quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Conheça nosso colaborador do blog: André Benitz!

André é meu primo e colaborador do blog!
Ele é formado em biologia e atualmente está fazendo a faculdade de composição e produção na UFRGS! Ele possui um canal no You Tube com ótimas dicas de arranjo e composição!
Com vocês o som dele:





segunda-feira, 27 de novembro de 2017

10 dicas para seguir uma música de referencia

Olá Palconauta!
Só quem mexe com música sabe o quanto é difícil fazer uma e só quem mexe com gravação sabe o "parto" que é fazer uma boa mixagem.
Quem trabalha com isso todo dia geralmente já sabe por onde começar, mas e quem nunca trabalhou ou está aprendendo por onde ir? É por isso que temos uma coisa chamada referencia para nos ajudar que nada mais é a sua música "favorita" que você escuta direto ou aquelas suas músicas preferidas. Analisar a fundo a mesmas (quanto instrumento tem, quais os efeitos que usa, qual o gráfico do seu campo estéreo) pode te ajudar a resolver esse "quebra cabeça" (como diria o guitarrista do Queen, Brian May) e isso é uma coisa pouco falada ou até ignorada na internet pois muitos das excelentes mixagem que você houve por aí devem-se ao fato que o engenheiro de som usou uma(s) referencia(s) para obter a sonoridade única.
Estão pronto? Então bom estudo!

Qual seu estilo?
O primeiro fato de você ter uma referencia é saber qual o seu estilo pois você irá copiar dele desde os arranjos, a intenção melódica e até o conjunto de instrumentação.
Então é mais fácil primeiramente você se basear em algo que gosta pra depois começar a exprimentar outros tipo de referencias.

Menos é mais!
Existe uma regra de mixagem:
Quanto mais grave, mais alto o som fica. Quanto mais agudo, mais distante o som fica.
Isso quer dizer que se você colocar uma música bem alta e se afastar, verá que os graves se mantém e os agudos vão sumindo e por esse motivo que muitas vezes
quando passa um "carro na sua frente" com "falantes exagerados" e alto a primeira coisa que você irá ouvir será os graves e claro a medida que o carro se afasta
também será a última.
Quanto mais instrumentos na sua mixagem mais o som tem tedência a de ficar mais baixo na mixagem e é esse é dos motivos que hoje em dia as mixagem se tornaram tão graves.
Geralmente se grava até 16 canais dependendo a música e ainda muita coisa irá ser cortada ou "amontoada" num canal só (overdub) para que a música possa respirar.
Por isso se sua inteção é "soar alto" diminui o números de instrumentos e se você não se importa com isso, cuide mais dos agudos para que na soma final de todos instrumentos
não fique irritando o ouvindo de quem ouve.

Na dúvida, comece tudo centralizado 
Você não sabe em que pan começar, então deixe tudo centralizado mesmo que tenha "pistas em mono" na mixagem. Com tudo no centro e ajustando os volumes e os plugins você pode decidir para onde deve colocar os canais, se mais para esquerda ou mais para direita ou deixar no centro mesmo!

Crie seu método de mixagem
A internet fala muita coisa que só funciona para quem faz o vídeo ou escreve a postagem!
Em mixagem tudo depende de uma série de fatores: músicos, instrumentos, equipamentos, ambiente, qualidade DAW, etc. Por isso sempre estude mas tente com tempo fazer seu próprio método pois só você conhece o seu equipamento e o que ele é capaz de fazer ou não.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Coluna do Anício: 15 dicas para gravar guitarra distorcidas

Olá leitores, músicos e amantes da música! Nesse último mês fui para o estúdio. Uma hora como
produtor e outra como guitarrista.
Pra mim foi muito bom pois fazia mais de um ano que não gravava num estúdio profissional!
Porém tive que rever alguns conceitos pois gravei algumas músicas "rock" e outras no estilo "sertanejo pop" então para cada estilo que abordar uma distorção diferente.
No caso do rock eu tinha que ter uma distorção para base e uma para solo
No caso do sertanejo apenas uma para solo, mas a dupla queria uma bem naquele estilo dos anos 90 onde as guitarras sertanejas eram feitas com o harmonist.
Isso foi no meu trabalho de guitarrista, fora isso estava orientando um amigo meu (que já foi meu aluno) como conseguir bons timbres para sua guitarra já que esse é seu primeiro trabalho autoral.
Pensando nisso eu bolei para essa postagem 15 dicas que podem servir para você de como gravar uma "guitarra distorcida" boa, sem complicações e sem frescura!
Não vou abordar sobre mixagem ou equalização, mas tenha isso em mente:
o som que você achar para sua guitarra muda muito pouco no som final na hora mixagem!

1.Tenha um rascunho da sua harmonia e do seu solo
Você não precisa saber escrever tablatura ou ainda mais partitura ou saber figuras e "pressões" rítmicas. Contudo pelo menos você tem que saber qual harmonia irá usar e qual solo irá fazer, nem que seja uma gravação rudimentar com seu celular!
Caso você trabalhe em dupla (não necessariamente com outro guitarrista) gravar a ideia inicial das duas linhas é sempre bem vinda!

2.Na dúvida vá pelo básico!
A maior tentação de hoje em dia são pedaleiras e plugins VST e claro que não está errado, afinal quanto mais prático for uma gravação melhor.
Uma coisa que acontece tanto com guitarristas profissionais, intermediários ou iniciantes é achar que uma "simulação de Mesa Boogie" irá soar realmente como um amplificador de verdade!
Ou ainda achar que a distorção Pro Rat da sua pedaleira realmente sai igual ao do pedal avulso!
As chances de decepcionar na hora da mixagem podem ser grandes!
Por isso na hora de gravar uma dica para "economizar tempo e dinheiro" é simplesmente ter uma configuração básica! Um bom amplificador (que tenha reverb) bem microfonado, com apenas 4 pedais (compressor, distorção, chorus e delay) podem fazer o timbre "dos seus sonhos" em poucos minutos. Lembrando que muitas vezes o que a gente ouve, pode não sair exatamente como na gravação! E não precisa ser exatamente esse pedais! E sim o que você tem a disposição.

3.Válvula ou transitor?
Há 20 anos atrás eu ouvia (e lia) que "os amplificadores valvulados iriam acabar e iriam sobra apenas os transistorizados" e até hoje nada mudou.
Temos amplificadores (e processadores) a válvula e a transistor e qual seria o melhor a usar numa gravação? Minha resposta é o que você achar melhor!
Antigamente havia muita diferença entre os dois, mas hoje em dia com tantos recursos (inclusive para gravação) isso diminui consideravelmente a distância entre o dois.
Por isso não se preocupe se está usando um Fender Blues Deluxe (válvula do) ou um Fender Champion 100 (transistorizado) e sim achar um timbre que irá te agradar e que saia bem na gravação.

sábado, 7 de outubro de 2017

Coluna do Anício: MPNB - Música para não pensar brasileira

Olá leitores, músicos e amantes da música!
Meio sem tempo para escrever! Pura falta de tempo mesmo!
E infelizmente nem é por causa de música e sim porque ando ajudando minha esposa
em algumas palestra "motivacionais" que promovemos por aí.
Primeiramente vou me desculpar pois em uma postagem disse que não "haveria" Rock in Rio (a do início do ano) e também vou falar sobre um comentário que vi sobre o evento onde era mais ou menos isso: Rock foi feito para não dançar e sim para pensar!
Confesso que fiquei meio confuso pois afinal um dos meus hobbies foi sempre pegar um cd e analisar friamente a música, ou escutar com os amigos ou ainda apenas para fazer festa sem muito compromisso.
Os roqueiros se esquecem que o rock lá dos anos de 1950 a 1960 era apenas "zoação" onde era feito para dançar mesmo tanto que temos
a ótima música Twist Again para provar isso e por mais que não admitam se estilos antes na sombra do rock (como o sertanejo, música eletrônica ou até mesmo o funk) hoje estão aí
justamente porque "pegaram emprestado" sua fórmula que enquanto eles se renovam o rock fica ali parado tempo e sinceramente quando vi meus ídolos cantarem no nesse Rock in Rio confesso que me deu uma tristeza pois apesar deles estarem ainda com o "gás todo" o tempo chegou para eles e sem nenhuma novidade a mais no estilo, será que quando eles se forem tudo irá com eles?
Voltando ao comentário o rock foi feito para pensar e escutar?
Acho que a resposta certa seria depende. Músicas pensantes como Que país é esse, Type, Missionários ou Money For Nothing realmente são mais associadas ao "rock inteligente" mas não que dizer que o grupo pensante faz parte "exclusivamente" do rock.
Se você não sabe o "POPTechno" Gangnam Style se refere "tudo que você quer ostentar mas não tem" ou ainda a música "Canção da América" que MPB se refere a encontrar os amigos e ambas além de ser legal para se escutar fazem a gente pensar um pouco no cotidiano da vida.

domingo, 3 de setembro de 2017

Estúdio: Como montar uma sala isolada na sua casa em 6 passos

Salve Músiconauta!

Eu estou montando um estúdio para uma "web rádio" num quarto pequeno (1,90m por 2,40) e claro que a minha primeira preocupação é fazer o "tratamento acústico" do local.
Como ela fica numa casa em um área comercial sujeito a vários "ruídos e barulhos"  e o quarto é mais ou menos do tamanho de um banheiro o que fiz não foi me basear num projeto que achamos na internet (que normalmente é calculado para distribuir graves, agudos e reverberação) e sim numa coisa bem prática e custa-se até R$2000 (ou menos).
A medida que fui montando vi que era uma ideia bem prática para quem não tem muito capital para fazer uma sala isolada seja para gravação caseira ou para um pequeno estúdio e no final vi que esse projeto pode ser bem aplicado pois ele é muito fácil de fazer pois é usado apenas 3 materiais para fazer a camada de isolamento.
Claro, não digo que você conseguirá fazer ou não sozinho (no meu caso minha mulher trabalha com isso o que foi fácil para fazer a sala para a rádio) mas no máximo (dependendo o tamanho da sala ou quarto que irá fazer isso) você pode conseguir com R$1000 (ou até menos) todo material o que fica bem atrativo já que a maioria dos projetos na internet você pode gastar até R$10.000 só em material! Por isso vou explicar de um modo bem prático com fazer essa sala e o preço do material. Boa leitura!

sábado, 12 de agosto de 2017

Opinião: Som alto e a culpa do ouvinte!

 Salve!
Você sabia que o limite de volume suportado pelo ouvido humano é 120 dB?
 Você sabia que muitos estúdios já estão masterizando em -4 dB RMS? 
Sabia que muitos "DJ" pegam e passam plugins do tipo compressão aumentando o volme para -2 dB? Sabia que quase 60% da população já escuta música somente em fone de ouvidos? 
Como já não bastasse o famigerado "Jabá" as gravações há anos tem um inimigo "oculto" chamado "guerra de volume"!
 O que acontece é o seguinte: muitas vezes uma gravação legal bem gravada e tocada quando mostrada a alguém a primeira reclamação é sempre o volume.
 A maioria das gravações caseiras podem sair baixas devido a:



A)uso incorreto dos equipamentos ou equipamentos inadequados 
 B)Excesso de canais ou de efeitos
 C)Erro de cortes ou ajustes (pan,equalizaçao,volme)
D)Local inapropriado  
E)ruídos em geral. 

 Fora isso outros fatores podem ser determinantes como ajustes de "harmônicos" mas se a gravação está "limpa e clara" é quase "impossível" ao masterizar ela não sair alta não importar o que você usou para gravar!
Porem existe um novo fator, chamado "preguiça de aumentar o volume" ou seja, tudo tem que ser alto. Muitas música por exemplo como "Money for nothing" podem até ser "masterizada" num volume bem alto que dificilmente irá distorcer, agora uma música como "Somebody told me" apesar de ser ótima experimente aumentar mais um pouco, ela fica inaudível!
Ou seja, se matematicamente a seguinte fórmula:
Rms master x volume do aparelho de som vamos supor que seu master tem -6 dB, e seu aparelho de som vai até 10, então:

6 x 1 = - 6db
 6 x 2 = +6 db 

ou seja, imagina o volume em 10! Claro que para conseguir isso será impossível a partir do volume 5 tudo começar a distorcer...
Algumas músicas com "Turn me on" estão tão altas que é quase impossível atinger seu volume numa master! E isso é porque nos acostumamos  a não levantar mais para aumentar o volume do aparelho de som e o resultado é que estamos com volumes cada vez mais altos como mostra o gráfico abaixo:

http://cdn.antiquiet.com/wp-content/uploads/2011/02/loudness-war.gif

 E lógico que já comentei muito no blog sobre a "Guerra dos Volumes"   e causas que ela está tendo é um delas é isso. Claro que isso, não quer dizer que devemos fazer uma música "baixa" e pensar que o ouvinte que pare de ser preguiçoso e levante e aumente o volume pois não tem lógica! E sim de pelo menos cortar "muitos processos" que existem hoje por causa disso que estão extremamente difíceis para quem grava em casa ou num pequeno estúdio mas acho que isso vai ser muito difícil de acabar.

Quantos mais, mais baixo

Qual diferença entre anos anteriores e agora? Simples: o número de instrumentos!
Essa história de que cortaram mais para os arranjos, coisas acústicas, mais pancada na música eletrônica e menos synth pode ser coisas do padrão atual musical, mas também porque quanto menos instrumentos no "campo estéreo" mais ele pode ser expandido e é por essa razão que muitos produtores estão preferindo cada vez menos instrumentos nas gravações.  Essa dica é bem valiosa, pois de repente pode lhe dar uma luz "como deixar sua música mais alta", porém lembre-se de uma coisa: a guerra está quase no fim, porque praticamente todos master estão ficando quadrados!!!


Boas gravações!!!




sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Mixagem: 10 Dicas pra fugir da tentação de "aumentar o volume"

O maior desafio pra quem grava em casa é fazer a música soar parecido há uma música comercial.
Quando digo "parecido" é porque por mais que você tente, sempre vai "faltar algo" para sua música soar igual a de um "grande estúdio" e claro porque estamos falando de um fator chamado "investimento" pois se toda gravação soasse "comercialmente" bem ninguém gastaria mais cem mil reais para montar um estúdio de qualidade!
A primeira coisa que a pessoa faz é aumentar o "volume" quando a música não soa legal e geralmente se faz isso usando limiter, equalizador ou compressor esquecendo de ver o "básico" de como a música foi gravada e mixada.
Abaixo separei 10 dicas para você fugir da tentação de "aumentar tudo" pulando algumas etapas
que são praticamente obrigatórias quando se mixa.

1.No que está se baseando?
A primeira coisa que você tem que estar ciente, qual o tipo "de música de referência" que você está usando. Por exemplo, vamos supor que você esteja gravando um rock e está usando como referência um power trio, uma banda grunge ou ainda aquelas dos anos 80 como uma de hair metal e isso conta muita.
quanto mais instrumentos menor, mais reduzido fica o campo estéreo! E isso é um fato.
Por exemplo sua voz somente com violão fica na altura
que quiser pois não há brigas (a voz por ir no lado direito e o violão no lado esquerdo), agora imagine uma big band com 32 instrumentos, como ajustar  essa bagunça sonora no seu campo estéreo?
Por isso quanto mais instrumentos lembre-se que você terá mais passos a serem feitos no processo de
gravação e mixagem e possivelmente você terá que sacrificar "bons timbres" para destacar o que deve realmente aparecer na música.

2. Redestribua seu campo estéreo
O acúmulo de pistas num mesmo "pan" pode fazer o som se tornar "fora de fase" em alguns falantes.
Existe um cálculo que um produtor me ensinou e até hoje levo a risca que é não é muito diferente do que se usa hoje para o posicionamento estéreo.
Seria assim: instrumentos graves como baixo, trambone, lado esquerdo teclado, guitarra distorcida com power chord, voz baritona mais para esquerda; instrumentos agudos como guitarra limpa, lado direito teclado, voz tenor, pratos, tons altos trazer mais para direita; instrumentos de marcação principal como caixa, bumbo, baixo, voz principal, solos ou camas deixar no meio.
Contudo isso é só para esclarecer melhor o que acontece no "campo estéreo" o bom mesmo é seguir essa regra e depois ver se combinou ou não com sua música e ir fazendo pequenos ajustes.