segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Gravação: você sabe o que tem em casa

Mais uma vez vamos voltar ao básico dos básicos e quem sabe sirva até de atenção para os mais experientes.Mas você já analisou qual o equipamento que tem casa? Quando falo isso muitos são capazes dizer tenho um placa de som firewire, um computador caro, uma guitarra mais ou menos um ampli valvulado, um microfone estilo Shure SM58, etc... Mas eu falo de tudo que você tem que tenha entrada saída de áudio (o famoso I/O que os americanos falam) e nem se deu conta. Por exemplo, um velho aparelho 3 em 1 do seu pai que ainda tem o Long Play (disco de vinil) e fita cassete. Você sabia que esses aparelhos tem entradas e saída auxiliares capazes de dar um "tempero" especial no seu som?

Esses dias, estava pensando num forma de fazer meu som entrar com mais potência sem precisar passar por um direct. Estava pensando em comprar um Behringer GI 100, porém encontrei uma solução bem mais simples. Tinha um velho amplificador (um Meteoro Atomic de 20 watts) e fiz o seguinte: isolei os falantes e abri a linha, o resultado? Pra tudo que estou fazendo as minhas gravações estão mais brilhosas! Isso porque 20 Watts RMS não é nada para um amplificador, mas para um potência de gravação quebra o galho.

Porém aqui há duas questões:

1)É um amplificador de guitarra, como usar para outros instrumentos?
Simples, como não estamos usando mais o falante e sim somente a linha do amplificador não temos mais que temer o conflito de “Ohms”. Esse é o conflito que queima mais amplificadores que outra coisa no mundo todo.

2)Como fazer com que os sons não fiquem saturados?
Uma das coisas que mas nos perdemos numa gravação é que por exemplo, a mesa de som tem volume (algumas volume e ganho), um amplificador (no estilo potência) tem volume e ganho, e a placa de som também tem volume e o que acontece? O nosso som sai saturado, porém existe uma maneira simples de resolver isso. Vou citar meu processo de gravação de guitarra, baixo e violão. Primeiro a guitarra entra num pedal Boost com 0 dB de volume, depois passa por um compressor ou um processador de efeito também com 0 dB de volume. Aqui para não chegar explodindo no computador, deixo o amplificador com – 8 dB de ganho e - 6 dB de master, se precisar de mais volume, vou dosando os dois. Se quero mais “agressão” aumento o ganho, se quero mais “clareza” aumento o master. A questão é que não precisamos de volume e sim de qualidade de áudio.

3)Brilho na voz
A voz sem dúvida é maior desafio da gravação. Porém vale a pena usar um amplificador para ela? A resposta é sim, porém temos que lembrar algumas regras: o local de gravação deve ser bem fechado pois ruídos amplificados viram um pesadelo na edição; se você usar um amplificador de guitarra/baixo procure deixar tudo em flat, dependendo a voz e o microfone podemos diminuir um pouco o grave, aumentar o médio e o agudo. Se amplificador tem a função “contour” ou “presence” podemos aumentar a mesma e deixar a equalização flat. Essa função aumenta os médios na “área humana” ou seja 2 – 4 kHz.

Veja bem o que você tem em casa ou que de repente o que tem seus amigos e parentes.
Um equipamento parado num canto as vezes pode ser um achado!

Abraços!

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