagético.
Num segundo momento, algumas imagens se condensam, algumas idéias se organizam. Mas ainda resta uma porosidade, vasos comunicantes entre aquilo que começa a se desenhar e aquilo que ainda está em estado puro, sem limites, latente, caótico.

Quando a canção de fato começa a tomar forma poético musical, quando as notas e os fonemas se encontram nas frases formando sentidos, algo muito grande acontece, mas algo muito maior está se perdendo. Portanto fazer uma canção é um ato de sacrifício. Sacrificam-se as infinitas outras possibilidades em nome de algo que vai agir de forma funcional.
A canção vai parar no rádio e segue vaidosa e sedutora, arrastando quem lhe ouve como um Flautista de Hamelin. Mas, ingênua e egocêntrica, a canção finge ignorar que o grande manancial de onde ela veio lá permanece, imanente, indecifrável.
Por isso deixo muitas canções inacabadas. E as toco, de vez em quando, dessa forma, sem havê-las concluído, pois que assim conservam sua imensidão, mesmo que não consiga de fato vislumbrá-la em sua totalidade.

Assim também vejo a vida. As relações entre ego e self. Entre consciente e inconscinente.
Na vida também temos que fazer escolhas. Temos que sacrificar possibilidades em nome de um “caminho a seguir”. Por isso, às vezes, queria ser muitos, queria tomar o espaço tempo e multiplicá-lo e com ele multiplicar-me também

Dizem que guardamos em nós uma porção divina. E, se Deus é onipresente e onisciente, deve ser isso que acontece. Deve ser uma memória que essa particula guarda dentro de nós que gostaria de tudo ser e em tudo estar. A física quântica nos traz novas possibilidades de compreensão e de consciência. Em geral as pessoas acompanham os avanços da ciência como algo externo, material, que nos possibilita mais conforto, mais seguranca e prazer.
Mas algo se processa internamente na humanidade. E aí vou evocar Nietzsche mais uma vez: devemos pensar no além do homem, no super homem e deixarmos de nos comportar como meros primatas.

( Antonio Villeroy )

A melhor música que encaixa com isso tudo simplesmente é essa:



Bailes da vida foi a primeira música que toquei em público há exatamente 18 anos atrás...



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Mixagem: construindo a partir da voz

Depois de um longo tempo sem publicar, hoje volto a fazer postagens! Como sempre de 2 em 2 dias!
Não é nenhuma novidade (você provavelmente ouviu bastante) que muitos produtores começam a construir suas músicas em torno da voz. Mas em que ordem é feito isso?
Pra sanar sua dúvida fiz alguns tópicos para te ajudar a achar uma luz no fim do túnel!

1)Como se faz isso?
Normalmente os músicos timbram seu instrumentos e gravam. Porém na hora de encaixar a voz eles encontram dificuldades. E isso se deve há alguns fatores como falta de timbre, voz artificial, ambiente e uso errado dos efeitos. Um amigo meu disse que gosta de primeiro colocar um playback e acertar a voz. E a partir dela ir construindo o resto. Isso funciona muito bem, mas o seu local de gravação tem que ser preciso ou seja, quando for gravar o vocal você tem certeza que ele soará direito na gravação pois todas as freqüências estão em “flat” para quem não tem isso deve fazer a velha a escola: gravar tudo e voz por último. Na verdade, a maioria grava tudo primeiro e vai regravando conforme a voz vai pedindo destaque. Claro que nem sempre assim, muitas vez a voz é colocada de 2º plano de propósito para dar destaque a outro instrumento e isso acontece muito com o rock pesado em geral.

2)O que faço primeiro? NADA!
Primeiramente não mexa em nada, só se concentre na voz. Para isso use a função “Mute” de sua DAW ou seja, deixe tudo mudo menos a voz principal pois é a partir dela que vamos construir a mixagem. Porém aqui tem um detalhe: se ela está mal feita tanto por falha de equipamento ou por falha do cantor é melhor gravar de novo! Pois ela é o instrumento principal e se você não consegue isso é bom começar a pensar em mudar seu equipamento de entrada, o microfone ou o local de gravação. Feito isso tente obter a voz mais natural possível (como se estive ouvindo uma pessoa cantar na sua frente) e não coloque nenhum efeito!

3)Começando a festa!
Quando a voz soar bem você pode vir para essa etapa. Não é uma tarefa fácil (principalmente para que tem pouca experiência) e para isso nada como usar um plugin de Analyser e colocar ele só sobre a voz e comparar a mesma com o resto dos instrumentos. O Gráfico abaixo foi obtido com o plugin Ozone 4 (clique para ampliar):

Pra obter isso você deve ativar o equalizador paragráfico, colocar em “options – spectrum – infinite” e fazer “snapshots” de sua freqüências como foi feito aqui:

A faixa “roxa” é a voz, o que vamos fazer aqui é analisar quais as freqüências que mais conflitam em cima da mesma. O resto: faixa vermeha guitarra drive, faixa azul bateria e baixo, faixa branca cama (sintetizador). A faixa verde é padrão do plugin quando ativado. Para isso funcionar também é necessário você rever “todas as regras” de freqüência (para ver os tópicos do blog clique aqui) pois sem saber as freqüências principais e secundárias da voz e do resto você não chega em lugar nenhum.
Essa música analisada estava em processo de mixagem por isso vou detalhar o que fiz para destacar a voz:

A)A voz pode ir até 80 Hz sem problema, o problema é depois pois irá aparecer ruídos antes disso e após. Aqui cortei a mesma até 120 Hz pois a voz do cantor pediu isso, dependo o cantor pode ser cortar mais ou menos.

B)Veja somente a faixa entre 100 – 400 Hz e repare como todas as pistas se aproximam uma das outras. Isso acontece porque a maioria dos instrumentos tem seu volume de destaque baseado aqui. Abaixar ou aumentar aqui é uma questão de gosto. Se aumentarmos a guitarra possivelmente ela irá abafar a voz e se baixarmos pode ficar sem o timbre que foi gravado, por isso podemos resolver os conflitos mais na frente.

C)A faixa entre 450 Hz até 2.5 kHz nota-se a predominância da voz. Aqui nessa área é definido a maior parte dos timbres, por isso requer cuidados. Nessa caso a voz está “acima demais da média” podemos aqui baixar a mesma um pouco (com equalizador paramétrico ou com o volume) ou ainda aumentar outro instrumento que queremos destacar.

D) depois de 2.5 kHz até 8 kHz o pico varia. Isso porque geralmente 3 – 6 kHz é uma faixa bem complicada. Pra ter uma idéia aqui você pode dar brilho a voz e a o mesmo tempo deixar ela irritada, baixando pode ser resolver conflitos entre a voz e os instrumentos de corda porém pode tirar o brilho dos mesmos por isso tudo aqui tem que ser mexido quase “cirurgicamente” . O Bom mesmo é deixar tudo regulado na gravação para evitar que esse processo se torne “artificial” na mixagem.

E)Esse já um arquivo pré máster ou seja ele possue 4 busses/aux (voz, guitarra, cama, bateria com baixo) por isso olhe o próximo tópico!

4)Fazendo por etapa
Primeira mente é necessário criar os buss/aux ou seja voz, guitarra, cama, bateria com baixo ou conforme vai sua música. Depois do acerto da voz, você deve comparar a mesma “com cada pista” da música! Por exemplo, escutar o bumbo e a voz e ver qual a faixa conflitante entre os dois, em seguida adicionar a caixa, e fazer a mesma coisa com todos os instrumento e assim por diante. Claro que pode aparecer conflitos entre os instrumentos, mas você tem resolver – los sem que eles atropelem a voz e para isso muitas vezes o “pan já resolve” (jogar de um lado para outro).

Na dúvida sempre faça o “teste dos vinte” comparando a sua música com uma música comercial do mesmo estilo ou parecido e veja onde a voz se destaque ou menos se destaca!

Ótima mixagem!


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Produção: fusão de um ou mais ritmos – parte 1

Pra começar a semana vou comentar uma coisa muito comum que aconteceu nos estilos musicais: a fusão. Pra começar isso não é novidade, pois o “fusion” é jazz que tenta misturar outros estilos a si mesmo sempre buscando improvisação. A questão em produção é: você já parou para pensar que talvez o que falte para sua música se tornar um sucesso é justamente uma fusão? Claro, a maioria dos “puristas” vão dizer que uma música misturada pouco se destaca, mas você que toca de tudo numa banda nunca reparou que no fim cada estilo acaba influenciando no seu som? Uma coisa que sempre comento com meus amigos:o diferente chama a atenção das gravadoras e é por isso que está na hora dos roqueiros reverem seus conceitos pois estilos como funk carioca, forró e sertanejo universitário estão em alta justamente por serem diferentes pois possue coisas que a maioria das pessoas ainda não ouviu.

Abaixo a três músicas que mostram claramente fusão de ritmos

BYOB – System of a doom
Note que primeiramente a música começa com uma pancadaria típica da banda e no refrão vira uma levada pop reagge. Uma fusão simples mas bem feita.




Por quê? – Pi Banda
Minha banda PI misturava muitas coisas pois concordávamos que misturar era muito legal. E isso que fizemos: misturamos grunge, ska, reagge e har rock tudo numa música só.



Renagades of Funk – Rage Against Machine
Por ultimo um trio que parece um sintetizador gigante. Misturando hip hop e hard rock saiu uma das melhores bandas que já existiu. Tom Morello com uma guitarra e um whammy fez coisas que ninguém imaginava fazer numa guitarra. Note que a música tem poucas bases e mais sim mais riffs.




Nem toda fusão “fica boa” por exemplo, essa história de “misturar” uma banda de rock com orquestra em umas ficaram ótimas (parece os dois são a mesma coisa) e outras ficaram uma bela porcaria!Ou que nem aquela história do “samba rock” uns são excelentes exemplares, outros são daquele tipo “pagode tocado numa festa cheia de amigos bêbados”. Outra coisa que fugir muito da sua “raiz primária” (o estilo que você mais gosta) pode não ser uma boa,pois quando você faz uma música que não gosta o público nota na hora. Por enquanto procure ouvir músicas e veja quais andam fazendo essa fusão!

Próxima postagem veremos umas idéias para você começar a misturar! Abraços!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Composição - Renovando velhas músicas

Ultimamente não ando compondo muito apesar de várias letras prontas. Porém não compor não significa que você fique sem gravar. Muitos dos músicos que conheço tem uma coisa em comum: deixar a sua música pra gravar em casa e gravar num estúdio "côvers" afim de mostrar seu trabalho enquanto devia ser totalmente ao contrário pois a coisa mais "banal" que podemos fazer é ter vergonha de uma música composta por nós. Não entrando em detalhes muitos "polêmicos" para não perder o foco da postagem o que proponho a você é refazer "aquela velha música" que você já toca a tanto tempo e a tantas festas. Lembrando que já falei sobre isso em postagens anteriores.

Domínio público
Ultimamente você escuta uma música nova de um artista que nunca ouviu na vida e de repente aparece sua avó dizendo que era uma música que ela escutava na juventude. Você acha que ela está ficando "gagá" mas na verdade ela tem razão pois essa música é tão antiga que virou "Domínio público". Eu não sei se há como evitar isso (dizem que há uma clausula no direito autoral da música para que ela vire ou não domínio público) por isso acho melhor você pesquisar isso antes que eu fale alguma bobagem! Mas você já se perguntou porque por exemplo tem tanta dupla sertaneja regrava sempre as mesmas canções? Alguns porque são música da nossa história popular e outros porque são domínio público. Teoricamente se há canção já foi composta há mais de 30 anos (ou seja qualquer uma depois de 1981) ela fica a desposição para regravação e apesar de manter o nome do autor original porém aquele que regrava também "fatura" em cima dela e um dos motivos porque ultimamente estamos ouvindo tantas regravações mesmo sabendo a quantidade de compositores com músicas fantásticas que não são aproveitadas.

Regravações
Na indústria fonográfica quando artistas, produtores e gravadoras querem ganhar um dinheiro "fácil" apelam para uma regravação. A regravação é só uma "cópia" atualizada do que já foi feito ou seja, sem tirar nem por nada. Na verdade tem tantas regravações idênticas que eu sou um que acredita que eles pegam a trilha originam da música, cortam um ou dois instrumentos, colocam um arranjos novos e mandam o artista cantar. E tá feito! É só pagar os direitos originais do artistas que fez a música, o jabá e entupir 24 horas a músicas nos nossos ouvidos com a regravação.

Versões
Quando se trata de uma versão há algumas regras a serem seguidas (que são ou não usadas)

A)Mudar o estilo da música (exemplo de sertanejo para rock)
B)Mudar os arranjos e tom da música (exemplo tirar ou colocar solo)
C)Pode se manter o que é chamativo (por exemplo deixar a introdução original da música)
D)Conversão de linguagem (de português para inglês ou vice versa)
E)Acréscimos (de passagens, notas, melodia ou dissonância)

Como exemplo vou dar a música Será do Legião Urbana

Orginal
C G Am F C G Am F
Tire sua mãos de mim eu não pertenço a você...

Versão
D A Bm G D A Bm G
Tire sua mãos de mim eu não pertenço a você...

O que fizemos aqui foi uma simples "transposição de tom". O ritmo dela é rock, procure tocar nesse novo tom em outro ritmo 4/4 como SKA ou Reagge ou até mudar para 2/4 e tocar como rock composto. Ou use "power chord" ligue uma distorção pesada e faça um heavy metal ou até dedilhe. Outra coisa interessante é transformar em bossa, samba rock ou jazz porém você vai acrescentar "tetrádes". Nesse caso vou utilizar a música I will survive de Gloria Gaynor

Orginal
Am Dm G C
I will survive. As long as I know How to love I know I’ll stay alive.
F Bm7b5 E E7
i have all my life to live i have all my love to give... I will survive

Versão
Am7 Dm7 G6 C7+
I will survive. As long as I know How to love I know I’ll stay alive.
F/A Bm7b5 E E/G#
i have all my life to live i have all my love to give... I will survive

E que tal pega uma música dissonante e deixa-lá toda reta? É que podemos fazer por exemplo na música Nem um dia de Djavan:

Original
Dm7 C7(11) Bb5(9) A4(9-)
Um dia frio um bom lugar para ler um livro e o pensamento lá em você e sem você eu não vivo

Versão
Dm C Bb A
Um dia frio um bom lugar para ler um livro e o pensamento lá em você e sem você eu não vivo.

O legal disso é simplesmente para se divertir e brincar. Coisas desse tipo nos dão idéias para nossas composições! Não se esqueça de estudar sobre harmonia que é a base de toda boa composição! Abraços!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A música dos anos 90

A música dos anos 90
Sinceramente dificilmente vou esquecer essa época musical pois foi nela que vivi minha adolescência e alimentei meus sonhos e foi quando comecei a me envolver com música, e foi uma época que as coisas mudaram radicalmente no Brasil principalmente com a fixação geral do “jabá” e da valorização de ritmos nacionais, como veremos a seguir:

Histórico
Os anos 80 ficou sendo um exagero de tudo! Guitarras com 1000 notas por segundo, vocais gritantes com reverb, bandas com 10 integrantes, baterias eletrônicas, racks gigantes, artistas mais fantasiados do que uma drag queen, gel, mega hair, tênis tudo isso encheu o saco! A geração X terminava e começava a Geração Y. A primeira coisa foi que a música se tornou mais ao vivo. As bandas voltaram a ter 4 integrantes (pelo menos em estúdio) ou 3. O vocais gritados deram a lugar a vocais com atitude e apesar dos solos "virtuosos" terem ser tornado estudo obrigatório foram reduzidos a solos mais simples. Mas nenhum estilo foi tão impactante quanto o eletrônico: dance music, techno, rap, hip hop, jungle, pop reagge invadiram as rádios como nunca se vira antes. No Brasil uma "pá de cal" foi jogada literalmente no rock e entre 1993 a 1998 o pagode e axé music dominaram as rádios e a TV e somente em 1999 com uma nova geração de pop rock e a chegada do funk eletrônico carioca a moda acabou.

Os artistas e os estilos
Primeiramente se existe um nome que fixou na cabeça do pessoal no início dos anos 90 foi Gun´s Roses. Axl Rose, Slash e Cia trouxeram de volta a tona o hard rock com influência no blues (tipo Led Zepellin) acabando com a moda dos “fritadores” que dominou a década anterior. Sem contar o surgimento de bandas importantes como Red Hot Chilli Peppers, Faith no more, Pear Jam, Alice chains e sem esquecer o rock cru do Nirvana que deu ao mundo do rock novamente a rebeldia. Infelizmente o vocalista se matou (Kurt Cobain) acabando com a banda (vale a pena lembrar que Dave Gohl que era o baterista montou o Foo Fighters em 1996 assumindo o papel de vocalista e guitarrista) porém de todos os estilos o que mais se despertou foi o eletrônico.Oasis, Croaw Croes trouxeram o rock "cru" dos anos 60 com uma roupagem moderna de volta às rádios. Um grupo de produtores se juntou a uma cantora e a um rapper e montaram o fantástico C&C Music Factory mostrando que era possível misturar canto, rap, levadas rock e funk e samples numa música só. Com isso surgiu Black Box, Vanilla Ice, Mc Hammer , DJ Bobo, Haddway, Ice Cube, Ice T, e um ex-baixista quer iria ficar famoso no mundo adotando um novo como DJ: Fat Boy Slim. Sem falar na explosão de "boys band" como Backstreet Boys e N´Sync. Na ala femina Sherly Crow (ex-backin de Michael Jackson), Alanis Morissete, Shania Twain.
No Brasil as bandas de rock deram lugar a bandas de reagge de primeira linha iniciadas por Cidade Negra e Skank mas para o desespero dos roqueiro a música eletrônica invadiu todos os lugares e juntamente com o pagode (Raça Negra, SPC, Molejo, Exalta samba) e sem contar na Axé Music (Banda Eva, Cheiro de amor, É o Tchan, Chiclete com Banana, Asa de Águia) e deixou muita gente "orfã" de moda (como já comentei no no meu outro blog). Porém o rock ainda tinha algo para mostrar, pois Legião Urbana continuou com força atá a morte de Renato Russo e surgiu o Mamonas Assassina que inaugurou a era do "rock bobagem" porém que infelizmente tiveram uma carreira interrompida em 1996 num acidente de avião. Raimundos se destacou com seu "heavy metal forrozento" e sem contar Chico Science com seu "mangue beat com rock". No final da década apareceram bandas de pop rock que se iriam destacar na próxima como Jquest, LS Jack, Charlie Brown JR e sem contar nos inúmeros Acústicos MTV que resgataram por exemplo a carreira do Capital Inicial. O Rappa novamente trouxe a música de protesto a tona, misturando rock, soul, hip hop e cultura brasileira.

A tecnologia
Duas tecnologias que só haviam em filmes chegaram ao público: o CD (que condenou o vinil a extinção) e o MD (uma fita com qualidade de CD que nunca vingou) e com um gravador de CD era possível criar sua música e sair vendendo seu próprio CD pra quem quisesse.
A década 1990 apenas continuou a evolução dos sintetizadores dos anos 80 porém cada vez mais digitais e avançados, com baterias eletrônicas e timbres sampleados beirando ao realismo. As pedaleiras além de simular pedais começaram a simular amplificadores, rack e stack. Porém nada seria mais significante do que a aperfeiçoação das placas de som para computador. Essa placas apareceram para o PC em 1989 (pela empresa Adbli) e mudaram totalmente o sentido do computador: agora ele servia para ver filmes (com advento do CD), jogar jogos, escutar música e o melhor de tudo: gravar música. A partir de 1992 empresas como a Adbli, Roland, Sound Blaster e Gravis Sound viam com uma coisa a mais em suas placas: entrada e saída para gravações. A partir daí várias pessoas compravam seus computadores e acomplavam suas mesas de som e gravavam em casa realizando o antigo sonho de todo músico que não podia desponibilizar milhares de doláres para ter um equipamento de estúdio. Continuando isso, não demorou a aparecer os programas DAW que era multi pistas. Dessas desevolvedoras de softwares 3 se destacam: Pro logic (que inventou o primeiro sistema de gravação totalmente digital para o computador o Pro Tools), a Cakewalk (que criou o primeiro programa multi pista para o PC) e a Steinberg (que inventou o sistema VST/VSTi). Foi nessa década que o home studio criou as formas que conhecemos tão bem hoje em dia. A outra coisa foi o desenvolvimento absurdo dos samples! Já não eram mais apenas partes gravadas de discos ou fitas, agora tinham comportamento próprio. Se você pega-se a nota inicial do mega hit "Jump" e coloca-se no seu Roland JP80 para samplear logo você estaria com o mesmo timbre da música original criado no Obenheimer de Ed Van Halen.

O que mudou para as gravações
A década de 1990 foi marcada por 3 coisas: voltar a simplicidade, dar mas enfase ao eletrônico e o pesadelo de todo produtor musical: colocar a música no máximo volume que der! Ou seja, agora não se dava mais lugar a dinâmica (desempenho do som no campo estéreo) e sim ao volume (compressão beirando a achatação).Quando falamos em simplicidade foi que vários processos foram cortados e deram lugar a processos mais novos principalmente em relação a gravação de voz. Dos grandes estúdios abertos agora se preferia gravar em pequenos aquários mais seco possível. Dos reverbs tipo sala (hall) agora se preferia usar os pequenos e com mais delay e se contar que no final da década a fabricante Antares inventou um novo rack (e também na versão plugin) chamado "Autotune" que fez muita gente com uma voz "mais ou menos" passar a cantar "bem". As mixagens preferiam ir aderir ao "realismo", ou seja deixar a música de cara a cara com o ouvinte (como o mesmo estivesse no show). Esse desenvolvimento se chamou "mixagem 3D" que foi a porta para a mixagem em surround e depois na década seguinte iria virar "binaural". Em meados de 1996 surgiu também um outro tipo de gravação com as guitarras: o simuladores de amplificador. Muitos produtores preferiam ao invés de usar grandes stacks ou combos, deixar tudo "emulado" e o resultado geralmente era timbre gigantesco adquiridos e isso logo se passou para gravação de linhas de baixo. De fato com o surgimento do processador Roland VG-1 que simulava até tipos de captadores a gravação de guitarra foi mudada completamente e logo o processador Line 6 Podfarm seria o mais usado até hoje. Com advento da gravação digital muita gente começou a pegar quartos ou garagem vago na sua casa e transformar em "home studio" e muitos deles se transformaram em gravadoras, produtoras e divulgadoras. Uma curiosidade: o CD Night?? do Dire Straits foi o primeiro a ser gravado inteiramente usando a DAW Pro Tools.

A chegada da internet
A internet só começou direito no país somente depois de 1998, porém nos outros países como EUA, Inglaterra e Japão, ela já tinha força. Quem usava a internet nos meado de 1999 com certeza lembra do Napster, que foi o primeiro servidor de trocas de música. A MP3 pegava uma wave de um CD de 44 megabytes e a transformava em 3 megabytes com pouca diferença de qualidade e isso falicitou a troca de arquivo entre os músicos e os ouvintes. Porém veremos isso
melhor quando falarmos da década 2000-2010.


Não deixe de ouvir!
Black or White (Michael Jackson) - A computação gráfica do videoclipe continua muito atual!E um Michael que assustou o mundo a ficar branco!
Wonderall (Oasis) - o truque do "catapraste" (diminuir para 2° casa) pegou até os mais experientes dos guitarristas!Hoje em dia usado a exaustão.
Stranger (Gun´s Roses) - Uma das mais belas baladas já criadas.
The Entersadman (Mettalica) - Quando uma banda de blackmetal se tornou comercial!
Under the Bridge (Red Hot Chilli Peppers) - A história de Antony Kids com as drogas!
Nothing Else Metter (Mettalica) - Uma balada criada em cima da peça clássica de violão "Romance deux amore"
A sombra da maldade (Cidade Negra) - Pop reagge de primeira!
Falling to Pieces (Faith no more) - Uma banda com albúm de estréia e até albúm de despedida!
Mucama (Cidade Negra) -Uma das músicas que fala a realidade, simplesmente ignorada.
Perfeição (Legião Urbana) - Renato Russo fazendo um RAP com final supreendente
Make gonna Sweat (C&C Music Factory) - A apresentação do grupo ao mundo
Life (Haddaway) - Arpejos eletrônicos!Um cantor muito bom com uma carreira meteórica.
Putero em João Pessoa (Raimundos) - Rodolfo contando suas aventuras na adolêscia!

Boa Semana!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Composição: fast music food com compasso 4/4Composição: fast music food com compasso 4/4

Salvem!
Faz um tempo que não escrevo sobre composição, hoje estou inspirado por isso vou escrever um método muito manjando para você compor rapidamente uma idéia que tiver na cabeça. Não existe nome para isso, por isso vou chamar de “fast music food”pois é um música para ser criada rapidamente.

1)Introdução
O compasso 4/4 sem dúvida é o compasso mais usado do século XX e ainda será nesse século pois ele é considerado muito fácil. Por exemplo: você toca uma nota 4 vezes e troca para a próxima, toca uma nota 2 em 2 vezes e passa para próxima, toca uma nota em 4 vezes e passa para próxima e assim por diante. Na bateria também é muito simples pois basta fazer essa combinação básica para criar uma música: bumbo 1, caixa 2, bumbo 3 caixa 4 (os números são os compassos).

2)Consiga um seqüenciador!
Hoje graças ao computador temos vários programas seqüenciadores: Band in a Box (pc) Garage Band (mac) são os mais famosos. Porém se você tem uma DAW você pode usar desde loops de áudio/midi e até mesmo criar sua própria seqüência. Também com a DAW você pode ir gravando pista por pista para fazer sua improvisação. É um ótimo exercício para gravação/mixagem também.

3)Como funciona?
Uma das coisas que gosto de fazer num JAM é reunir o pessoal e tocar uma música improvisada. Porém se estamos improvisando pra onde ir no compasso? Uma das maneiras mais simples é fazer 1-2-3-4 sendo que o quarto compasso seja uma virada de bateria. Se ficar muito em cima pode ser o oitavo compasso. Quando sabemos isso o nosso psicológico vai ficar pronto para a mudança de nota ou de compasso e essa formula vamos usar também no programa ou quando estivermos tocando com alguém.
Primeiramente tenha em mão “uma letra”.Não importa o que seja, se você não tem uma idéia um “poema” ou um “salmo da bíblia” são ótimos pontos de partida!

A seguir vou passar as fórmulas que você pode usar.

Formula 1: Blues
Pouca gente sabe, mas o blues sempre dominou a composição da música atual. Seja para fazer um rock, pop, reagge, sertanejo e até mesmo um pagode. O nome disso se chama “intenção blues” ou seja, fazer um blues numa música que não é blues! Complicado? Vamos fazer o seguinte exercício (toque as notas com qualquer ritmo no número de vezes indicado).

E7 (8 vezes)
A7 (8 vezes)
E7 (8 vezes)
B7 (4 vezes)
A7 (4 vezes)
E7 (4 vezes)
B7 (segura)

Esse é o famoso “blues 8 compassos” ou “slow change”
Agora você pode encurtar o tempo para metade e fazer um blues “fast change”

E7 (4 vezes) A7 (4 vezes)
E7 (4 vezes) A7 (4 vezes)
E7 (4 vezes) B7 (4 vezes) A7 (4 vezes)
E7 (4 vezes) B7 (segura)

Experimente agora colocar a letra em cima ou ainda mudar o tom para menor ou para dissonante e boa aventura!

Fórmula 2: Seqüências comuns
Você sabe o que as músicas Será (Legião Urbana), So Lonely (The Police) e Day Maker (Led Zepellin) tem em comum? Suas seqüência de notas! Podem estar em outro ritmo mas basicamente é a mesma coisa:

C (tônica) Am (relativo menor) F (subdominante) e G (dominante)

Ou ainda

C (1º) Am (6º - ) F (4º) e G (5º)

Da mesma a forma as músicas Smoke on the water (Deep Purple), Owner lonely heart (Yes) e Iron man (Black Sabbath)

Gm (1º -) Bb (3º) C (4º) se você transpor um tom vira
Am C e D e você transpor mais meio tom vira Bb Db e Eb

Muitas vezes o que você toca se transpor por exemplo uns 3 tons a frente vira uma nova música. Por exemplo se você pegar a música “Não chore mais”(Gilberto Gil) e transpor para D você terá a seqüência da música “One Last Breath” do Creed.

1º 5º 6º- 4º
C G Am F

1º 5º 6º- 4º
D A Bm G

E isso é muito usado por um monte de produtor por aí... Vale a pena ser experimentado...

Fórmula 3: cortando notas!
Para isso funcionar você deve saber dois modos grego: maior e menor. Para quem não sabe vou dar a dica (já com seu devido acorde):

Maior – C (1º) Dm (2º-) Em (3º-) F (sus4) G (5º) Am (6º - ) Bm7b5 (meio dim)
Menor - Am (1º - ) Bm (2º-) C (3º) Dm (5º-) Em (6º-) F (7°) G (6º)

O que você vai fazer aqui? Procure tocar todas as notas e depois vá cortando algumas notas e deixando apenas as interessantes ao seu ouvido. Não entendeu ainda? Mais uma diaca:

Toquei todos os acordes e deixei apenas
C (1º) F (sus4) G (5º)

Toquei todos os acordes e deixei apenas
Menor - Am (1º - ) F (7°) G (6º)

Entendeu? Não esqueça de transpor o tom e fazer a mesma coisa!

Semana que vem postarei uma vídeo falando novamente desse assunto! Até lá!

Ótimo fim de semana!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mixagem: dando um toque pessoal a voz

Existe uma maneira bem simples e legal dar um toque personalizado a sua voz dando a sensação de “espaço” para mesma. Não é um truque comum, mas com certeza em várias músicas de pop e rock você escuta o mesmo porém mais nas músicas internacionais. Primeiramente para esse truque funcionar você deve ter feitos alguns passos anteriores como gravação, equalização e compressão e outro ponto: a voz tem que estar limpa e seca (não pode haver ambiência) pois senão o truque não funciona.

Como funciona?
O que iremos fazer é duplicar 3 vezes a voz principal. Porém, se você duplicar a mesma e colocar níveis diferentes de volume e pan, você dará a sensação de “chorus” e não de espaço e sem contar que o som pode sair de fase. Essa 3 vozes você pode colocar os efeitos na pista ou nos auxiliares, fica a sua escolha.

1)Voz principal: deixe a mesma no centro, seca somente com seus ajustes de equalização e compressão. Procure deixar em estéreo para pegar os dois lados.

2)Voz da esquerda: nessa você irá colocar um reverb. Esse reverb você irá definir como quiser. Reverb longos dão a sensação de ambiência e reverbs curtos dão a sensação de estar próximo ao ouvinte. Os parâmetros como decay, dry/mix, cut low/high podem ser definidos a gosto. Procure deixar essa voz em mono, pois em estéreo ela irá conflitar com a voz principal.

3)Voz da direita: coloque um delay no tempo da música ou ajuste manualmente até casar com ritmo. Esse delay pode ser por exemplo, o fim da frase da voz principal. Vamos supor que frase seja “te amo demais”, o delay deve dar a sensação de falar “teeee amoooo deeeemaisisis”. Procure usar um delay mono, para não invadir a voz principal.

4)Após ter feito esses ajustes, faremos o seguinte:

Voz principal
Volume: - 2 db
Pan: 0 (centro)

Voz esquerda com reverb
Volume: - 22 db
Pan: 30 (60% esquerda ou mais)

Voz direita com delay
Volume: - 16 db
Pan:80 (70% )

Porém todos esses ajustes são a gosto. O que proponho aqui é uma maneira simples e rápida de deixar a voz aparecendo mais na mixagem!
Esse efeito também fica bom em outras seções como bateria, baixo, guitarras, violões, sintetizadores e sopro solos (sax e trumpet), exprimente!

Boa semana! Boas gravações!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Produção: o estilo dos anos 80

Hoje vou começar uma série que fala sobre os estilos de música com passar das décadas. Isso pode te dar várias idéias. Hoje vou falar um pouco dos anos 80 sinceramente minha época musical preferida.

A tecnologia
Os anos 80 é uma coisa engraçada de definir: pra começar sugiram várias “revoluções” tecnológicas como o General Midi, gravação digital, sintetizadores, baterias eletrônicas em série, pedaleiras, loop machines, sample machines, racks, guitarra com micro afinação. Foi graças a isso que hoje em dia gêneros como a música eletrônica avançaram tanto, sem contar que aqui começou a gravação digital coisa que é muito comum hoje em dia.

Os estilos
Para uns estilos como pop, rock, hard rock, reagge entre outros os anos 80 foi apenas uma evolução do estilo. O que aconteceu foi o adventos de novas tecnlogias principalmente por parte dos sintetizdores pois eles acrescentaram mais um membro na banda (no caso o tecladista) e tiraram várias seções como sopro e cordas. Porém nada foi mais impactante do que o advento da figura “Guitar Hero” que começou liderado por Ed Van Halen e suas peripécias guitarristícas. Para combinar com isso, vocais gritantes beirando ao “falsete” e a multiplicação das “power bands” (1 vocal, 1 ou 2 guitarras, 1 baixista, 1 tecladista, 1 baterista e 1 percussionista). De todos os estilos os inovadores foi o Synth Pop e a New Age que formou duplas de musicar eletrônicas (como Erasure) além de criar todas as os ramos de música eletrônica conhecidos além de bandas como Duran Duran. No Brasil surgiu uma onda de “copiar” o que acontecia lá fora (conhecido como miquice) além de um movimento que misturava a MPB com o pop rock (um bom exemplo é a música Lilás de Djavan) além de muitos bons guitarristas tecladistas. Não podemos deixar de destacar o crescimento das “boys bands” (Menudo, Domino, New Kids on the Block) e o do jabá.

Os Artistas
Van Halen surgido em 1978 foi a banda que direcionou o caminho do rock nos anos 80 seguido de Bon Jovi, Heart, Living Colour, Twisted Sister entre outros. Artistas dos anos 70 como Ozzy Osbourne, Eric Clapton, Tina Turner, Dire Straits e Rod Stweart se renderam ao estilo de power band. Depeche Mode, New Order, Alphaville entre outros estouravam com seu estilo dançante. Run DMC vez com que o Hip Hop chega-se as paradas americanas. No Brasil surgiram Blitz, Legião Urbana,Paralamas do sucesso, Rádio Táxi, Ultraje a Rigor, Capital Inicial, RPM. Uma das características dos shows foi sem dúvida adição de sistemas estéreos, telões e colunas de amplificadores de guitarra (limpo, sujo, sujo pesado e solo) sem contar que já não bastava mais cantar, era preciso ter atitude e falar o que pensava. Graças a história de Guitar Hero pela primeira vez um guitarrista emplacou na “billboard” uma música totalmente instrumental com guitarra. Foi Joe Satrianni que fez esse feito. Assim como Vangelis e Jean Mitchel que conseguiram o mesmo feito usando seus poderosos sintetizadores.

O estilo das gravações
Sem dúvida o que mais caracteriza uma gravação dos anos 80 é o reverb, seguido de pitadas de delay e chorus (muito usado até hoje). O que aconteceu foi o seguinte: como os sintetizadores deixavam o som das vozes e da guitarra “descasado” com os mesmos, o jeito foi para apelar para colocar tudo no mesmo espaço e por isso o reverb foi tão usado (sem contar na evolução do reverb digital). Um truque bastante usado em músicas como Type (Livin Colour), Stay (Oing Boing), Power of Love (Huey Lewis) era colocar diferentes doses de reverb em diferentes pistas para dar a sensação de tudo estar no mesmo lugar, sem contar que Alex Van Halen, Phil Collins, Tico Torres, Roger Taylor abusavam da combinação bateria acústica/eletrônica. Porém por outro lado, bandas de power trio ou que não usava sintetizadores foi mais beneficiada pois conseguiram deixar o som mais limpo do que antes (a banda parecia estar tocando na sua frente) sem contar com a evolução da compressão e o advento do “stereo enhancer”.Uma contribuição para os dias de hoje que se criou uma geração de “super músicos” ou seja, não bastava apenas fazer de ouvido, tinha que saber o que estava fazendo. Se hoje temos podemos gravar um CD em casa foi graças as tecnologias começadas nos anos 80.

A moda
Esqueçam góticos, mulets, tênis, calças jeans rasgadas, quem ditou a moda nos anos 80 foi a MTV. Essa emissora surgiu no início da década e impulsionou o mercado dos videoclipes as alturas!Pena que hoje em dia ela está tão diferente...

Não deixe de ouvir!
Money for Nothing – Dire Straits (A primeira música gravada digitalmente)
Walk This Way – Aerosmith com Run DMC (A primeira fusão do Hip Hop com o rock)
Cult of personality – Living Colour (Jazz, Fusion, Hard Rock e ideologia política)
Jump – Van Halen (o sintetizador como instrumento de frente no hard rock)
Faroeste Cabloco – Legião Urbano (Country, rock, ska feitos por brasileiros)
Garota Dourada - Rádio Táxi (Wander Taffo trouxe o tapping para os discos brasileiros)
Máster of the Puppets – Metallica (um dos primeiros heavy metal de quebrar ossos)
You Give love to a Bad Name – Bom Jovi (Como usar o harmonist na guitarra inteligentemente)
Massage of Bottle – The Police – (rock feito com arpejo de notas add9)
Macaxera – Pepeu Gomes – (música guitarristicas brasileira)
Summer Song - Joe Satrianni (entrou na billboard)
Thriller – Michel Jackson (indiscutivelmente o rei do pop)
Kiss – Prince (um dos clipes mais provocadores já feito)
Like a virgin – Madonna
Girls have a Funny – Cindy Lauper
I´m not a gigolo – David Lee Roth (tirando um sarro legal de todo mundo)
Stanger Love – Depeche Mode
Chains of love – Erasure
Forever Young - Alphaville
Link
Bom fim de semana!!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Gravação da Banda Galapagos

Sempre falo como gravar, mixar e masterizar. Mas que tal ver isso ao vivo num estúdio profissional? Meu amigo Erlan Ribeiro da banda Galapágos fez um vídeo mostrando os bastidores da gravação do primeiro CD! Ótimo oportunidade para você ver como funciona todo processo!





domingo, 10 de julho de 2011

A hora de invadir as ondas do rádio

Nesses dias que estive em Porto Alegre ouvi umas histórias bem interessantes sobre a cultura americana. Não aquela que os filmes tentam nos passar e sim como é o dia a dia do cenário musical. Um casal de amigos vindo de lá disse que muitos artistas que fazem sucesso aqui são apenas artistas regionais lá. Isso me fez lembrar que uma vez em um show do Faith no More no Brasil, Mike Patton disse que era mais conhecido aqui que em qualquer outro lugar, pois se andasse nas ruas de L.A ninguém daria bola para ele.
Isso me faz pensar se no Brasil tudo está sempre a venda, porque não estender o “jabá” a artista que não fazem sucesso no seu país de origem devido a bela porcaria que são?
A verdade é que lá teve algo parecido com que está acontecendo no cenário brasileiro hoje em dia: artistas de vários estilos, montaram suas próprias gravadoras e suas próprias rádios afim de manter seu estilo vivo. Quando a gente fala isso muito se vem aquela ladainha que lá é o 1 º mundo, país desenvolvido, país rico, etc....
Porém ninguém se lembra que isso podia ser um belo argumento há 10 anos atrás, hoje em dia que o Brasil é estabilizado financeiramente só serve para ver como pagamos os produtos mais caros do mundo, graças aos impostos e outras taxas. Mas mesmo o computador mais simples hoje em dia vem on board uma placa de som ou seja, podemos gravar qualquer coisa em qualquer lugar (não falo de qualidade, falo em poder). Em vários sites você pode criar sua própria rádio on line e deixa-lá a disposição em vários players. Eles também me disseram que como lá muitas rádios com vários estilos geralmente você escolhe o que quer ouvir, e já aqui todo mundo sabe: a mídia ditou uma moda, todas as rádios tocam!
Particularmente uma vez eu vi duas grandes rádios fazerem uma guerra só por causa de uma rádio comunitária e isso aconteceu numa cidade de médio porte. Na cidade havia duas rádios grandes porém tocava toda programação de jabá. Um dia um grupo de pessoas montou uma rádio comunitária (uma coisa bem normal) e começou a tocar somente as músicas que eles consideravam boas. O resultado é que essa rádio começou a ter mais audiência que as outras duas e o resto da história você sabe: as duas rádios encheram tanto o saco que fecharam a rádio comunitária.
Falando com meu ex-colega de banda uma coisa entramos num consenso bem comum: essa história que os produtores falam que divulgar na internet não adianta nada que o negócio é fazer um cd bem feito tem algo de estranho. Se o público não dá bola para as bandas que tem música própria num show, como fazer o ouvinte ouvir sua músicas se não for pela internet?
Novamente, ressalto o objetivo desse blog: torna a gravação uma coisa mais acessível e independente, pois está na hora da sua música invadir as ondas do rádio!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Gravação: posicionamento radical de microfones!

Toda vez que escutando uma música comercial, pensamos: uau! Como estar tão viva essa voz! E nos matamos para buscar o mesmo efeito. Primeiramente achamos que é acústica e por isso apelamos para o reverb. Porém quando ouvimos melhor notamos que o reverb ajuda, mas não é isso. Em seguida tentamos o delay e função slapback (delay 50 ms, 10 feedback) e fica legal,mas também percebemos que em certos tempos da música isso atrapalha. Após isso apelamos para o chorus e vemos que a densidade do som aumenta mas não há resultados, então trocamos de microfone, de placa de som, de ambiente e ainda apesar de ter melhorado ainda não é a mesma coisa. Porém, um dia olhando esse vídeo abaixo gravado em 1983 comemorando anos de smoke on the water, notem uma coisa interessante quando Iam Gillian canta:



Notaram? Alguém viu os microfones? Não?Note que há um microfone tipo condensador na frente e embaixo um microfone simples dinâmico. Então você daí pergunta “e daí”? Sinceramente eu não sei, mas se fosse eu que fizesse isso eu usaria o primeiro para captar a voz central e o segundo para captar a mesma voz só que vindo de baixo juntamente com o ambiente. Uma boa técnica.Nesse sentido gravei as vozes da minha nova música porém de uma maneira mais radical. A questão é: o que vai acontecer com nossa gravação se usarmos 2 microfones de diferentes formatos? E foi isso que fiz. Vamos aos tópicos!

1)A escolha dos microfones
Primeiramente, você irá precisar de dois microfones completamente diferentes, para isso. Nesse caso usarei um condensador e outro dinâmico lembrado que o microfone condensador como possue uma ampla área de captação enquanto o dinâmico capta o que falamos de frente. Você pode usar até outro microfone condensador, porém terá que usar uma outra figura diferente no mesmo. Abaixo links que mostram esses tipos:


microfone condensador simples

microfone dinâmico

microfone condensador com várias figuras: note o botão no meio do mesmo


2)Posicionamento

A)Gravação take 1 e take2
Muita gente pode achar que essa técnica tira o “feeling” do vocalista, porém isso é pessoal. Muitas músicas que você acha sensacional, foram cantadas mais na forma ‘fabricada” do que feeling. Foi na aquele estilo: canta uma frase corta! Porém eu só um que não sou a favor disso, sou a favor de gravar vários takes (pode ser alguns) e escolher o melhor. Mas já que temos que fazer isso porque não A cada take mudar o microfone? Ou seja, um take você grava com um tipo de microfone e muda para outro no próximo take.

B) Lado a lado
Essa técnica consiste em gravar um take só com 2 microfones.Como fazer isso?
1)Pegue um microfone num pedestal e em outro pedestal coloque o outro.
2)Pegue o condesador e coloque de frente para o cantor, o dinâmico fica mais ao lado. Note que o microfone condesador está bem no centro e a esquerda num outro ângulo o microfone dinâmico. O fenômeno aqui é justamente a captação, pois é isso que vai acontecer no som:

Porém se você achar que não está bom, é só variar o ângulo, ou tentar outras figuras, como colocar um debaixo pra cima e até colocar um atrás e outro na frente como se fosse captar um amplificador de guitarra. Porém há um sério cuidado aqui: você tem que ter cuidado para o som não sair de fase ou microfone matar um outro e é por isso que temos que gravar em mono. Então, nesses casos você deve “afastar” um dos microfones do campo estéreo, ou seja fazer uma das seguintes configurações:

1)Dinâmico para esquerda, condesador para direita
2) Dinâmico para esquerda, condesador no centro
3) Dinâmico para direita, condesador para esquerda
4) 2) Dinâmico no centro, condesador para esquerda

E assim por diante.... O importante é achar uma maneira que uma fase não cancele a outra!Lembre que essa configurações você pode fazer direto na sua mesa de som com o botão (knob) pan ou ligando direto na sua placa de som um microfone na esquerda e outro na direita.

3) Mixando
Com a gravação pronta, objetivo agora é fazer com que o som da voz invada o ouvido de quem escuta. Para isso podemos apelar para reverb, delay e chorus, porém existe uma coisa que há várias postagens estou falando e vou falar de novo: stereo analyser (para você posicionar a voz no campo estéreo) e stereo enhancer (para você colocar mais força na música). Isso executado com sabedoria juntamente com a função “pan” faz milagres mais que um plugin!

Abraços!

sábado, 2 de julho de 2011

Masterização: utilizando o sistema KH Máster Multitrack – Parte 2

Para quem leu a última postagem, hoje vamos ensinar como fazer a mágica!

Antes de começar
Primeiramente, saiba que muitas vezes deixar tudo no mesmo volume signifca que tanto no aparelho que está em volume baixo tem que ficar a mesma coisa como no volume alto, por isso você deve quando terminar duas músicas, escute uns minutos finais de uma e os minutos iniciais da outra para ver está tudo igual. Porém o bom mesmo é fazer em 3 etapas: baixo, médio e alto. Numa altura só muitas vezes, você pode não perceber falhas. Veja se no fone de ouvido isso corresponde também.

Ouça as freqüências!Tenha música exemplos!
Se lembra do teste dos 4? Aqui é uma ótima hora de testar! Saber que o grave que dá força, o médio o volume e o agudo o brilho, ajuda muito no seu máster. Você pode pegar uma música exemplo (aquela comercial já gravada) e pegar um equalizador, baixar todas as freqüências e aumentar as mesmas das seguintes maneiras:

20 – 120 Hz (Graves)
100 – 800 Hz (médio graves)
1 kHz – 6 kHz (médio agudos)
8 – 16 kHz (Agudíssimos)

O que você vai fazer é aumentar a equalização somente nesses intervalos. Você ouvirá como um máster de uma música comercial funciona.

1) Colocando as músicas na DAW
Primeiramente, você deve pegar todas as músicas, importar para DAW (ou para algum programa que queime direto no CD como o Sony CD) e deixar nessa sequência:



(clique para ampliar)

Note que o “fim de uma” é o “começo da outra”. Deixe elas todas iguais com os mesmos volumes e pan e sem nenhum plugin. No máster você irá colocar um plugin ou plugins que sigam essa ordem:

Equalização – Stereo Enhancer (se necessário) – Compressor – Limiter/Dither – Analisadores (todos zerados) – DR T metter

Importante! Não esqueça de usar um analisador de freqüências e um analisador estéreo, ou ambos em um único plugin!

2) Usando os analisadores para achar o volume ideal
Com plugin DR T metter, vamos tentar aumentar o som da primeira música. Aqui o que nós vamos fazer é tentar “equilibrar” a dinâmica com o volume que não é uma tarefa fácil, pois cada vez que você aumentar o volume a dinâmica da música vai cair. Se você pegar uma música comercial atual, verá que a dinâmica fica entre 8 e o volume em RMS – 6 db e se isso for escutado nos monitores alto e claro é sinal que foi gravado num bom equipamento. Aqui eu pelo menos tento deixar entre 9 e 10 a dinâmica e o volume entre 8 e 6 RMS dB. Como dito anterior, se você gravou corretamente, mixou corretamente, aqui não vai ser nenhum segredo!
O analisador de spectro (spectrum analyser) mostrará como suas frequências estão se comportando e o analisador de estéreo (spectrum stereo analyser) mostrará se sua música está dentro do campo estéreo. Não sabe como funciona? Clique aqui, aqui e aqui!
Outra coisa: não se preocupe se o máster estiver clipando! Isso iremos resolver depois.

3) Equiparando os volumes
Agora você tem deixar todas a músicas com o mesmo volume. Primeiramente, você verá se todas estão iguais em relação ao DR T metter. A música que estiver abaixo vá aumentando até chegar no volume. Em seguida emparelhe as outras para todas ter o mesmo volume. Não interessa de a pista 1 tiver + 2 dB, a pista 2 + 1 dB, a pista 3 0 dB e a pista 4 – 1 dB, o importante é deixar todas no mesmo volume para o máster.

4) Equalização
A equalização no máster, serve apenas para “abrir o som”. Ou seja, a gente aumenta ou a gente corta, desde que possamos deixar o som mais audível. Os presets de máster em equalização (visto na postagem anterior) só funcionam se mixagem estiver bem ajustada. O certo é que se você tiver que aumentar para abrir o som, o máximo seria algo entre + 1 dB e + 3dB pois fora isso, o som “torce”. Outra coisa que podemos fazer, ao invés da equalização, colocarmos um compressor multibanda. Nesse caso, é só trabalhar com o mesmo como se estivesse equalizando, porém se você usar um deve tirar fora o plugin de compressão. Outra dica é que ao invés de você deixar um EQ na equalização, colocar em cada pista um EQ, e fazer esses ajusta somente na música que estiver fechada. E lógico aqui vamo definir os valores de low end, bottom end e high end.

A figura abaixo mostra onde fica esses valores:



(clique para ampliar)

Low end – 20 – 40 Hz
Bottom end – 80 - 100 Hz
High end: 15 – 22 kHz

5) Stereo Enhancer
Esse é um plugin que podemos usar para criar o famoso som 3D ou binaural. O fato é que um plugin desse tipo possue funções como width (largura) que podemos definir o tamanho do campo estéreo, mono marker (mono) que define quais as freqüências que viram a serem mono, shuffle que define a pulsação dentro do campo estéreo, enfim, esses comandos dependem do plugin que usar. Porém ele não é obrigatório, pois se na mixagem você já colocou tudo em seu lugar aqui ele não se faz necessário, ao menos que você queira dar “um toque pessoal” ao CD.

Os plugins agora abaixo, muitos dele podem ocorrer num só. Por exemplo, o Waves L3 além de possue a função limiter, também possue a função dither e compressão multibanda ou vintage. Da mesma maneira com o Ozone 4, Sony Wavehammer, T-racks 3 entre outros. Cabe a você decidir qual o melhor para masterizar. A vantagem deles separados, é que por exemplo no Compressor você ajusta os picos, o volume de saída e a força do som. No Limiter você define o pico máximo que a música deve atingit, reforça a saída do compressor (se necessário) e deixa a música pulsante. O Dither é a última função, pois serve só para gravar o CD.

6) Compressor
O compressor vai dar uma força para o volume da música. Sabe aquela história de fazer “soar na cara”? O compressor é um dos maiores responsáveis por isso pois ele irá pegar os sons fracos e torna-los mais fortes. Porém, aqui vale lembrar que possivelmente você já usou ele na gravação e na mixagem, por isso na masterização os ajustes sempre começam pelo mínimo possível pra quem não sabe. Os ajustes que vou passar abaixo são exemplos, use o DR-T Metter para ver como a música se comporta depois deles e principalmente seus ouvidos.

Threshold ou Ratio: 6:1
Attack: 20 ms
Release: 80 ms (aumente se o som estourar, junto com o attack)
Output: 0.0 dB
Input (se tiver essa função): 2 dB

Aqui o som pode sair bem estourado por que estamos forçando uma situação em que o mesmo está alto! Por isso nós vamos usar o Limiter para equilibrar a bagunça:

7) Limiter
Na teoria compressor/limiter/expander são bem parecidos, pois o princípio deles é o mesmo: aumentar o som. Porém, o que separa eles são justamente suas funções quando usados em conjunto. Nesse caso, o Limiter tem apenas 3 funções o qual vamos passar os ajustes:

Threshold: - 3 db (dependendo o que você fez no compressor, pode ser bem menos!)
Output: - 0.2 db
Release: 256 ms (ou mais se a música estiver quadrada)

8) Dither
Quem procura melhores explicações para o dither clique aqui. O dither é a última seqüência da cadeia. Ao passar o mesmo ele irá evitar que algum sinal digital entre em conflito na conversão do áudio *.wav para o áudio da trilha do cd. Esse processo fenômeno chamado “truncagem” faz com que o áudio seja gravado corretamente no CD sem sofrer perdas de sinal com a conversão de um formato para outro.
No final de tudo, o som seguiu essa rota:




(clique para ampliar)



24 bits ou 32 bits float?

A maioria dos livros de produção falam nesse assunto. Uma coisa é lógica: 32 bits/96 Khz é o dobro de 16 bits/44 kHz (o sample rate de um CD) porém o que dois livros não falam que não é toda placa de som que faz isso. Por exemplo, num computador está instalado duas placas de som: Soundblaster Audigy euma M áudio Audiophile. As duas possuem baiscamente os mesmos processamentos, porém o difere as duas é justamente seu processamento. A Soundblaster foi feita pra reproduzir surround, reproduzir qualquer tipo mídia mas não é justamente um placa própria para gravação. O que vai acontecer é que quando você converter em 32 bits float, corre o sério risco de ouvir os “stream” da conversão (aquele som atrasado e flangeado). Já a Audiophile é ao contrátrio, pois além de reproduzir (porém somente canal estéreo) foi feita para gravar em alta qualidade. O resultado da conversão para 32 bits float é bem preciso e sem stream. Sugiro a você realizar teste de conversões e passar para o cd nesse sentido.

A masterização mostra realmente do que seu estúdio é capaz!
Você não sabe se a placa de som que você comprou é boa? Não sabe se os instrumentos que usa dá conta do recado? Não sabe se seu ambiente está bom? Não sabe se mixou ou gravaou direito? Pois bem, a masterização vai te mostrar isso!
Isso porque, tudo que você gravou (não importa quantos canais) vai virar 2 canais somente. (Se for para um DVD dá para fazer até para 8, porém isso é técnica surround) ou seja, todos os conflitos de freqüência, volume, ruídos, campo estéreo irão aparecer se eles existirem. Não jogue a culpa de um máster mal feito na mixagem, muitas vezes é necessário rever todos os passos desde a gravação, para ver o que deu errado numa música e por isso que muitos estúdios preferem só gravar e mixar e indicar para o cliente onde ele possa masterizar seu trabalho.
Toda música deve copiar o máximo possível o som de uma apresentação na vida real!

Dicas (técnicas desolvidas pelo Palco KH)

Volume alto
Não sabe deixar a música alta? Pegue uma música comercial, toque em cima da sua música e aumente o máster (ou bus) onde sua música está até ele ficar da altura da música que está escutando (ou próximo). Seu máster vai estourar. Veja quanto ele estourou (por exemplo + 5 db), coloque um plugin limiter e coloque no threshold o valor de - 5 db). Acredite, muitas vezes isso substitui a sessão de máster se a mixagem estiver no lugar! Isso só funciona na mixagem!
Obs: quanto mais qualidade temos no som, mais podemos aumentar o mesmo sem medo!

Pré máster
Um truque muito usado: pegar todos os aux/buss e converter em pistas. Após isso fazer o máster a partir delas.

Voz e trilha
Muitos estúdios especializados em mixagem nos EUA preferem que a gravadora mande 2 arquivos: um a trilha e na outra a voz. A partir disso, fazem o máster. Porém aqui você tem que estar ciente que todas as pistas estão sem conflitos, pois o que você vai fazer e nada além mais do que pegar e colocar todos instrumentos numa pista só sem a voz! Por isso, case bem a mixagem!

Um mono, um estéreo
Em muitas gravações você ouve dois canais idênticos. Por isso, uma maneira de fazer isso dando um “toque mais especial” é fazer um arquivo mono e outro estéreo de toda música.Após isso, colocar o canal mono para esquerda e o estéreo para direita. Para esse truque funcionar você vai precisar de um “stereo analyser” para colocar ambos em posições contrárias sem sair da fase. Isso é muito útil para efeitos binaurais ou sites da internet, pois os dois canais sairão idênticos, porém quase próximo a técnica de “big mono”.

Outros plugins que podem ser empregados

Bass enhancer: plugins como Rbass da Waves podem ser empregados na masterização também para reforçar os graves sem a necessidade de aumentar no equalizador, porém deve-se dosar com cuidado para não fechar o som. Tente primeiramente colocar o mesmo entre 20 – 80 Hz e ouça se ele está com resultado esperado.

Anti picos: exitem chamados “anti-peak” que evitam que o som “clip”, porém aqui o melhor mesmo é deixar sempre o pico máximo em – 0.2 dB.
Redutores de ruídos: alguns plugins possuem o efeito “noise floor”. Esse efeito faz com ele pegue os ruídos da gravação (principalmente elétricos) e elimine. Porém o resultado negativo disso é que ele “enfraquece” demais o som. Assim, como algo que “gordo” ficasse “magro” de repente.

Da minha parte é isso!
Sugiro que você sempre pesquise sobre o assunto, e quem sabe faça até algum curso sobre assunto!!

Bom fim de semana!!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Masterização: utilizando o sistema KH Master Multitrack – Parte 1

Pra começa a semana, vamos um truque simples para deixar todas as músicas no mesmo volume criado por mim. Não garanto a eficácia, pois não sei o que você está usando, o que posso dizer é que suas músicas (dependendo o gênero) terão entre 1% ou 2% de diferença de volume uma para outra se você souber usar “seu ouvido” e os “analisadores” de forma eficiente.

Por que as músicas não saem no mesmo volume?
Sinceramente, pra mim isso ainda é uma coisa a ser aprendida. Lendo livros eles falam muito do uso de equipamento, conversores A/D, D/D e salas brancas, porém pra quem tem um home studio ou um pequeno/médio estúdio não há como ter esse luxo. Leio muitos tópicos sobre o assunto, mas sinceramente os que usei tiveram quase nenhuma eficácia. Por isso concordo com muitos produtores “rígidos” sobre o assunto: um bom máster depende totalmente da mixagem e da qualidade da gravação. Se ela está bem feita, nem é preciso passar pelo processo.

Som fechado
O primeiro princípio que algo ocorreu de errado na mixagem ou até na gravação é a falta de naturalidade do som. Quando finalmente colocamos todas as trilhas da música numa pista só, todos nossos parâmetros de equalização, efeitos e compressão se juntarão formando a música que gravamos. Se os parmetros estiverem corretas você estará escutando clara, porém baixa para o padrão comercial, do contrário ela estará baixa e fechada. As causas dissos são sem dúvidas primeiramente o equipamento usado e segundo a conversão da placa de som. Caso você tenha isso de ponta, então o erro está na mixagem!

RMS: é uma dor de cabeça!
Você provavelmente já viu aquela história que um aparelho de som tem 1000 watts POMPS e apenas 30 RMS e isso também acontece na sua gravação, porém de uma outra maneira.
Você passou um compressor de 6:01 threshold/ratio, colocou o input em +2 db e o output em – 0.9 db e ainda tudo está distorcendo ao invés de estar alto e claro?
Isso é sinal que sua música tem volume, mas está quase sem nenhuma qualidade RMS. E novamente, como se consegue esse volume? Na gravação. As pessoas tem mania deixar se levar pelo “metter” da DAW ao invés de seus ouvidos. O metter indica a altura que está sendo gravado o som, mas não indica a qualidade do mesmo (não sei se há plugin para isso) ou seja, muitas vezes se você gravar em alta qualidade há – 6 db é muito melhor do que gravar com uma qualidade razoável há – 3 db. A qualidade no RMS é conseguido também com os cortes certos na equalização e ajustes corretos na compressão. Se você souber quais são os instrumentos mais altos e souber casar direito com os instrumentos mais baixos, pouca coisa muda na hora do máster.

Estilos diferentes, forças diferentes
A música pode ser medida em força. As passagens com mais densidades sempre são os graves, seguida dos médios (densidade média) e dos agudos (fraca densidade).Isso irá refletir de cara no nosso máster. Um truque bem simples é pegar o plugin DR-T Metter e analisar uma música rock, depois um metal, depois um sertanejo, depois um rap e depois uma balada romântica. Você irá notar de cara que os volumes e a dinâmica, variam de uma música para outra. Isso quer dizer, se você colocar elas num aparelho de som, dificilmente todas terão o mesmo volume. Isso acontece muito quando ouvimos uma rádio: daqui uma música está alta, daqui a pouco está baixa e quando você percebe é só mudar o estilo da música que o volume muda junto. Músicas com muitos instrumentos, sempre são sujeitas a serem mais baixas que músicas com pouco instrumentos e isso acontece pois há mais espaço no campo estéreo para o volume.
Quando a música possue muitos instrumentos podemos colocar alguns num volume bem baixo apenas para preencher espaço, ou ainda em arranjos. Não se preocupe, pois na hora do máster, com certeza eles serão ouvidos!

Não sabe a posição (pan) dos instrumentos? Um velho truque da escola dos estúdios caseiros!
Aqui já postei muito sobre posicionamento (pan) dos instrumentos, mas para aqueles que ainda não conseguem acertar o mesmo eis um truque: voz no meio, instrumentos graves para esquerda, instrumentos agudos para direita. E como perceber se isso funciona? Pegue qualquer música bem masterizada, coloque o pan para esquerda e você irá perceber que os graves estão lá, coloque ele para direita e perceba que os agudos estão lá também, porém a voz sempre permanece igual nos dois lados!

Fazendo a masterização
Após você ter separado a pistas, você deve colocar no máster uns plugins ou apenas um plugin (no caso se for de máster como Ozone 4 ou T-racks 3) para fazer as seguintes etapas:


A) Equalização

O nosso ouvido escuta muito bem entre 1 – 8 khz e antes ou após disso, é necessário usar uns truques para ouvir as demais freqüências. Na masterização, o que temos que fazer é dar “low end” e “high end”, como na figura abaixo:





Esse tipo de equalização é muito comum em presets para função de masterização, porém se a mixagem não estiver bem ajustada, ao invés de som, você vai só acrescentar “fadiga” por isso tenha cuidado pois fazendo você vai subir todas as freqüências até mesmo as graves!Muitas vezes você precisa só de um ajuste cirúrgico, ou seja fazer um ajuste de uma oitava, e ficar varrendo o som até encontrar o ponto certo, como a figura abaixo:





B)Compressão

Quando falamos em compressão “pura” ou “vintage”, é quando pegamos um compressor e geralmente colocamos o ratio/threshold em 6:4, o attack em 20 ms, o release em 269 ms (depende muito do seu ouvido, ou do tempo (bmp) da música) e output em – 0.2 dB. Alguns preferem “deixar” alto valendo, nesse caso o release fica num valor “bem baixo” (nesse caso enquadra a onda), porém outros preferem aumentar o input (se o compressor tiver a função) ou ratio, para aumentar o release, deixando a música com uma sensação de pulsação, como se fosse um sidechain. Porém na compressão existe outros plugins que podem auxiliar a mesma:

Ganhos Harmônicos (harmonic gain)
Plugins com essa funções, fazem com que os harmônicos dos instrumentos realcem. Porém para isso, eles deverão estar bem gravados, equalizados e mixados, pois se por acaso sua pista estiver com ruídos elétricos, possivelmente eles virão a tona! Se caso você ouvir que som ficou pior do que melhor, é possível que há ruídos elétricos, e daí nem é bom usar essa opção.

Simulação de Vávula (tube warm)
A simulação de válvula ou tube warm, tenta “imitar” o som quente de uma vávula. Porém nem todo plugin consegue fazer isso, e ao invés de melhorar o som ele pode é piorar. O que vale aqui é testar, se melhorar muito bom! Senão, deixe pra lá.

Compressor multi banda (multiband)
O compressor multibanda pega as freqüências de uma determinada área e a comprimi sem distorcer o som. Ele é muito bom para “isolar” um freqüência que não conseguimos fazer usando o equalizador e muitas vezes, até substituir o mesmo.

C)Stereo Enhancer
Esse plugin colocará nosso som dentro do campo estéreo.
A maioria dos produtores prefere usar tudo centralizado, como se o campo estéreo fosse um círculo:
Isso você só poderá ver com um plugin de stereo analyser, porém ele pode ser “sentido” também. Quando o que você posicionou para esquerda está realmente na esquerda e o que você colocou na direita está realmente na direita, o som está certos. Você também pode fazer uns estéreos radicais de pan de 100% para ambos lados, porém isso é melhor com arranjos, para o mesmo não sair fora de fase. O som pode ser centralizado logo na mixagem, desde que forme uma figura totalmente estéreo, porém na masterização você pode colocar um plugin de stereo enchancher para reforçar o campo e corrigir imperfeições. Assim como o compressor e o limiter serve para não estourar o som, esse plugin serve para o som não sair do eixo estéreo.

Plugins VST, DX ou RTAS?
Os plugins DX tem menos qualidade que os VST, porém são mais leves!
O VST ainda é a melhor de qualidade de som porém pode ficar pesado quando usado em corrente.
O VST em relação ao RTAS (que exclusivo do Pro Tools) é mais pesado, pois o RTAS trabalha com a rota do equipamento instalado na DAW e o VST com o processo do computador. Porém muitas vezes nada disso importa. Plugins em cadeia do mesmo fabricante é que fazem a diferença no som! Quando fazemos isso, temos certeza que ele está trabalhando como o mesmo processo matemático. Se colocarmos um plugin de um outro fabricante, talvez na hora o som fique legal, mas quando juntamos esse plugin ao som, o mesmo pode mudar!Aqui o certo é sempre testar e ouvir.

Até aí beleza? Na próxima postagem mostrarei como fazer a masterização!

Abraços!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Mixagem: Quando os "plugins" enchem o saco!

Toda a gravação é uma evolução!Não importa se você não tiver experiência ou se um "expert" renomado. Porém nesses tempos de Home Studio com tantas dicas na internet é muito mais fácil a gente "dar o pontapé" inicial. Quando comecei também achava que a placa de som instalada no meu computador (No caso uma Sound Blaster 16 PCI) dava conta do recado, pois também era outro que "achava" que o equipamento externo resolvia o problema! Quando descobri que uma placa de som profissional faz a diferença, comprei um M-Audio USB externa e achei que agora que tinha uma entrada mais "profissional" poderia esquecer os equipamentos externos. Daí então descobri que precisava "montar um rack" (mesa de som, equalizador, compressor) para fazer o som entrar mais "quente" no computador e quando finalmente achei que tudo estava resolvido descobrir "mais um monte de coisas" e a lógica mais cruel de uma gravação: não adianta ter um equipamento de R$1000,00 e querer que as gravações saiu como as gravações onde se investe "um milhão" em equipamentos. E ainda nem comecei a falar do ambiente....
Bom, depois de passar por "várias" experiências você acha que conseguiu achar o equipamento certo. Não precisou gastar um milhão, mas soa como se fosse feito por um e você tem que começar a se perguntar? Se que vale a pena passar tantos plugins?
A maioria dos donos de gravadoras de pequeno/médio porte e produtores que com troco idéias sempre costumam a "minimilizar" o uso de plugins. Errado passar muitos? Não se o som que você busca é algo que precise deles, porém na mixagem vejo que "exagero" de plugins pode causar algo inesperado.

Uma questão matemática
Para você ter em mente a idéia do que acontece “matematicamente” no seu som primeiro convido você a pegar um editor de som (como o Sound Forge ou Wavelab) abrir um arquivo de áudio (de preferência uma pista da sua gravação) e dar um zoom.
Quanto mais zoom a onda vai “enquadrar” até ficar parecido com isso:








É isso que o computador nos mostra, mas se houvesse uma maneira de “visualizar” (possa ser que até tenha, desconheço) os plugins passados no som, veríamos algo como a figura a abaixo:

Som analógico – Esse um som analógico normal, sem a adição de nada e também sem nenhum tipo de conversor A/D (analógico digital)]
Noise Gate – Esse plugin noise gate foi passado no som para limpar ruídos de intervalos.
Equalização – Após a adição do noise gate, foi mexido no som com um equalizador.
Reverb – Após o som sair como você quis, foi adicionado um reverb.

Aqui pode ocasionar o problema: se sua placa de som não for boa ao invés de um sinal continuo, você terá um sinal quebrado. Por outro lado, mesmo que você esteja usando uma DAW Pro Tools com todos os plugins em RTAS, em algum momento você terá essa “quebra” pois ainda teremos muitos processos matemáticos.

Solução: modo real
Como os plugins são processos matemáticos, desconheço uma maneira melhor do que trabalhar com os mesmo numa mixagem em tempo real. Ou seja, acrescentar os plugins e rodando os mesmo em conjunto. Um truque que aprendi recentemente é primeiro equalizar o bumbo (kick) e a caixa (snare) colocar no mesmo volume e partir deles “casar” os outros instrumentos, porém após eles ficarem casados, praticamente todos os volumes devem ser “zerados” para que possamos construir a mixagem em torno da voz (pois ela sempre é o instrumento principal). Isso dá trabalho, mas o resultado é muito satisfatório o problema que queremos “coisas rápidas” principalmente quando o cliente está nos pagando por horas trabalhadas (no meu caso, prefiro fechar um preço X com o cliente para com que possa trabalhar em “paz” na hora da mixagem)e o que vai acontecer com até mesmo o melhor equipamento, quanto mais plugins colocarmos nas pistas teremos uma redução no desempenho do processador do computador e é aí que entra o consenso: tentar trabalhar com o mínimo de plugins.

Então o que fazer?
Nesse caso, podemos apelar por uma função salvadora, chama “auxiliar)
Quando gravamos uma banda teremos 8 canais para bateria (dependendo o kit que ela usa), um para o baixo, um para guitarra, um para o teclado (ou outra guitarra) e um para voz (2 se houver back) e logo criamos auxiliares (aux, buss) para cada seção. Uma maneira prática e rápida e que todo mundo usa é fazer “casar”, por exemplo, o bumbo com o baixo num Aux, o resto da bateria no outro, um só para sessão rítmica e outro para as vozes, porém quando você começar a colocar os plugins nas pistas e ainda mais algum no auxiliar o som, o processamento vai pesar. Nesses casos, apelamos para um “pré máster” que nada mais é fazer um “ajuntamento” dos seus auxiliares numa pista só em estéreo ou mono dependendo o que quer.
Quando por exemplo, colocamos a seção da bateria e do baixo numa pista só, podemos até deixar o resto na tela, pois você irá fazer um “compilamento” de som (no caso tiramos as 8 pistas da bateria e mais a do baixo e colocamos apenas em uma pista) Ou seja, sua gravação que tinha 16 pistas e 4 auxiliares, agora passa ter 7 pistas e 4 ou 3 auxiliares (dependendo onde você vai colocar o aux da bateria). Há casos em que podemos colocar tudo em auxiliar só (no caso os instrumentos) e outro para a voz (isso é uma técnica mais comum do que você pensa principalmente se você pedir para um estúdio fazer masterização).

Evite achar que um plugin resolve a vida!
Muitas das gravações que analiso (seja que me pedem ou até mesmo um cd comercial) o que vejo é um passamento excessivo de plugins. A melhor solução quando um som não fecha na mixagem é refaze-lo, ou seja: gravar novamente!

Ótimo fim de semana!
Ótimas gravações!



O som gravado no computador não é a mesma coisa que um sou gravado numa fita ADAT. Pra começar o som do computador é uma "sequência matemática" que nós da como resultado final o que escutamos e numa fita ADAT é algo mais natural, pois ela grava o que você está escutando (atire a primeira pedra quem nunca passou por isso: o som que você escuta quando chega no computador não é o mesmo que você ouviu)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

PRODUÇÃO: Seu estilo está pronto para o mercado?

O mercado da música é uma coisa muito engraçada. Na verdade, a gente nunca sabe direito o que está acontecendo. De experiência própria: quando comecei com banda o mercado era dominado pelo axé e pelo pagode, depois mudou para rock e pop de novo, depois mudou para o funk carioca, depois mudou novamente para o rock (porém tão choroso quanto um sertanejo) e depois mudou para o sertanejo universitário. Antes que um monte de gente de plantão reclame, o Brasil é um "país rural" ou seja, demorou demais até para o sertanejo assumir o controle total do mercado. Claro que o sertanejo só foi maquiado nessa história de "universitário" só para dizer que até quem faz faculdade o curte (engraçado que isso não ficou tão diferente nas cidades do interior) pois o mesmo de certa forma era descriminado (eu me lembro que era uma gozação geral da cara de quem curtia sertanejo) mas enquanto isso está alta, a coisa que fica pensando é quem a bola da vez?
Pra mim o mercado foi dominado por "artistas produzidos musicalmente" ou seja, quem anda por cima de tudo são os produtores que produzem e oferecem aos empresários o produto e os mesmo decidem se ele irá caber ou não mercado. Um artista produzido pode ser até um grande músico estudado, mas prefere poupar seu conhecimento para ouvir o que o produtor tem a dizer. Isso não é para "causar depressão em ninguém" é pra você abrir a cabeça para o que está por vir.

Um público fiel
Nós também vivemos numa época em que muita gente só ganha dinheiro com shows e direitos (quando pagam corretamente) de músicas executadas pelo ECAD e o maior motivo disso é a pirataria. Quando o artista lança seu novo trabalho muitas vezes antes do lançamento oficial já está na internet (queria saber como acontece isso). Para evitar isso alguns países como a França tomaram "atitudes radicais" como proibir qualquer reprodução de músicas e download bloqueando o "IP" de quem disponibiliza os arquivos (pra quem não sabe a primeira dama da França Carla Bruni é uma cantora famosa, daí já dá para ver a "jogada política") e muitos artistas independentes que tinham sites com suas músicas para baixar foram vetados (por não estarem com uma gravadora) e possivelmente migraram para o My Space.
Enquanto no Brasil o maior recorde de vendas de um CD original artista em 2010 foi divido entre Luan Santa e Ivete Sangalo, pouco coisa se divulga que a música Gospel vendeu muito mais que qualquer outro estilo no ano passado.

Pra começar, o Gospel envolve vários estilos: pop, rock, reagge, soul, sertanejo, etc...E o público é dedicado e fiel por isso prefere comprar CDs originais do que baixar ou comprar a cópia num camelo e isso é um grande reconhecimento para o músico que dá duro em compor e gravar seus louvores a Deus!Eu acho isso uma maravilha pois muito bonito ver tanta dedicação!
Um estilo também que vende muitos CDs originais são os metaleiros. Apesar de hoje em dia o mercado andar em baixa, o pessoal que curte "rock pesado" anda na contra-mão da pirataria justamente por um motivo: qualidade. Segundo a revista "Cover Guitarra" esse público além de saber que a qualidade técnica do CD/DVD é melhor que uma cópia, gosta de ver as letras, fotos, detalhes da produção que o material original oferece. Nessa mesma linha segue o público de Jazz, pois seguem essa tendência

Sem uma boa ideia nem o produtor mais famoso pode conseguir te lançar no mercado

Uma vez eu vi uma sátira da revista MAD mostrando que o produtor musical era mais famoso que o artista que produzia. Isso pode acontecer em alguns casos. Como dito antes, a maioria dos produtores são músicos que além de conhecer música estão por dentro do mercado. De vez em quando no twitter de alguns produtores famosos que sigo vejo as pessoas dizendo: escute meu trabalho!(como se o mesmo pudesse se encantar e levar a pessoa para a fama). Mas para, até o melhor trabalho (talvez se for algo que ele achar divino) a resposta é mesma: gostei e é tanto ($$$) para produzir. O músico que achar que a vida é como no filme "The Wonders" vai ficar decepcionado, porém o músico que enxergou a chance, sai atrás de patrocínio para bancar o CD. Porém se você está fazendo o mesmo que todo mundo faz, quais as chances de sucesso? Muitas vezes você faz um estilo de música e acha que o público não vai gostar por ser uma coisa que chega a beirar no "experimental" na verdade é o que vai virar a nova tendência do mercado e isso aconteceu com muita gente. Tudo que é diferente chama a atenção do mercado, pois o público "inconscientemente" gosta de novos sons a prova disso como disse um amigo meu que "muitos estilos são um lixo, mas chamaram atenção do mercado por serem diferentes e muitas vezes é isso que o produtor/empresário/gravadora procura.

A todos ótima semana!!!