terça-feira, 31 de maio de 2011

Gravação: Conexões in e out

Muitas vezes ficamos pensando: onde se liga isso? Onde se liga aquilo? Hoje vou resumir tudo isso numa postagem simples e direta.


1)Pra começar pra tudo tem que haver um in (entrada) e um out (saída)
Os nomes "IN", "ENTRADA", "RETURN", "RETURN OUT" é tudo que se refere a entrada no equipamento de aúdio, Os nomes "OUT", "SAÍDA","SEND", "SEND IN" é tudo que se refere a saída no equipamento.
No mais é só fazer o que fazemos a muito tempo:

IN -> OUT -> IN -> OUT
IN -> RETURN / OUT -> SEND
ENTRADA - > SAÍDA / SAÍDA ->ENTRADA

Não importa quantos equipamentos serão ligados, deve haver uma entrada para a resposta de uma saída. Ou um saída para resposta de uma entrada.

2)Onde conecta aqui?
Está na cultura brasileira não ler manual e ainda xingar técnicos e produtores quandos os mesmos não sabem como fazer a ligação sem conhecer o equipamento!
Por isso, ao comprar um equipamento leia bem para que serve suas entradas e saídas. SE não tiver manual, tente baixar na internet. Por exemplo, em um aparelhos de som:
Aux in/out - serve para escravizar o aparelho em outro e assim reproduzir o som do mesmo. Por exemplo, Entrada da placa de som via cabo Y no AUX do som.
Numa mesa de som a função rec in/out faz a mesma coisa que main in/out pois a função delas é reproduzir o som que está sendo enviado a mesa em um sistema de gravação ou reprodução, então se você ligar as duas saídas da mesa de som na entrada de uma placa de som, ela vai fazer a mesma coisa.

3)O que faço não sai som!
Isso pega a gente até os mesmo com horas de gravação no pulo! Por exemplo, quando instalei num estúdio uma placa Delta 1010 e não saía som mesmo com tudo seguido a risca no manual. Até descobri que na interface da M-Audio a saída (out) tinha que estar na função "stereo link" foi uma briga! Da mesma maneira as entradas (in) que para gravar você tinha que apontar quais os canais que estava usando! Ontem mesmo eu estava gravando uma linha de guitarra seguindo o meu sistema KH Estereo quando vi que o lado esquerdo estava sem som. O lado direito tinha processador de efeito, do outro uma mesa de som processando um plugin via ASIO. E nada de sair som! Desmontei tudo e nada! No final fui descobri que a mesa de som estava desligada! Viu como coisas simples dão dor de cabeça?
Dificilmente você vai errar e sempre se lembrar que "um in é a pergunta pra um out". O "out" é a resposta do in.

4)Cuidados com os nomes!!!
Muitas vezes um nome não quer dizer a função correta. Por exemplo em muitas mesa TAPE IN/OUT se refere a entrada do aparelho ADAT e não a entrada do som!LEIA SEMPRE O MANUAL!!



Abraços!!!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Gravação: Fazendo um "estéreo a la KH" parte 1

Hoje convido a você fazer um outro tipo de gravação! Gravar em dois canais usando timbres ou sons diferentes! Esse tipo de gravação utilizo muito dá um excelente resultado para seu som!!!
Vamos supor que você esteja gravando um vocal. Porque gastar tempo vendo se ele vai ficar bom com um equalização X e outra Y? Ou ainda, será melhor colocar reverb ou delay? Vamos supor que esteja gravando uma guitarra: que tal gravar usando num canal o amplificador com microfone e no outro em linha uma pedaleira e ver o resultado que fica melhor? Você está gravando um teclado, que tal gravar dois timbres simultaneamente e decidir qual deles ficou bom para música? Vamos aprender isso duas postagens!!!

Só um detalhe: preste bastante atenção nos esquemas dessa montagem! Pois são cruciais no processo final!!!

Como funciona?
Primeiramente, você tem que ver qual a entrada da sua placa, e que tipo de plugin ela aceita. A maioria das placas simples de som é o plugin P1 (o banana pequeno), já nas placas de som mais profissionais é entrada RCA. Você tem que ver que tipo é a sua entrada, lembrando que se usar apenas um plugin, ele tem que ser estéreo e se usar 2 monos ambos devem entrar separadamente em cada entrada.

Existem 3 maneiras de fazer isso:

1)Com cabo Y
Primeiramente você terá que dividir som, para que o mesmo vá para os canais direito e esquerdo separados. O primeiro esquema é utilização de Cabo Y para usar tanto na entrada como na saída.

Esse é um “cabo Y” e existe vários tipos (clique aqui para ver ) e você tem que achar o qual cabe na entrada da sua placa de som. Já para o instrumento a maioria das entradas é P10 (o plug banana) porém os microfones são sempre entrada balanceadas (3 pinos) e um cabo Y (1 balançeado + 2 P10) só fazendo mesmo. Abaixo você confere as conexões com cabo Y:




(clique para ampliar)



Porém, se você tiver um instrumento como um teclado que tem duas saídas separadas (direita/esquerda) basta apenas colocar cabos simples, deixando o cabo Y somente para placa de som:


(clique para ampliar)


Para o microfone, a melhor solução é montar um “dividor de instrumento” Para fazer com que cada canal entre com um som diferente na sua placa de som (entra 1 sai 2)
ou seja, o instrumento entra por um entrada e sai por duas saídas. Você terá que montar, basta seguir o projeto abaixo:





(Clique para ampliar)













O esquema aqui é bem simples: 1 jack para entrada e 2 para saída!
Assim você pode colocar sem problemas o microfone ou outro instrumento:


(Clique para ampliar)




2)Com a mesa de som
A ligação com a mesa de som é a mais fácil que tem, porque basta colocar as duas saídas do cabo Y/divisor em duas entradas na mesa. Na mesa, você pega o botão “pan” e colocar um totalmente no L (esquerdo) e outro totalmente no R (right), depois gravar separado.



(Clique para ampliar)




3)Ligação com direct Box
A ligação com diect box também é simples, porém se você ligar somente o direct box você precisará de um cabo Y espescial (entra 2 baleançadas e sai um P1 ou dois RCA)





(Clique para ampliar)




4)Outros esquemas de ligação
Dá para fazer vários processos de ligação sempre respeitando a regra do In/Out (entrada/saída) o que importa é que no final da cadeia, você consiga um som estéreo com os canais separados e com sons diferentes!!!

Na próxima postagem, falaremos como isso funciona em sua gravação!!

Abraços!!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Masterização e gravação: qual o equipamento certo?

Muitas vezes alguém me pergunta: qual o equipamento certo pra gravar?Mixar ou masterizar? Isso é uma coisa que me deixa meio sem “ação”. Uma porque para uma coisa ficar bem feita não é só necessário os equipamentos, você precisa de outros fatores como ambiente, energia elétrica (aterragem, fases, harmônicos), desempenho dos músicos, equipamentos, entrada, saída, etc... Enfim, uma série de fatores que determinam o resultado da nossa música. Muitas vezes alguém fala comigo que está seguindo o que eu posto mas não está obtendo resultados. Quando pergunto sobre esses fatores sempre falta um deles e de repente algo muito básico como “aterramento” pode fazer toda a diferença! Como fazer uma gravação soar bem? Você tem que ter os equipamentos, o ambiente e os músicos que te ajudem a fazer com que a música saia o mais “ao vivo” possível, como se os músicos estivessem em nossa casa e pra isso é necessários os dois principais quesitos : conhecimento e ouvido. Não duvidem desses dois quesitos! Já vi gente experiente fazer um CD soar próximo a um CD comercial usando apenas placa on board! Aliás, pra qualquer produtor que você uma pergunta do tipo “que equipamento comprar?” o mesmo vai ficar meio sem ação! Nos livros de gravação que leio a resposta é sempre a mesma: o equipamento tem que ser o que você obtenha o som mais limpo possível, não importa se custa um mil ou um milhão. Porém minha opinião pessoal é que o equipamento melhor para gravar tem que ser uma junção entre analógico e o digital usando como “ponte” um bom conversor A/D. Pouca gente sabe, mas coisas do tipo “harmônicos” não é só na música, existe na energia também e eles influenciam muito o resultado final da nossa música (se você conseguir comprimir sua música em 10:4 ratio (ou threshold – 10 dB) com um attack de 20 ms e um release de 50 ms e sua musicar soar alto mas compreensível, você pode ter certeza que seu equipamento de gravação e seu ambiente estão bons! Quando ela soa assim em ambientes não tratados ou equipamentos ruins os ruídos “harmônicos” da energia elétrica irão tomar de assalto o seu som!!!
Um outro fator que determina muito que equipamento comprar é o que você quer gravar. Por exemplo, para música eletrônica uma boa placa de som e um controlador USB, um bom microfone de captação e saber mexer na DAW Fruit Loops está feito a festa!!! Agora se seu objetivo é gravar uma banda e não gosta de apelar para plugins pode começar a pesquisar periféricos para isso como compressor, equalizador, potência, mesa....
Por isso o bom mesmo é você pesquisar na internet sobre o tipo de som que planeja gravar, nela tem resposta pra tudo e sempre trocar informações com quem grava desde profissionais e até mesmo quem está começando. Porém se você pesquisar em português pouca coisa vai achar sobre o assunto, se ataque no tradutor e boa sorte!!!

ÓTIMA SEMANA!!!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Gravação: como aterrar seus equipamentos e acabar com os Ruídos elétricos

Hoje, teremos uma aula sobre eletricidade. Parece até besteira (afinal esse blog trata de música e não de energia) porém esse é o principal causador de ruídos e tormento dos home studio e estúdios pequenos. Quanto a isso, não é muito o que fazer pois tudo já foi falado nesta postagem porém o que vou falar mais será mais voltado ao aterramento do seu computador e do seu equipamento.

Por que aterramos?
Muita gente irá ter falar que você não precisa aterrar um equipamento nem seu computador pois isso dificilmente danifica o equipamento. Porém se você tiver um pico de luz do nada, corre o risco de queimar alguma peça! Isso é porque a energia tem que se “dispersar” em algum lugar. Se você tiver um terra ela irá se dispersar no chão, mas se não tiver? Advinha: no seu equipamento! Mas não é só isso, equipamentos não aterrados podem dar choques e principalmente dar ruídos elétricos! Os ruídos elétricos não são percebidos até -16 dB, porém como você tem que gravar perto de – 3 dB, eles vêm a tona.

Quais freqüências que a falta de aterramento atinge?
Os locais não aterrados atingem diretamente as freqüências médias de 320 Hz a 4 kHz, justamente onde a música precisa ter mais força! Existem plugins especializados em tirar ruídos elétricos, mas eles só funcionam entre 20 – 250 Hz ou 6 – 20 kHz.
Geralmente isso é o que mais incomoda quando gravamos guitarras distorcidas e a voz, ruídos sem explicação. Como já falei antes, o “noise gate” apenas retém o ruído antes do som ser tocado. Quando se toca um som e o mesmo sai com ruído pode ser um problema!

Como aterrar?
Primeiramente, se você acha que não consegue chame um eletricista e peça para ele fazer! Porque com isso não se brinca! Quem achar que pode, basta seguir os passos.

ATENÇÃO DESLIGUE O CONTADOR GERAL DA LUZ ANTES DE MEXER COM ELETRICIDADE!

Itens necessários (clique nos links)

Haste de cobre Uma haste de cobre (ou mais dependendo seu projeto) de 2,70 a 3,00 metros.

Fio(s) de cobre Fio de cobre de 2,5 mm (tem que ser da expesurra do encaixe da tomada)!! Entre 3 metros e 10 metros (depende onde você vai colocar o aterramento)

Eletroduto para proteger o cabo do fio de terra. Ele deve ter o mesmo tamanho do fio de cobre.

Tomada de 3 pontas ou Tomada de 3 pontas novo padrão (se sua tomada for nova e seu equipamento usar o padrão de 3 pinos universal é necessário um adaptador de confiança)


Montando o aterramento (clique na figura para ampliar)

1)A barra de cobre é enterrada numa vala ou num buraco de acordo com seu comprimento. Ela tem que ser direto na terra, não chumbe (colocar cimento) e se precisar apenas sal grosso/sulfato de magnésio/sulfato de cobre ou areia grossa com carvão vegetal moído (compactado como um cimento com água salgada), caso o seu terreno seja “alcalino” ou humido demais. O fio de cobre deve ser colocado na barra parafusando ou soldando.

2)Você deve fazer uma “caixa” com madeira ou cimento e até mesmo um pote metálico ou plástico, para ter acesso a ponta da barra de cobre. Ele pode ficar cerca de 30 cm em cima da barra. Um cano bem colocado também resolve.

3)Coloque o tubo para proteger o fio do cobre até a tomada.

4)Faça um furo com uma broca que atravesse sua parede. Cuidado para não ter canos (água ou fios elétricos) próximos!!!

5)O neutro deve ser colocado no meio, o negativo a esquerda e o positivo a direita. Para ter certeza que qual o negativo e o positivo de sua rede, use uma chave teste.

A figura abaixo mostra a montagem de alguns sistemas de aterramento eficazes:
(Sempre separados por 3 metros cada um)


















Pronto! Espero que acabe de uma vez com os ruídos indesejáveis de sua gravação!!!


Ótimo fim de semana!!!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Produção: como você compõe?

Desde do início, quando você pega um violão (ou qualquer outro instrumento) pra compor, antes de mais nada temos que ter a letra, a harmonia e montamos a melodia. O resto que vier é somente uma consequência de sua idéia inicial. Muitos livro tratam do assunto "composição" e até faculdade pra isso, porém o que vale mesmo é o que está sua cabeça, da sua banda e do seu produtor (se tiver um).Um amigo compartilha o mesmo pensamento que eu: “a música tem que emocionar não importa se é alegre ou triste”, mas como fazer isso? Como não sei como é o seu gosto mas posso descrever o que me chama atenção numa música:

1)introdução: uma bem feita já é 50% do caminho andando! São as introduções que chamam a atenção do ouvinte. Os primeiros 15 segundos de execução são cruciais para uma música.

2) Arranjos: uma música bem arranjada prende a atenção imediata, principalmente a que cativa na 1º audição.

3)Composição: a maneira como ela é arranjada, dando sentindo a letra. Seus elementos, como: introdução, primeira parte, refrão, segunda parte, refrão, fim.

4)Letra: Sem história ou sem enrendo não dá pra engolir

5)Músicos: se os outros elementos estão bem colocados, com certeza os músicos (pelo menos no estúdio) são bons ou bem produzidos.

6)Produção: quando o produtor junta todos esses elementos é impossível não ter um ótimo trabalho!!!

Se você ver aqui todas as matérias relacionadas a isso. Hoje em dia com as técnicas disponíveis para home studio, fazer música está cada vez mais virando um “hobby saudável” que muitos vão passar de hobby para profissão, porém os elementos de composição mudaram muito durante os anos. Ao meu ver (posso estar errado) a maioria das músicas que são tocadas na mídia hoje em dia eles estão valorizando demais isso:

1)Produção: um ótimo produtor, transforma qualquer um em um bom músico.

2)Jabá: não adianta luta contra isso, o você está com ele ou está sem ele.

3)DVD: como já já comentei nessa postagem muitos estão partindo direto para o DVD ao invés de fazer só um CD

4)Clipe: também já falado a aqui nessa postagem, quem cai no gosto do pessoal na internet é sucesso garantido! É último lugar que alguém consegue fazer sucesso sem ser “apadrinhado” por um jabá.

5)Atitude de palco: se a geração X (1980) foi marcada pelo excesso de musicalidade, a geração Y (1990) por resgatar a simplicidade, a geração Z (2000 em diante) está sendo marcada por um monte de gente poser. Dane-se cantar e tocar bem! O que importa é atitude!Não que todos sejam assim! Mas infelizmente tem um monte de gente pensando assim e deixando os estudos básicos de lado!

O que está certo nisso? Você tem que decidir, afinal música é música boa ou ruim. Muitos críticos que leio só sabem valorizar um novo artista sem opinar (são obviamente pagos pra isso), outros ficam dizendo “que as coisas antigas” são as melhores (não dão nenhuma chance de alguém novo mostrar seu trabalho para eles) e particularmente só gosto de ler artigos que “relevam” as 2 coisas: um trabalho novo bem elogiado sem fazer puxa “saquismo” porque está sendo pago e sem “malhar” coisa do “tipo o Led Zeppelin era bem melhor que essa banda”! Meu pai sempre diz que há ritmos que lembram os “tempos das cavernas” muito em alta hoje em dia, é só pancadão, gente falando e gritando porém ao meu ver tem coisas assim muito boas e outras nem tanto como em qualquer outro estilo e por mais que tenha vontade de “baixar o pau” em monte de gravadoras (como a maioria faz) não faço isso pois além de ser uma “falta de ética” pois qualquer um que trabalha no meio musical, pode estar do outro um dia. Porém muita dessas gravadoras que vivem se queixando do “boom” dos pequenos estúdios que tem acontecido nos últimos tempos são responsáveis direto por isso, pois a partir do momento que a pessoa vivia de um estilo só e a moda passa, ela precisa achar outros meios para continuar ganhando com o mesmo. Estou cada vez mais ciente que um estúdio caseiro com bons equipamentos e um ambiente legal podem trazer grandes surpresas para os ouvintes! Por isso, uma boa composição e uma boa gravação, ainda abre muitas portas!!!

Abraços!!!

domingo, 15 de maio de 2011

Gravação e Mixagem: Como funciona o pseudo stereo.

Muitas vezes, quando um som estéreo é gravado e de jeito nenhum não importa o que faça ele continua fora de fase existe uma maneira fácil de evitar esse aborrecimento. Podemos gravar dois canais monos e transformar ambos em um pseudo stereo que um efeito que faz um som mono parecer com um som estéreo. Para os que não sabem fazer (ou até nem ouviram falar) isso faz com que um som mono fica mais “encorpado” então o mesmo pode ganhar mais “corpo” na mixagem

Qual é o truque?

Quando gravamos em mono, nosso fica em canto só (use um stereo analyser pra isso) você verá que a análise “sempre fica estática” tanto para esquerda, quanto para direita. A partir do momento que você começa a “dosar” os efeitos no som, verá que o analisador vai começar a se expandir. Quando som está totalmente mono o analisador de espectro fica como na primeira figura (clique para ampliar) . Porém quando o som começa a “pulsar” ele começa a invadir todo o campo estéreo como na segunda figura. O pseudo stereo é legal porque muitas vezes quando você precisa por exemplo de “guitarras radicais” você pode colocar uma em cada lado assim com outro efeito junto em um dos canais (como reverb) dando a sensação no fone de ouvido que elas estão vindo por cima da sua cabeça.


Como faço isso?

A)Deixe o som em mono. Se ele for estéreo, converta para mono.

B)Adicione Flanger ou Chorus na trilha. Pode se colocar um delay também com 50 ms (ou menos) e sem feedback.Procure efeitos que tenham a função dry/wet. O plugin tem que ser estéreo.

C) Coloque o som no lado direito ou esquerdo.

D)Ajuste os parâmetros (no caso do Flanger e do Chorus) no mínimo. Escute até que o som tenha densidade, ou seja o efeito só encorpa o som. No caso do Delay, tente ajustar até ouvir algo como um chorus, pra isso, deixe ele replica duas vezes (ta – ta ) o som e ajuste até ficar a sensação de onda.

E) A magia é quando o som mono que está num lado, invade o outro lado porém sem ser um “estereo” real! Esse vídeo em inglês do Ableton 4 mostra bem isso:



Cuidados especais

A)Se usar um delay para criar isso, calcule o tempo. Na nossa sessão de downloads há dois utilitários pra isso. Tente fazer com que o som não passe de 60 ms e não use feedback.

B)Se você usar dois canais monos, com pseudo estéreo cada um, cuidado para o som não sair de sua fase! O bom é sempre mexer no pan, e dar uma diferença de uma para outro de mais ou menos 20%. Por exemplo lado esquerdo 20% (47 pan) lado direito 40% (74 pan)

C)O ouvido pode não funcionar para calibrar o efeito, por use sempre um stereo analyser!

D)Efeitos como "stereo enchanhcer" podem funcionar também para criar esse efeito, porém ele de ter a função "mono maker".


E)Mais sobre panorama estéreo nessa postagem

ÓTIMAS GRAVAÇÕES!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Gravação: como anda seu ambiente?

Nessa postagem, vou tirar algumas dúvidas que perguntam quando dizem: qual material usar em estúdio? Qual o material que me dará uma melhor acústica.
O material abaixo eu tirei de um curso de acústica ministrado pelo Professor João Candido
(clique nas figuras para visualizar)

















Com esses dados, você pode deduzir com está o som de sua sala de gravação. A segunda tabela explica como funciona a absorvição:












Esse última figura, eu fiz para você entender o que acontece quando som bate numa parede com esses materiais. Quanto mais claro o material, menos ele segura o som











Boas gravações!!!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Mixagem: mais dicas pra você!

Salve!
Vou posta hoje mais uma dica do livro “How to Make Great Audio Recordings Without Breaking the Bank”que estou lendo nessa semana. Pra começar uma dica bem legal sobre som “binaural” ou seja som 3D.

Como todos sabem (ou devem saber) esse tipo de som só tem efeito num “home theater” e num fone de ouvido, pois em aparelhos normais ele fica normal. A sacada aqui é fazer com essa figura, saia no seu fone de ouvido:

1)Freqüências
Esse gráfico ao lado (clique para ampliar) era bem mais simples, mas resolvi acrescentar algumas coisas para lhe explicar melhor. O campo frequencias mostra as frequencias que começam do 20 Hz (final sub grave) a 20 kHz (final agudo).

2)Pan
Pan esquerdo e pan direito.

3)Volume
O volume trás o som pra frente

4)Efeitos
Já os efeitos empurram o mesmo pra trás.

O legal dessa visualização, é conseguimos imaginar na nossa mente como funciona o som. Quanto mais dados tivemos em mente do seu funcionamento, melhor ficará nossa mixagem. Se caso você sentir muito “embolamento”, tente separar o mesmo com ajustes indicando no gráfico, seguindo os mesmos.


Onde aumentar ou diminuir afinal?

Para continuar tentando resolver essa dúvida cruel, nada melhor que mais informação!
Esse gráfico explica de uma maneira mais “direta” o funcionamento de certas freqüências. Você ouvirá melhor os resultados dele se usar um equalizador gráfico de 15 bandas (pois esse gráfico está separado por essa ordem). Você também pode pegar um equalizador paramétrico e colocar nas posições acima citada, sempre usando uma oitava para subir ou descer.
Siga o o que o gráfico manda! Aumente/diminua conforme a altura que ele indica.


50 Hz
Se diminuir: vai diminuir os graves e vai aumentar a claridade e vai aumentar o(s) som(s) harmônico(s) na mixagem.
Se aumentar: reforçará todos os intrumentos graves (baixo, bumbo, tons, padwarm)

100 Hz
Se diminuir: elimina som estourado e aumenta a claridade da guitarra/violão.
Se aumentar: acrescenta som cheio a caixa e a guitarra, trás os graves de todos instrumentos para frente. Enriquece piano e sopro.

200 Hz
Se diminuir: diminui a sujeira do vocal nos instrumentos com frequencias médias. Diminue o grave no xipo.
Se aumentar: som cheio da voz. Pode “enquardar” o som dá caixa e da guitarra.

400 Hz
Se diminuir: diminui o embaralhamento do bumbo e dos tons. Tira o xipo do ambiente.
Se aumentar: acrescenta linhas de graves (baixo, bumbo) em músicas suaves.

800 Hz
Se diminuir: aumenta o som harmônico da guitarra/violão.
Se aumentar: acrescenta força e claridade nas linhas de graves (baixo, bumbo)

1.5 kHz
Se diminuir: diminui o embaralhamento da guitarra/violão
Se aumentar: acrescenta força e claridade nas linhas de graves (baixo, bumbo)

3 kHz
Se diminuir: aumenta a respiração nos back vocals. Pode resolver conflitos entre a guitarra e a voz.
Se aumentar: mais som de efeitos manual no baixo, aumenta a claridade da voz e o ataque da guitarra.

5 kHz
Se diminuir: faz os instrumentos irem para trás. Deixa a distorção da guitarra mais suave.
Se aumentar: aumenta a presença da voz, o ataque do bumbo e dos tons, aumenta o som do baixo sem palheta (fingerbass), mais ataque no piano e violão e deixa a guitarra distorcida mais brilhosa.

7 kHz
Se diminuir: reduz sss nos vocais.
Se aumentar: mais ataque do bumbo, tons e percussão. Reduz o embaralhamento na voz, aumenta o som do baixo sem palheta (fingerbass), modela o sintetizador, guitarra e piano.

10 kHz
Se diminuir: reduz sss nos vocais.
Se aumentar: brilho na voz e no piano. Limite do xipo.

15 kHz
Se aumentar: aumenta o xipo e a respiração da voz. Deixa samples e VSTi mais reais. Aumenta o som das strings.


Sempre use os ouvidos!!! Confira se seu equipamento está bem regulado! A mixagem não salva uma gravação ruim!

Ótimas gravações!!!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

mixagem: novamente onde cortar e onde aumentar na sua gravação

Pra terminar a semana, vou falar um pouco mais sobre equalização.
Atualmente estou lendo o livro “How to make great áudio recording wihout breaking the bank” que ao pé dá letra quer dizer “com fazer um grande áudio sem quebrar o banco”. Esse livro é para iniciante/intermediários e existe uma dicas bem legais. Hoje vou colocar um resumo de freqüências do livro. Em vários livros você vê muito “corte aqui, aumente aí” e quando você faz nada resolve! Essas dicas de freqüência são rápidas para dar resultados mais na cara, porém se sua gravação estiver ruim nada vai adiantar! Originalmente esse formato é uma tabela, porém vou fazer de um modo mais simples.

Voz
Onde cortar e o porque: 7 kHz, para evitar sílabas explosivas.
Onde aumentar e o porque: 8 kHz, para deixar o som grande.
Onde cortar e o porque: 2 kHz, para evitar excesso de agudo.
Onde aumentar e o porque: 3khz – 6 kHz, deixa brilhosa.
Onde cortar e o porque: 1khz , para evitar o som nasal
Onde aumentar e o porque: 200 – 400 kHz, corpo.
Onde cortar e o porque: 80 Hz para baixo evitar som graves explosivos!

Piano
Onde cortar e o porque: 1–2 kHz som pequeno (lembra uma caixa)
Onde aumentar e o porque: 5 kHz, aumenta a presença

Guitarra
Onde cortar e o porque: 1–2 kHz som agudos desnecessários
Onde aumentar e o porque: 3 kHz aumenta claridade
Onde cortar e o porque: 80 Hz sujeira
Onde aumentar e o porque: 125 Hz Bottom end (final grave 80 – 130 Hz)

Violão
Onde cortar e o porque: 2–3 kHz som pequeno
Onde aumentar e o porque: 5 kHz evita estouros
Onde cortar e o porque: 200 Hz som explosivo
Onde aumentar e o porque: 125 Hz som cheio

Baixo
Onde cortar e o porque: 1 kHz ruído
Onde aumentar e o porque: 600 Hz som gordo
Onde cortar e o porque: 125 Hz estouro
Onde aumentar e o porque: 80 Hz Bottom end (pode se aumentar também depois, porém com cuidado)

Contrabaixo
Onde cortar e o porque: 600 Hz som fechado
Onde aumentar e o porque: 2–5 kHz aumenta os agudos
Onde cortar e o porque: 200 Hz estouro
Onde aumentar e o porque: 125 Hz Bottom end

Caixa (snare)
Onde cortar e o porque: 1 kHz tira som aquele som estridente da esteira
Onde aumentar e o porque: 2 kHz brilho
Onde aumentar e o porque: 150–200 Hz dá brilho
Onde aumentar e o porque: 80 Hz profundidade (cuidado aqui!)

Bumbo (kick)
Onde cortar e o porque: 400 Hz sujeira
Onde aumentar e o porque: 2-5 kHz ataque
Onde cortar e o porque: 80 Hz estouro
Onde aumentar e o porque: 60-125 Hz Bottom end

Tons
Onde cortar e o porque: 300 Hz estouro
Onde aumentar e o porque: 2–5 kHz ataque
Onde aumentar e o porque: 80–200 Hz Bottom end

Xipo (cymbal)
Onde cortar e o porque: Cymbals 1 kHz (para baixo) corta ruídos estridentes
Onde aumentar e o porque: 7–8 kHz dá corpo
Onde aumentar e o porque: 15 kHz aumenta sensação “ao vivo”
Onde aumentar e o porque: 8–12 kHz brilho

Sopro (horns/brass)
Onde cortar e o porque: 1 kHz Honky (aquele som de placa de metal)
Onde aumentar e o porque: 8–12 kHz engradece o som
Onde cortar e o porque: 120 Hz sujeira
Onde aumentar e o porque:2 kHz aumenta claridade

Sessão de Strings
Onde cortar e o porque: 3 kHz agudez
Onde aumentar e o porque: 2 kHz claridade
Onde cortar e o porque: 120 Hz sujeira
Onde aumentar e o porque: 400–600 Hz presença

Claro, que todos os corte e aumentos, dependerá o que seu ouvido pedir e ainda a qualidade da gravação!
Por isso vá com calma!

Boas gravações!!!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Gravação: será que a culpa é da sua placa de som – Parte 2

Esses dias discutindo com outro amigo meu que recém comprou um mac com sistema pro tools, o mesmo disse que apesar de tudo que ele faz, ele acha que muita coisa ainda tem que evoluir na gravação digital. As melhores gravações com os melhores engenheiros sempre tem uma coisa em comum: a capacidade de dosar os equipamentos analógicos com os digitais. Porém, eu ando ouvindo gravações caseiras quase onde a maioria do som é baseado no uso de plugin, que me surpreendendo. Vou citar dois casos: O Primeiro caso, um amigo meu gravou as guitarras do seu single, apenas usando sua placa de som M-Audio Fast Track e sua guitarra ligada direto. O plugin passado foi o IK Amplitube 3. O resultado pra mim foi excelente! Para ouvir essa Clique Aqui. O outro caso, um amigo meu que faz música instrumental na praia do Joe Satrianni, gravou sua guitarra, ligados num Ampli Line 6 Spíder e numa pedaleira Line 6 podfloor XT e usando um placa de som Firewire, plugins VSTi e o resultado foi um dos melhores timbres que já ouvi em uma gravação caseira! Para ouvir a música Clique Aqui. Em ambos os casos além do talento, aqui imperou uma coisa: a qualidade de suas placas de som. Como mencionei antes, estou usando uma Sound Blaster Audigy e a prova que uma placa quando não é profissional o resultado não é satisfatório é essa: quando se usa plugins em tempo real de mixagem e mesmo que você ouça tudo em seu lugar, na hora de passar a música para CD é um desastre! Porém a pergunta: existe alguma gravação que dá para fazer com uma placa de som simples que o resultado seja satisfatório? Claro que tem! Vários! Alguns casos que separei: a primeira música foi gravada usando um Sound Blaster 16. a segunda música usando uma Sound Blaster Audigy 1, e a
a terceira música usando uma Sound Blaster Audigy SE 7.1. Daí e você pergunta, como o som deles ficou bom? Pra começar, a placa de som foi apenas um meio de “transpor o som” pois tudo veio por meios analógicos. Não há dúvida que o som quando gravado com em um equipamento analógico de qualidade fica bem mais fácil de “abrir o mesmo” quando feito de forma correta. Porém, enquanto você vai gastar uns R$1000 para ter um equipamento descente analógico para começar a gravar, o melhor é pegar essa grana e gastar R$500 numa placa de som profissional e ainda sobra troco para comprar um pré amp ou mic de qualidade!

Abraços!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Gravação: será que a culpa é da sua placa de som

Salve!
Ultimamente, ando gravando numa Audigy 2 da Sound Blaster, e isso é porque deu pau na minha M-Audio! Nada contra a placa, ele é ótima para reprodução, mas para gravação deixa e muito a desejar. A prova disso, que algumas músicas que estou fazendo estou “fechadas” e isso fez me lembrar a quanto não acontecia isso comigo! É só você comparar essa gravação com essa outra. Confesso que até certo ponto não tinha percebido, até que um amigo meu guitarrista me advertiu. Isso me fez pensar de certas coisas que fazia e depois deixei de fazer. Quando usava placa mais modestas, na masterização sempre puxava ao máximo as freqüências entre 1 – 8 kHz em +6 dB e as graves 80 – 350 Hz em + 2 dB, e geralmente o resultado era satisfatório como nessa gravação e isso simplesmente é o horror de muito engenheiro de som! Hahahaha!
No meu caso, acho que que fiz muitos cortes nessa música que fechei, vou exprimentar agora abrir tudo novamente, o melhor de compartilhar gravações é que sempre alguém vai de dar uma dica que não tinha percebido antes e a coisa que mais ando percebendo que uma placa modesta (apesar da Audigy não ser assim tão modesta) não consegue “passar” matematicamente direito os plugins! A Audigy reproduz bem, mas na hora de passar um plugin (que terá que fazer todo um processo binário pra acrescentar o mesmo na hora do som) deixa muito a desejar. Por isso aqueles que querem ou já estão gravando não percam muito tempo em placas amadoras ou placas de som board, compre logo uma para isso! Os exemplos são que a M-Audio Fast Track USB e a M-Audio Audiophile estão custando menos de R$400! Uma Audigy custa em torno de R$300 ou seja, para quem vai gravar é um belo “elefante branco” a ser comprado! Por isso, todo cuidado é pouco na hora de comprar ou trocar a sua placa de som.

O que precisa um placa de som para gravar?

Frequência de resposta entre 22Hz a 22kHz
Distorção harmônica total menor que 0,002%
Relação sinal/ruído D/A 104,0 dB, A/D 100,4 dB

Esses requisitos são encontrados na maioria das placas de gravações mais acessíveis!
Compare, compre a sua e ótimas gravações!