quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Aprendendo a gravar parte 1 – Ligando os instrumentos no computador

Muito já falei sobre equalização, efeitos, harmonia, história, mas porém nunca havia feito uma postagem específica sobre o assunto: Como gravar minha música no computador? Por isso hoje vou começar uma série de postagens de como “aprender a gravar” no seu computador. Nessas postagens, vou direcionar o meu conhecimento nos equipamentos mais simples de gravação, ou seja aqueles que qualquer um com um computador possa gravar.

Quais o equipamento que preciso para gravar?
Tudo depende o que você tem. Vou dizer como ligar o que você tem ao computador.
Para ligar os instrumentos no computador, veja os próximos tópicos. Porém você precisa ter um “sistema de monitoração”.A maioria dos aparelhos de som vem com uma entrada auxiliar, o famoso “AUX IN” e daí você poderá ouvir o que está fazendo na sua mixagem além de ter uma referência. Um acessório importante é “fone de ouvido” para gravar ou mixar sem ouvir sons externos. Procure comprar um que indique na caixa de 20 hz a 20.000 Khz, lembrando que os preços variam.

Qual o computador que preciso para gravar?
Basicamente, computadores antigos como: Pentium (2,3,4), K2, Atlhon, Celerons antigos podem ser usados para gravação desde que tenham 450 MHz de, 40 gb de HD e 64 MB de memória. Porém esqueça de usar programas e novos nessas máquinas! Os plugins DX e VST a maioria rodam sem dificuldades em máquinas como Pentium 3 e 4, mas hoje em dia muitos podem não rodar.É sempre bom checar como está a parte física da máquina, verificar se o computador está bem aterrado e se não ruídos elétricos na rede. Meu conselho é sempre colocar um filtro de linha entre o estabilizador e a tomada. Procure ver quais são os horários que possuem maior consumo de energia em seu bairro, por ruído elétricos não há como limpar numa gravação.

Meu ambiente é bom para gravar?
Depende. Lembrando que você não pode isolar acusticamente o local (ou até pode) é tentar deixar tudo “o mais seco possível”. Por exemplo, um dos truques mais manjados dos home estúdio é colocar “colchões” no canto do quarto para evitar a reverberação ou até mesmo gravar dentro do armário ou banheiro!Vale tudo para deixar o som audível.

Como vai ficar da gravação?
Depende como você quer o resultado. Se você quiser uma “demo” ou quiser fazer um CD para vender para os amigos, o resultado será satisfatório. Mas agora se você espera que o som fique “profissional” vai depender do seu ouvido e principalmente do equipamento disponível!Como sempre digo: não espere que o resultado final de um equipamentos que custam ao todo R$ 1000,00 o mesmo que um custa ao todo R$ 1000.000,00 (clique aqui e veja por exemplo o estudio na cena) !Seu “Fusca” não terá o mesmo glamour e potência de uma “Ferrari”! Além disso, há plugins que não foram projetados para placas de som não profissionais.Minha dica é você começar a gravar, se gostar vá a medida do tempo melhorando o equipamento.
Muita gente faz gravações em casa e são muito bem sucedidas com um simples equipamento. No www.palcomp3.com.br você irá encontrar vários exemplos.

Cabos
as placas on board (vem junto com a placa mãe) e as off boards (as que colocamos na placa mãe estilo Creative SB Audigy) aceitam somente os plugins no formato P2 o chamados “plugins pequenos”. A maioria dos instrumentos e mesas de som possuem somente a entra P1 (plug grande ou plug banana). Os microfones usam o plugin XLR e os plugins RCA (que são de entradas auxiliares como CD/DVD) quase não usados em instrumentos. A minha sugestão é que você tenha os três cabos abaixo:

1) P2
2) P2 com P10
3) P10
3) P2 com P10 em Y
4) XLR com P10 (microfone)
5) RCA com P2 em Y (para colocar na saída da placa de som para um aparelho)

Click aqui para você ver os tipos de plugs e cabos
Você pode fazer isso, desde que tenha um ferro de solda, mas aconselho como você vai usar para gravar, para evitar “ruídos” compre os prontos de fábrica ou peça para uma eletrônica fazer.

Ligando ao computador
A figura abaixo (clique para ampliar) mostra em detalhes como é saídas e entradas uma placa de som. Esquema é padrão e pode variar de placa para placa.

Line In – Nessa entrada você pode colocar quase todos os equipamentos: amplificadores, guitarra, rack de efeito, mesa de som. Porém como as placas amadoras são muito frágeis aconselho a comprar um Direct Box: O preço varia de R$ 30 a R$200. Clique aqui para uma melhor explicação o que é esse equipamento.

Mic In – Nessa entrada você coloca o microfone. Não aconselho a botar outro equipamento, pois a mesma possue “ganho” e pode distorcer o som.

Line out – Essa saída (sua placa de som tiver) serve para colocar um amplificador de entrada com maior potência, é a saída de som da placa mãe “não amplificada”. Por exemplo uma mesa de som para tocar o som que sai do computador ou amplificador para fazer a mesma potência. Não ligue a caixa de som ou um aparelho de som com entrada “aux in” que o volume saíra baixo.

Speker out – Essa saída serve para ligar as caixas de som ou para fazer o som sair em um aparelho de som. Não use nada amplificador, deixe isso para o line out pois essa é saída é amplificada e causa danos ao amplificador e a placa de som

Midi in/Joystick In - Essa entrada/Saída serve para você colocar um cabo midi ou um joystick serial, porém já quase não é mais usada, pois hoje dia temos a entrada USB.

O esquema abaixo mostra como ligar no computador equipamentos numa placa de som com sistema RCA.


Na próxima postagem: como configurar sua placa de som no windows! Abraços

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Palco Kh - Links recomendados

Não haverá postagens até o dia 17-02-10!É carnaval!
A seguir uma série de links que estão nos “meus favoritos” comentados:


Palco MP3
O maior site de música independente do País!Cadastro grátis para qualquer banda.
Link: http://palcomp3.com/


Izy Deejay (site em inglês/espanhol)
Análise de plugins DX, DXi, VST, VSTi e RTAS
Link: http://izydeejay.blogspot.com/

Rafael Six Strings
Análise de plugins, CDs, metodos de música, violão e guitarra.
Link: http://rafael6strings.blogspot.com/

Audio Junk
Análise de plugins DX, DXi, VST, VSTi e RTAS
Link: http://www.audiojunk.net/

Audio Licks
Dicas, análises, truques do produtor Paulo Assis
Link: http://www.audioclicks.com.br/blog/

Studio Guitar
O blog do músico, guitarrista e professor Elton Pamplona.
Análise de plugins, métodos, vídeo aulas e aulas on line.
Link: http://www.studioguitarescola.blogspot.com/

Music Áudio
Dicas, manuais, cursos on line e muito mais.
Link: http://www.musicaudio.net/
Links para vários plugins gratuitos
Link: http://www.musicaudio.net/downloads/vst.htm

Música e Áudio
Vídeo(s) aula(s) sobre vários plugins DX, DXi, VST, VSTi e RTAS
Link: http://www.musicaeaudio.com.br/

Dicionário de acordes para violão e guitarra.
Do site Cifras.com.br. Descubra em poucos segundos aquela nota complicada que aparece na cifra.
Link: http://www.cifras.com.br/dicionario/digitacao

Guitar Geek (em inglês)
Apesar de estar desatualizado, vários esquemas de ligações e informações de equipamentos de guitarristas famosos.
Link: http://www.guitargeek.com/


Central midi
Milhares de midis além de estilos para teclados.
Link: http://www.centralmidi.com.br/

Audição crítica
Site do produtor Dennis Zasnicoff.
Análises de plugins e muitas dicas sobre produção, mixagem e masterização.
Link: http://www.audicaocritica.com.br/


Tone pad (site em inglês)
Aprenda construir os mais famosos amplificadores e pedais de efeitos para guitarra, baixo e voz.
Link: http://www.tonepad.com/

Studio recording (site inglês)
Troque informações com produtores e músicos americanos. Várias matérias sobre análises de plugin e dicas sobre produção, mixagem e masterização.
Link: http://www.studiorecordingengineer.com/

Marcio Okayama
Blog do guitarrista, produtor e professor. Transcribe e colunista da revista Guitar Palyer
Link: http://marciookayama.guitarplayer.com.br/

Áudio List
Shopping do músico! No fórum compartilhe experiências e veja opiniões de músicos e produtores do Brasil todo!
Link: http://audiolist.org/


Abraços!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Análise de músicas famosas:Pantera - Cowboys from hell

A história:
De cara é um “metal comercial”, foi feita mais pra mostrar a técnica do guitar hero Dimebag Darrell's . O título da música além de ser o nome do CD é uma referência que a banda veio do Texas, estado americano onde aconteceu a lenda dos Cowboys um estado que não tinha nenhuma banda famosa no estilo do metal.




Vídeo da Música (ao vivo)




A letra

Na minha opinião, acho que a letra não tem muito haver. A banda se concentrou na música em si do que passar uma mensagem. Pesquisei sobre a história da letra na internet e não achei quase nada. É aquele tipo de letra que você decide o que ele está falando.

Link da letra com a tradução
http://letras.terra.com.br/pantera/30013/traducao.html

Integrantes
Phil Anselmo - vocal
Dimebag Darrel (Darrell Abbott) - guitarra
Rex Brown (Rex Rocker) - baixo
Vinnie Paul Abbott (Vincent Abbott) - bateria



Guitarras

Primeira parte/Segunda Parte
A maioria dos grupos de Heavy Metal, Trash Metal, New Metal e Black Metal alternam em “bordões” (a sexta corda) as afinações mais típicas são a padrão (EADGBE), drop d (DADGBD) e drop C (CGD#GCD#). Nesse caso é um afinação padrão.
Se fosse usar somente um violão a música toda ficaria em Mi menor. Curiosamente a a música não possue um refrão definido, sendo muito parecida com um Funk Metal.
O vídeo abaixo mostra a execução do riff e do solo pelo guitarrista Miekan kantaja.





Dimebag Darrel sempre foi fã de distorção transistorizada indo na contra mão da maioria dos guitarristas que preferem distorção valvulada. Seus cabeçotes eram Randall tomente mexidos e para conseguir um som bem parecido você pode usar o pedal feito em parceria com a MXR: o Dime Distortion. Aliás, o Native Instruments Guita rig simula muito bem esse pedal. A distorção do lado esquerdo é seca, a do lado direito leva um Flanger bem sutil. A guitarra é a sua famosa Dean personalizada. Gosto muito da distorção ela é bem na cara.

Guitarra Solo e arranjos
A preparação para o solo e a base do mesmo é bem interessante.
Primeiro um Power Chord de C, seguido de um A/C# (algo incomum no metal) e D e ainda há tornround (para voltar para o dó) de A# A G# G. O solo é típico de Dime, com um monte de sextinas velocidade da luz. O link abaixo mostra a tabulatura completa da guitarra:

http://cifraclub.terra.com.br/pantera/cowboys-from-hell/

Baixo
Rex Rocker segue a famosa linha das músicas metal, dobrando o baixo com a guitarra e de vez em quando fazendo um arranjo o ou outro. Você pode conferir a linha do baixo aqui:

http://cifraclub.terra.com.br/pantera/cowboys-from-hell/tabs-baixo/

Rex é um baixista eclético formado por incrível que pareça em Jazz. Não sei ao certo que baixo ele usou para gravar, pois ele trabalhava com inúmeros baixos e amplificadores antes virar endosser da Gibson e da Marshall. Ele também gosta de usar efeitos principalmente o chorus.

Bateria
Os fãs de Pantera Sabem que Vinnie Paul Abbott é o irmão de Dime. A bateria também é atípica as baterias de metal, pois invés de seguir a progressão de pedal duplo e caixa, ele mistura alguns ingredientes da música progressiva, já que ele é fã de Rush. Ele toca com uma bateria Pearl MXR e pratos e xipos Sabian.
Abaixo a tabulatura da bateria.
http://www.mxtabs.net/view/tab/41599/pantera/cowboys_from_hell/

Vocal
O vocal de Phil Enselmo nessa gravação é um belo exemplo de como misturar uma voz com uma distorção “na cara”. Uma coisa que notei de cara, que a voz é seca e provavelmente no lugar do reverb temos um delay de curtíssimo tempo quase imperceptível que é aumentado quando o mesmo dá seus gritos seguidos de pausa. Provavelmente o vocal foi dobrado, pois dá pra sentir a voz saindo dos dois falantes ao mesmo tempo e pequenos contra tempos diferentes.

Posição da gravação
Aqui novamente tudo segue a posição de palco de uma banda:
Bateria no centro sendo as peça dividas nos canais conforme sua posição, baixo no centro. Porém a guitarra é seca no lado esquerdo e com Flanger no lado direito. São duas guitarras na música para cada canal, as vezes uma intercala com a outra e às vezes uma muda de freqüência para sobressair a outra. Há mais uma guitarra solo que provavelmente foi dobrada.

Site oficial da banda

http://www.pantera.com/

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Deixe a vida te supreender!!!

Deixe a vida te supreender!!!
Hoje quero compatilhar a história de um amigo meu. Esse meu amigo é um músico experiente em São Paulo, já um Senhor de Idade porém com a alma mais jovem que muita gente por aí. Ontem ele comentou comigo que esteve no show da pop star Beyonce num camarim VIP, o motivo: a produtora da Beyonce no Brasil é a mesma da Banda do filho dele, uma banda que está tocando com frequência nas rádios. O filho dele que é o líder da banda por incrível que pareça nunca teve grande envolvimento com a música apesar do seu pai ser músico. Mas um dia numa das férias escolar ele veio parar com o pai nessa cidade do oeste de SC chamada Joaçaba, e para passar o tempo o pai dele decidiu deixar ele o dia todo na casa de um professor de música muito conhecido na região (inclusive é meu mestre eterno) e de repente (como o filho dele já tinha música no sangue) nasceu o desejo de ser músico! E daí em diante seu filho se aperfeiçou como guitarrista no Conservatório Souza e Lima de São Paulo, montou uma banda e virou rock star e seu pai que achava que nunca iria viver as emoções que uma banda famosa vive (festas, eventos, shows, propagandas, tv) começou a viver isso. O que quero falar com essa história é que muita vezes estamos nesse negócio de compor músicas mas muitas vezes nem sabemos porque estamos fazendo isso. A maioria das pessoas tem a ilusão que "fazer música é fazer sucesso" e na verdade compor e o primeiro passo de muitos passos para uma coisa maior. Nem todos estão destinados ao sucesso, porém como a natureza do ser humano é ser egoísta esquecemos que podemos passar nossas experiências pra alguém próximo com certeza poderá usa-lás para atingir um objetivo e foi isso que meu amigo fez com o filho: deixou que ele terminasse o caminho que há muitos anos ele iniciou. Não estou dizendo que somente seu filho irá fazer sucesso, só estou dizendo que muitas vezes quando ficamos abatidos por não estarmos tocando em rádios, que nos shows a pessoas torcem o nariz pra sua música, que até sua família não dá bola pro CD que você gravou devemos lembrar que amanhã é outro dia e que devemos deixar a vida nos supreender. Uma coisa que o produtor Rick Bonaldio comentou no seu Twitter é que: "sua música é tão importante quanto sua comida? Se respondeu sim você nasceu pra isso. Se for mais importante você tem futuro" é uma coisa que devemos concorda plenamente. Porém o que todos esquecemos é de ter calma pois sem calma nada de certo na música e isso inclue tanto compor, produção e composição. Dos artistas que conheço muitos ouviremos falar nesse ano pois estão trilhando esse caminho com muita paciência e dedicação. Como o título dessa postagem sugere: deixe a vida te supreender!Faça a sua parte sempre com dedicação e trabalho duro que ela fará a dela.
Abraços!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Produção: as partes que compõe uma música







Olá!Hoje vou comentar sobre as partes que compõe uma música.

Letra

Assim como um filme, livro ou poesia a música tem um início, meio, clímax e fim. Ninguém sabe ao certo como nasceu esse padrão ela segue a narrativa de um livro, filme ou poema, mas como não é uma regra obrigatória muitas músicas (principalmente as eletrônicas) podem fugir a esse padrão. Os 3 padrões mais usados para compor/gravar uma música seriam:


Primeiro Padrão

Introdução

Parte 1:
Você linda demais por você vi que a vida é capaz.... etc... etc...


Refrão da parte 1:
Então venha, não diga que já é tarde....


Parte 2:
O mundo foi bom em fazer nos encontrar... etc... etc...

Refrão da parte 2:
Então venha, não diga que já é tarde....

Fim


Segunda Padrão

Introdução

Parte 1:
Você linda demais por você vi que a vida é capaz.... etc... etc...

Refrão da parte 1:
Então venha, não diga que já é tarde....

Parte 2:
O mundo foi bom em fazer nos encontrar... etc... etc...

Refrão da parte 2:
Então venha, não diga que já é tarde....


Parte 3.(pré solo)
Mande todo mundo ir passear, a vida é boa pra nós dois ....

Solo

Refrão da parte 3:
Então venha, não diga que já é tarde....


Fim

Terceiro Padrão

Introdução

Parte 1:
Você linda demais por você vi que a vida é capaz.... etc... etc...


Refrão da parte 1:
Então venha, não diga que já é tarde....


Parte 2:
O mundo foi bom em fazer nos encontrar... etc... etc...


Refrão da parte 2:
Então venha, não diga que já é tarde....

Solo

Refrão depois do solo:
Então venha, não diga que já é tarde....

Fim

Nos anos de 1970 muitas bandas faziam uma “música dentro da outra”, é o caso de sucessos como Layla (Eric Clapton), Stairway to heaven (Led Zeppelin) e Bohemia Rapyshody (Queen). Hoje em dia até pode ocorrer isso porém com pouca duração.

Harmonia

Tirando o tipo de acorde que você vai usar (natural ou dissonante) a maioria das músicas usam também 3 formatos:

Acordes do campo maior:

Parte 1:
C F G
Você linda demais por você vi que a vida é capaz.... etc... etc...

Refrão da parte 1:
C F G Am
Então venha, não diga que já é tarde....


Acordes campo menor:

Parte 1:
Cm F7 Gm
Você linda demais por você vi que a vida é capaz.... etc... etc...

Refrão da parte 1:
Cm F7 Gm Am
Então venha, não diga que já é tarde....



Acordes campo maior para o menor:

Parte 1:
C F G Bm7b5 E7 (preparação)
Você linda demais por você vi que a vida é capaz.... etc... etc...

Refrão da parte 1:
Am Dm7 E7
Então venha, não diga que já é tarde....


Ou ao contrário menor para maior

Parte 1:
Cm F7 Gm F7 (preparação)
Você linda demais por você vi que a vida é capaz.... etc... etc...

Refrão da parte 1:
A# Eb A#
Então venha, não diga que já é tarde....

Músicas como Living on prayer (Bom Jovi) no final da música a mesma muda de tom assim como Sem Ar (D´black). Outras músicas podem mudar radicalmente de tom no refrão ou no meio da música usando a regra de “relação de campo harmônico”.

Sugiro você baixar os seguintes métodos de Almir Chediak no link abaixo, servem pra qualquer instrumento:

http://rafael6strings.blogspot.com/2009/10/almir-chediak-songbooks.html


Abraços!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Composição:letra e história

Vou voltar a falar do aspecto sobre a letra e história da música em si que é o embrião para se fazer uma bela canção. Para os críticos de música respeitados existem 3 tipos de música:

A comercial
(feita só para tocar algum tempo e todo mundo esquece no outro ano)
A alternativa (algo inovador)
A imortal (aquela que vai ecoar para sempre no tempo)
Ao me ver, não existe uma boa letra ou má letra, o que existe é “harmonia” e “melodia” e ela que faz a música ser música. Hoje em dia muitas músicas principalmente nos estilos eletrônicos, pop e rock pesado estão com essa mania de “falar nada com nada” e fazer um trabalho com belas harmonias e melodias (muitas vezes nem isso) e bem produzidos. É a cultura do “minimalismo”. Porém a alma de toda música é a letra e sua a história e todo ser humano adora ouvir uma historia.Algo curioso já provado é que temos mais facilidade de escrever música quando estamos muito felizes ou muito tristes ou com algum sentimento como raiva, angústia ou humor a flor da pele. Quando estamos neutro, parece que ficamos sem motivo para escrever uma letra, pois não temos essa perguntas: porque você está escrevendo a música? Qual a mensagem que você quer passar ao ouvinte? Como você pode ver algo realmente muito particular, porém ouvindo rádio, TV, cd, MP3, Web Rádio eu notei que:

A)70 % das músicas falam alguém relacionado a amor ou dor de amar (chifrudisse)
B)10% falam nada com nada
C)10% falam de apelo sexual e fazer festa
D)5% falam da alegria de viver e fazer festa
E)2% falam de críticas sociais
F)2% falam de positivismo (que na sua vida é você quem manda)
G)1% será uma música imortal

Aqui só estou comentando os temas mais abordados em música hoje em dia e a maioria dos músicos para quem mostrei essa tabela concordaram comigo, porém pode haver controvérsias (pesquise você mesmo e chegue a uma conclusão). Como um amigo meu comentou, apesar de músicos e artistas fantásticos e que adoramos, muito deles tem uma queda pelo “niilismo” ou seja escrever algo bem negativou ou ainda sem sentimento só por escrever (é isso que os críticos consideram uma música comercial) pois isso é mais fácil de vender. É mais fácil lembrar de 10 coisas negativas agora que te aconteceu do que 10 positivas.Vou usar 3 músicas minhas como exemplo pra você acompanhar meu raciocínio:

A primeira música Crer se encaixa na categoria F.
A letra dessa música fala sobre você crer em si acima de tudo. Tanto que a uma parte cito: “eu vou ser livre como pássaro (fazer o que quero), eu vou transar com um gato (não se prender a ninguém), eu fazer o meu caminho e ninguém vai impedir isso” eu tento passar o aspecto total de liberdade, de que “a fé em si” é o maior poder que existe.





A música Vontade de amar se encaixa na categoria A.
Essa música fala sobre amor, daquele cara se apaixona pela amiga e fica se enrolando. Uma citação que posso dizer dela é “todos os dias é a mesma rotina escolhe a dedos com quem fica, comigo ela só brinca” aqui digo sem mascarás, que amiga do cara ficava com todo mundo menos com ele e apesar de ter um embalo bem dançante ela é fala de amor, mas também fala de um amor não correspondido.





You can´t hate me se encaixa na categoria B e C.
A parte que demonstro isso que além da música ser dançante eu falo: “show me the way to my bed let´s make a good sex” (mostre-me o caminho para minha cama vamos fazer um sexo gostoso), quando escrevi essa música escrevi baseado num filme erótico e eu não nem estava interessado em escrever uma história pois só queria uma letra para música.




Como você pode ver as minhas três músicas se encaixaram em diferentes situações e é esse ponto que quero chegar. Pra música começar a ser uma música você precisa de uma história. Muitos músicos já tem na cabeça a música mas não tem a história nem a letra. Cabe você decidir na hora de cria-lá o que ela vai ser:
Comercial, altenativo ou imortal.

Abraços!
Dúvidas
palcokh@yahoo.com.br

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Análise de músicas famosas: Crazy little thing called Love – Queen

Tocando na noite eu e muitos músicos tiramos um monte de sons de diferentes bandas. Pois então, já que passamos muitas vezes horas pra tirar uma música, por que não passar o que ouvimos nela? Pois bem, aqui vou passar minha análise pessoal dessa música.

A história:
Freddie Mercury compôs a letra no violão em apenas 10 minutos um hotel! Ficou em primeiro lugar no raking de muitos países incluindo Inglaterra, Austrália, e nos EUA.



Guitarras Base

Brian May gravou a musica com uma Fender Telecaster e possivelmente um Fender Twin ou similar, fugindo da sua famosa combinação Red Special e A/C Vox 30. No lado esquerdo também podemos ouvir um Violão 12 cordas, porém não faço a mínima idéia qual é. Freddie Mercury aparecia nos shows tocando essa música com um um modelo similar ao Takamine, ele ajudou a gravar o violão da música.

A harmonia é um estilo de country rock bem simples, sempre essas notas.

Primeira parte e segunda parte

D C C/B G
This thing, called love, I just can't handle it,
D C C/B G
this, thing, called love, I must, get round to it,
D A# C D
I anit ready, Crazy little thing called love.

O D (ré) não é um ré normal, ele fica intercalando entre D e Dsus4, como mostra a figura abaixo:

A música está em no campo harmônico de D, porém A# e C estão no campo de Dm . Aqui temos um um “empréstimo” das notas do campo menor para o campo maior. Um truque muito comum no Blues, Rock e pop.

Refrão

G C G
There goes my baby, she knows how to rock and roll,
Bb E A
She drives me crazy, she gives me hot and cold fever,


Aqui a única coisa de diferente além do empréstimo maior é um preparação para cair na nota A. O acorde E (Mi maior) Prepara a mudança para A (lá). Lembrando que E em D ou Dm sempre Em(Mi menor). O E (Mi maior) foi emprestado do campo de A.


Guitarra Solo e arranjos

Dessa vez esquece aqueles solos trabalhados de Brian May, ele optou por um solo bem simples, só trabalhando com a pentatônica de tons inteiros e alguma passagem de blue note e provavelmente pelo timbre é uma Fender Telecaster e o amplificador é algum um modelo da Fender (talvez o Tweed Champ). Uma das coisas que notei que a base que compõe o solo é A# C G e depois A# E A diferentes das bases que compões a música. O solo está no link abaixo:

http://cifraclub.terra.com.br/queen/crazy-little-thing-called-love/

O solo original foi gravado por Freddie Mercury, porém essa gravação se perdeu.

Baixo

O baixo padrão de John Deacon era sempre um Fender Jazz ou Fender Precision. Não sei dizer que baixo ele usou na gravação, mas nos shows ele sempre aparece com um dos dois baixos citados. O mesmo pode ter gravado alguma parte da guitarra ou violão pois tocava também esses instrumentos.

A linha do baixo é uma muito comum no rockabilly e country rock, é o fomoso “tun-tun-dunt-tun”, ou seja sempre seguindo o arpejo da nota, como no exemplos abaixo.

D – D F# A
C – C E G
C/B – B E G
G – G B D


Link para o Baixo

http://cifraclub.terra.com.br/queen/crazy-little-thing-called-love/tabs-baixo/

Bateria

É uma coisa que foge totalmente do meu conceito. Porém pra mim é estilo normal 4/4 country rock talvez com alguns momentos de 2/4. Roger Taylor fazia uma mistura de kit em sua bateria:
O Xipo era Zildijian, a maioria das partes eram Ludwing e pedal era Sleishman.

Link para a bateria

http://cifraclub.terra.com.br/queen/crazy-little-thing-called-love/tabs-bateria/

Vocal

Para Freddie Mercury é um vocal normal e sem precisar usar o máximo do seu alcance de voz como na músicas Radio gaga ou Under Pressure. John Deacon, Brian May e Roger Taylor fazem os back vocals. Todos fizeram o som de palmas na música.

Vídeo da Música:



Posição da gravação

Até onde percebi, a banda mixou usando o famoso “padrão de palco” que é o padrão clássico de mixagem:
Bateria (com as peças posicionadas como num show) no meio, Baixo no meio, guitarra base no lado direito, violão 12 cordas no lado esquerdo, solo no meio, vocal no meio.

Truques

Para fazer um som grande na música ao vivo, deixe a guitarra na afinação normal e o violão (se no caso for de 6 cordas) na afinação Drop D (DADGBD) o som parecerá grande. No caso de usar o teclado, peça para o tecladista colocar algum timbre de piano. Há espaço suficiente para a guitarra e a bateria fazer belos arranjos, porém cuidado com o compasso pois ele é rápido.