Essa postagem na verdade seria uma "continuação" da postagem "Equalização sobe ou desce" tudo porque recebi essa semana um trabalho inusitado.
A princípio a coisa era muito simples: colocar uma trilha de voz já gravada numa pista "playback" já gravada ou seja, um master bem simples. Fiz minha parte e comecei a testar nos aparelhos de casa, no celular, no fone de ouvido e quando chegou a vez das caixas de "computador" vi que a voz estava presa. Primeiramente achei que era culpa das "caixinhas", mas eu notei que a trilha estava boa e a voz parecia vindo de uma rádio "AM", então que diabos aconteceu?
Primeiramente quando recebi a voz, apliquei um "preset custom" que uso na maioria dos EQ:
Até aí nada de mais: cortar tudo abaixo de 100 Hz, abrir espaço para os instrumento entre 250 - 450 Hz, dar um +1dB em 600 Hz para destacar e mais +1 dB em 5 kHz para presença depois ir decaindo de 7 kHz. Porém aí cometi um erro bem básico: eu comparei a música com um analisador e ela estava soando correto, mas não fiz isso com a voz e o resultado uma supresa: a gravação tinha frequências médias demais! Soava muito "anasalada". Isso me deu um "nó" pois sempre resolvi fácil problemas de voz e agora tinha um abacaxi nas mãos.
Muito bem, se não podemos mais "aumentar" então restou atenuar e abaixo veja o que coloquei no equalisador:
Ou seja, cortei tudo e apenas dei presença. Fui escutar nas caixinhas, resolvido!
Claro que há outros processos que casaram a voz (como a compressão e os efeitos) mas aqui quero mostrar porque a maioria dos engenheiros de som preferem "atenuar" do que aumentar.
Claro, isso é só mais um dos "casos" que possivelmente você vai encontrar enquanto grava. Mas lembre-se de uma regra bem importante da gravação:
"ou você aumenta o que é bom ou atenua o que é ruim"
Abraços!
Nenhum comentário:
Postar um comentário