segunda-feira, 28 de junho de 2010

Video Aula: O estilo de Van Halen

Salve Músiconauta! Hoje vou falar sobre uma das minhas banda preferidas (e de muitos virtuoses pelo mundo inteiro) Van Halen!

O Arista/Banda: Van Halen surgiu em 1978 quando inovou reinventando o estilo do hard rock: pra começar tinha o cara que emplacou o termo “Guitar Hero” (herói da guitarra) Ed Van Halen, depois o outro cara que mudou a cara das baterias do rock (agora elas tinham vários tons acústicos e eletrônicos) Alex Van Halen, o baixista que fazias bases forte e firmes além dar “super agudos” e 5º com sua voz Michael Antony e finalizando o homem que virou o símbolo da MTV na época: David Lee Roth. Essa formação permaneceu até 1984 quando Roth (enchendo o saco do uso de sintetizadores e não querendo fazer baladas na banda) caiu fora e entrou Samy Haggar um excelente vocalista e exímio guitarrista e o resto é só ver na Wikipédia.

O estilo: Por que Van Halen inovou numa época em que o hard rock estava sendo “soterrado” pelo punk e logo depois de bandas fantásticas como Led Zeppelin, Eric Clapton, Aerosmith, Deep Purple, Queen? Devido justamente a união de 4 mentes jovens e criativas: Ed Van Halen pegou todos os truques de piano (instrumento que também tocava foi daí sua idéia para o famoso tapping) além dos efeitos já existente (como echoflex, delay, phaser todos considerados cafonas no final da década de 1970), colocou um baita som estéreo em tudo e com uma guitarra modificada fez riffs como Aint´ Talkin´Bout Love, Panamá, Atomic punk entre outros. Alex Van Halen como também era guitarristas na bateria trouxe todos os timbres possíveis para fazer a mesma soar mais que um instrumento de percussão, Michael Antony para deixar o baixo firme como rocha, não teve nenhum preconceito de trazer coisas de outros estilos para seu instrumentos e David Lee Roth fazia do palco sua casa (Há shows que mostra o mesmo chorando por não acreditar no tamanho do público que está vendo). Na era de Sammy Haggar além da banda ter duas guitarras, Ed Van Halen abusou do seu sintetizador Obheim (link) o e mesclou o Synth pop com o Hard Rock.

A Vídeo aula:

Primeiro vamos ver o riff de Aint´ Talkin ´Bout Love.



Esse Riff é feito com Arpejo de AM, F e G, parece uma coisa tão complicada mas é super simples e descomplicados de fazer. Essa é umas assianturas de Ed Van Halen: Fazer um riff simples com efeitos marcantes virar gigante!

Agora a introdução de Jump e solo no teclado



As notas G, C, G , F, G, F, C, C9 e mais um timbre de Sythbrass faz toda diferença.

Os músicos em ação!

Era David Lee Roth



Era Sammy Haggar



O que se deve aprender com essa banda:

Vocalistas: veja como David Lee Roth era imponente num palco, reinava absoluto. Hoje em dia falam que o “importante não é voz” e sim “ter atitude”, então o que falar desse cara que tinha as duas coisas? Sammy Hagar era parecido com David, porém ajudava Ed nas guitarras (seu tempo entre as pausas era perfeitos). Qual melhor? Depende do gosto de cada um, David cantava como um negro enquanto Sammy usava o “rouco” característico do rock, como Bono do U2.

Guitarristas: quem quiser tocar nos “estilos dos anos 80”, aprenda primeiro alguns riffs solo de Ed Van Halen. O cara praticamente escreveu a guitarra dessa época e abriu o horizonte para novos guitarristas. Porém, Ed foi o cupado (junto com Malmsteen, Steve vai e Vinnie Moore) de inaugurar a era “da velocidade”. Quem quiser imitar um sintetizador na guitarra, escute ele faz com um two hands em Eruption.

Tecladistas: Ed Van Halen além de guitarristas, antes disso era pianista clássico. Por isso ele pegou as técnicas do piano e empregou na guitarra, e da guitarra para o teclado. Apesar de são ser muitas músicas onde ele usa o teclado, valem a pena serem ouvidas para ver como o Hard Rock pode casar com o POP. Um ponto forte é que ele não se fechou (ao contrário de muitas bandas) ao Synth POP, e também colocou sintetizadores na suas músicas, daí o resto (todo mundo copiou) é história.

Baixistas: Michael Antony por muitos pode não ser considerado um grande baixista. Porém ninguém pode negar que não fosse sua base sólida nos baixos, as músicas do Van Halen soariam sem peso. Tudo porque Ed gostava de usar mais efeitos do que ganho nas guitarristas (aliás muito ganho de um drive encobre a técnica) sem contar como alguém “gritar” uma quinta acima do vocalista? Para os baixistas que gostam de fazer backing vocal é uma grande lição.

Bateristas: Alex Van Halen tocava guitarra, e Ed bateria. Um dia resolveram trocar (sem dúvida uma das melhores trocas do mundo) e Alex inspirado em bateristas de jazz (já que o pai dos dois era um trumpetista de jazz) resolveu usar tudo que havia num Kit de batera e muito mais: como seu irmão, trouxe do synth pop os PAD de bateria, e além de tocar uma bateria normal tocava com uma eletrônica ao mesmo tempo! Ótimo para aqueles bateristas que insistem em fazer só “feijão com arroz” ou gente que ainda descrimina baterias eletrônicas.

Engenheiros de som e produtores: os comentários é que tanto nas gravações como nas mixagens, a banda sempre pedia uma coisa: consistência. Por isso é difícil não encontrar nas músicas abusos de efeitos (principalmente os que engrandecem o som, como reverb, delay e modulações). Ed e Alex sempre foram fanáticos pelo “grande som estéreo” por isso escutar a banda num fone de ouvido é excelente. Me lembro que quando estava tirando “Unchained” a primeira coisa que notei que o lado direito toca as notas enquanto o lado esquerdo toca as notas (D, A#, C) a guitarra toca apenas o “pedal point” com um exagero de Flanger. Li uma vez num livro que o Van Halen se caracteriza por isso nos primeiros discos: Lado esquerdo obscuro (com efeitos) e Lado direito bem brilhoso (sem efeitos).

Audição ensencial:

Ain´t Talkin´ ´Bout Love, Atomic Punk, Unchained, Eruption, Cathedral, Dance night away, Hot for a teacher, Jump, This is love, Can´t Stop loving you, Why can be this love, 5150, Panama, Top of the world, Pound Cake.

Mais sobre Van Halen, site oficial.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Produção independente: além do CD

Antes de começar a ler, leia primeiramente essa postagem do produtor Dennis Zasnicoff onde o mesmo destaca porque é importante o artista ter um CD bem gravado. Essa postagem me lembrou uma coisa que minha esposa comentou. Esses tempos numa rádio famosa (que ela estava ouvindo) entrou um ouvinte que não era um ouvinte qualquer, era “mais um músico revoltado” que como sempre começou a falar que: tudo que toca nessa rádio é jabá, que a música que tocava lá não prestava e que o mesmo tinha um site independente que recebia mais de 100 acessos diários e que merecia estar tocando na rádio porque já tinha “ouvintes fiéis”. Porém mais surpreendente que a indignação do músico foi a resposta do radialista: se você tem 100 acessos diários, quantos pessoas ouvem suas músicas inteiras? Quantos shows faz por mês? E nesses shows, quantas vezes você toca suas músicas? Você já tem um cd completo ou continua no Demo? Confesso que a primeira vez que ouvi isso me revoltei também. Mas minha esposa (que minha crítica mais feroz) disse para eu pensar no que o radialista disse. Pois bem, me acalmei e refleti o seguinte e se o radialista tivesse falado isso pra mim acho que chegaria a essa conclusão:

1.Se você tem 100 acessos diários, quantos pessoas ouvem suas músicas inteiras?
Quem está um site de música independente, ou tem seu próprio sabe que em algum lugar (se caso você está usando um plugin de flash player) quantas audições parciais ou totais tem suas músicas. E alguns sites até o número de quantas músicas foram baixadas. Por isso, quando alguém entra no seu site não significa que o ouvinte escutou realmente suas músicas.

2. Quantos shows faz por mês? E nesses shows, quantas vezes você toca suas músicas?
Se um artista ou banda tocar todo fim de semana no mês terá na média 4 shows. Mas a maioria que está na estrada tem até 16 shows ou mais. A pergunta aqui é que, muitos deles tem música própria e costumam divulgar de vez em quando as mesmas (por que sei lá). E com certeza pra quem não está na “grande mídia”o maior desafio é fazer com o público cante suas músicas próprias. Quem se ouvinte canta conhece. Quem conhece começa a procurar o CD ou site de quem canta. Conheço gente que vende quantidade absurdas de CD e você não o escuta em rádio nenhuma.

3. Você já tem um cd completo ou continua no Demo?
O que é um CD completo? Pelo livro “Owsinski - The Mixing Engineers Handbook” um cd completo é aquele que tem músicas prontas, mixadas, masterizadas e já foi prensado. Se ele vai ter produção ou não é outra coisa (Dennis Zasnicoff até comenta isso na postagem) ou seja, é um CD pronto para ser comercializado. Uma dica: você não precisa necessariamente de gravadora para sair comercializando seu CD, pra que existe os shows ou os amigos?

Por isso antes de você sair dizendo que é o “maior injustiçado do mundo” pense no que está fazendo pra ser conhecido. Não vou fantasiar, o jabá existe. Um amigo meu que é produtor já me falou que tem rádios que além de pedir uma quantia absurda pra tocar as músicas anda vão “verificar” se eles podem estar ou não programação (porém não acredito nisso), porém lembre-se que maior que seja o jabá, ele nunca vai ganhar do público. Muitas vezes “a grande mídia” tem que aceitar muitos artistas porque o público quer ouvir os mesmos. Nesse ponto, a internet, a divulgação e venda independente de CD é uma grande arma!

sábado, 19 de junho de 2010

Minha musica como gravei Vida Normal

Salve! Quem reclamou, está de volta a postagem! Como Gravei Vida Normal. Essa música é legal avaliar pois é uma gravação recente e levei mais de 3 meses para mixar. Toda vez que colocava ela no “ar” alguém comentava algo de errado e isso foi muito bom, para refletir o que estava de errado na música. Agradeço a Leonice Vacari (minha produtora), Julia Dantas, Erler, Adriano (Baratazul) e Diego Boni (Eletro Harmônicos) por me auxiliar no erros. Ao contrário das outras músicas, se você quiser ver o resultado final, vá o final da postagem, lá eu explico porque não está no início da postagem a música.

Vamos as estapas

1.Gravação

Pra começar, tudo aqui foi usado samples. Porém, baixei um plugin de VSTi gratuito que gera samples (no estilo Kontank), aqui novamente usei Midi gerenciado por VSTi.
Sempre no máster um equalizador paramétrico com high self + 2 dB a partir de 2 kHz (isso foi para todas as pistas) e cortava com as freqüências que podiam dar problemas (geralmente abaixo de 100 Hz, 80 Hz, 50 Hz e 40 Hz). A tendência aqui é: “aumentar nas partes altas e diminuir nas baixas”. Porém, não tente “acertar” a equalização, deixe para mixagem.

Bateria: Meu primo André (também é músico) tinha gravado pra mim um DVD com kits de bateria. Nesse kit havia um bem interessante chamado General MIDI – acústico, usei esse kit, . A gravação do kit foi assim: Bumbo, caixa, percussão: Mono
Tons, pratos e xipo: Estéreo

Baixo: Usei um SF2 (sound font) de um “Fender Jazz man”. Novamente, a gravação foi em mono.

Pad: Sample de Hard Trance com arpejo. fazendo um sistema simples de arpejos: tonica – terceira quinta.

Strings: Um sample de alguma tipo de strings.

Brass: Para o Brass, tentei várias coisas, no final fui na casa de um amigo meu e fiz um sample do timbre “Brass” (sessão de sopro) do seu Korg Trinity.

Guitarra: desde 2003 toco com uma Yamaha Pacifica e desde 2005 toco com uma Tagima 735 com captadores Dimarzio. Gravei com um wah a guitara pacifica e as guitarras drive com distorção com a tagima. Direto de uma Vamp simulando Roland Jazz Chorus e Soldano.
Voz: A primeira vez que gravei, usei a vamp, porém a voz ficou confusa. Na segunda vez gravei tudo direto, apenas usando MIC 100 para amplificar um microfone B-1.


2.Mixagem

Diferente das outra vezes, queria deixar a música aqui respirar. Porém queria deixar ela alta.
Vamos as pistas (tracks)

1.Bateria: Refiz no mínimo umas 10 vezes o bumbo (kick), porque ele estava sem “energia”. Tentei de tudo: cortei em 50 Hz, dei um low self a partir de 200 Hz, aumentei com Q em 5 kHz, no fim o que resolveu: gravar em mono, cortar abaixo de 30 Hz, cortar tudo entre 150 Hz e 4 kHz e dar um high self a partir de 5 kHz. Para caixa, usei um som bem “seco”, cortei tudo abaixo de 150 Hz, +2 dB em 200 – 350 Hz, tudo flat o restante. Para os tons usei a equalização da caixa, mas cortei tudo abaixo de 80 Hz por causa do surdo. Os pratos e xipo foram o corte de tudo abaixo 500 Hz e deixar flat perto de 1 kHz. Percussão, tudo flat, apenas um corte de tudo abaixo de 120 Hz.

2.Baixo: como sempre comento: um baixo sintetizado não é um baixo de verdade, porém sempre tente equalizar como se fosse um baixo real. Ou seja, cortar tudo abaixo de 30 Hz (detalhe importante: o baixo é mais grave que o bumbo, por isso corte sempre o baixo em 30 Hz e o kick entre 40 – 50 Hz). Coloquei um efeito “flanger” bem leve para criar uma camada.

3.Pad: Uma das minhas assinaturas é colocar algo synth nas músicas. Dessa vez coloquei um “pad hard trance” e só aparece nos refrões e no solo, por simples detalhe: ocupa muito espaço estéreo. Por isso, cortei tudo abaixo de 150 Hz, - 2 dB entre 300 Hz e 2 kHz e um helf self com - 4 dB a partir de 2.5 kHz (para deixar a música respirar).

4.Strings: Como o Pad, Strings também ocupam bastante freqüência no campo estéreo. Por isso, elas só aparecem na introdução, refrões e no final. cortei tudo abaixo de 200 Hz, - 2 dB entre 300 Hz e 1 kHz e um helf self com - 2 dB a partir de 1.5 kHz (para deixar a música respirar).

5.Brass (sopro): como o baixo é outra coisa complicada: como fazer um sopro de teclado soar como um sopro real? Bom, como toquei piston, trambone e bombardino eu levo pelo seguinte: imitar a respiração humana. Seja usando notas fracas ou fortes, truques de volume, auto tune e até trêmulo. Aumentei +2 dB entre 200 – 400 Hz, deixei flat até que 5.1 kHz aumentei com um high self +1 dB. Cortei tudo abaixo de 100 Hz e acima de 10 kHz.

6.Guitarra Wah: Essa guitarra foi gravada com a pacifica, usando um Wah Onner Cry baby e a vamp simulando um Roland Jazz Chorus. O som ficou parecido com uma Stratocaster.
7 e 8. Guitarra Drive: Com a Tagima, a primeira vez que gravei essa música era só uma guitarra. Porém eu estava escutando “Acording to you” e fiz que a guitarrista espalha sua guitarra pelo panorama. Isso é muito usado no hard rock americano. Eu fiz a mesma coisa: gravei uma guitarra seca no lado esquerdo e uma guitarra do lado direito com reverb e delay (500 ms). Para duas a mesma equalização: cortar tudo abaixo de 84 Hz, um aumento de + 6 dB entre 200 – 350 Hz, um buraco de – 2 dB entre 400 Hz e 800 Hz e +1 dB entre 1 a 3 kHz. Depois disso tudo flat. Obs: tenha cuidado com os aumentos exagerados! Sempre vá com calma.

9 e 10. Solo Guitarra: Idem a guitarra drive, porém a equalização: de 84 Hz, um aumento de + 1 dB entre 200 – 350 Hz, um buraco de – 0.5 dB entre 400 Hz e 800, +2 dB entre 1 a 2 kHz e um aumento de +3 dB em 5 kHz (cuidado: aqui o som da guitarra pode se tornar fuzzy)

11 a 12.Voz: a voz foi complicado, por isso nem vou dizer o problema, vou dar logo a solução: cortei tudo abaixo de 150 Hz, + 2 dB entre 200 – 300 Hz e um exagero de high self de +6 dB após 2 kHz. Novamente aviso, aumentos exagerados precisam de cuidado! O reverb aqui passei no máster. Continue lendo


3. Campo estéreo (Panorama)

Nota: 0 (totalmente na esquerda), 64 (meio/centro) e 127 (totalmente esquerda).

Uma dica sobre o volume: quando você não consegue acertar um volume, mexa em outros valores que dão ganho como o equalizador e o compressor. A maioria das vezes resolve.

1.bateria (completa)
Pan: bumbo meio, caixa meio, percussão 30, Volume (com a bateria completa): - 1.2 dB. (obs: o bumbo e a caixa estão no mesmo volume).
Um truque para fazer uma boa virada: sempre coloque os mesmos no panorama como se fosse na bateria ou seja: caixa esquerda pan 15, tom (1) 45, tom (2) 70 e surdo 90 (no caso uma bateria simples). O xipo no meio O prato de condução (ride) está na esquerda e o prato de ataque (crash) está na direita.

2.Baixo
Pan: centro
Volume: - 4 dB

3.Pad
Pan: centro
Volume: - 6 dB

4.Strings
Pan: 70
Volume: - 8 dB

5.Sopro (brass)
Pan: Centro
Volume: - 4 dB (com variação de – 12 dB)

6.Guitarra Wah
Pan: 65
Volume: - 3 db

7 e 8.Guitarra Drive
Pan: uma em 0 e a outra em 90
Volume: - 2 dB

9 e 10. Solo Guitar 1
Pan: uma em 10 e outra em 80
Volume: - 1db (igual o da voz)

11 e 12.Voz
Pan: uma em 40 e outra em 70
Volume: - 1db

4.Masterização

Músicas referencias: Acording to you, Minha Alma, Indagação.


Eis o resultado final:



Essa versão está “alta” e com bastante densidade, se você estiver escutando em caixa de que 150 Hz – 18 kHz (padrão de computador) verá que os falantes das mesmas parecem que vão pular para fora da caixa.

Agora essa versão “com compressor multibanda”. Como estava forte demais para pequenas caixas, reduzi as freqüências de 50 a 200 Hz, 1 a 3 kHz e 8 a 18 kHz, não muda muito em um som normal, mas muda em caixas de computador.



Aqui como o master não estava dando certo, fiz um pré – máster: coverti tudo em pistas: bateria e baixo, ritmo, solo e sopro e voz. Aumentei e cortei onde precisava no “tiny box” 400 – 800 Hz e aqui coloquei o reverb onde precisava, todos com decay em 500 ms ou 250 ms que equivale a semínima e colcheia de 120 BPM. Reverb (decay) e Delay (delay time) criam reforço no sinal quando se coloca o tempo da música neles. Leia aqui sobre isso. Não fiz um máster, porque ao passar para o CD a música se ajeitou, e uma masterização nesse caso só pioraria do melhoraria.

Dúvidas?
Mande as para www.palcokh@yahoo.com.br

terça-feira, 15 de junho de 2010

Mixagem Problemas no master? Tente um pré master!

Como já comentei, em muitos sites de gravação você vai encontrar gente a favor de "masterizar" e outros que não são.
Eu sou a favor do master, pois por exemplo, nas últimas gravações que fiz entendi finalmente o que acontece quando um arquivo *.WAV vira *.MP3: a compressão "detona" os harmônicos, o tiny box (frequencias entre 400 a 800 kHz) e os efeitos. Isso não é novidade porque nessa postagem Paulo Assis, nos adverte sobre a perda de "qualidade de aúdio" eu vejo por esse motivo: se gravamos em 24 bits 48.000 kHz, para convertemos em 32 bits 48.000 Khz float, para depois colocarmos em um CD que irá ficar com a qualidade de 16 bits 44.000 kHz e depois disso ainda vamos converter em MP3 que irá compactar o arquivo de 32 megabytes em 3.0 megabytes! Lembre-se que uma compressão de aúdio é diferente de uma compressão de dados, pois quando "comprimimos" um diretório, organizamos seus arquivos num lugar só, quando comprimimos um audio, mexemos no seus Hertz.

Por que fazer um pré master?

Antigamente os engenheiros de som faziam 3 versão do mesmo disco: uma pra o vinil, uma para cassete e uma para rádio e tv. Quando chegou a era da gravação digital, os engenheiros acharam que as mil tarefas de um disco seriam cortadas pela metade, que tudo se resolveria apenas na mixagem, porém os primeiros cd mostraram que antigos processos, seriam substiuiídos por novos como a conversão A/D (analógico para digital) pois foi provado que um som digital tinha "deficiência" em harmômicos, graves e ainda excesso de agudos, ou seja muitas etapas continuariam. Hoje em dia o melhor que se tem a fazer com um CD é montar um versão *.WAV e outra *.MP3. Tudo na música é questão de equalizar e comprimir para fazermos a música sair como imaginarmos (não falo aqui sobre a etapa de gravação e sim da mixagem). O nosso problema é que muitas vezes quem não tem um "super equipamento" pode ter defiência em fazer sua música "soar com densidade e intensidade" por isso não basta apenas "mixar e mandar para o CD" ou "mixar, masterizar e mandar para o CD" talvez você precise de um terceiro processo e nesse caso entra o "pré master". Essa fase você já faz na mixagem colocando vários plugin no "buss" e nas pistas, porém além consumir um uso de "CPU" muito alto na hora e quando chegar pode ter uma desagravel supresa, ao cortar ou aumentar frequências e comprimir., por isso vou sugerir a você ao invés de fazer 3 processos (gravação, mixagem e masterização) fazer 4 ( gravação, mixagem, pré master e masterização).

Etapa 1) Mixagem: ao invés de você fazer um "buss" colocar as pistas direcionado a ele (como bateria por exemplo) e encher sua pista com plugins e ainda o buss, sugiro que faça um processo bem mais simples: coloque nas pistas apenas equalização e compressão (e ainda se quiser mais um efeito) e nos buss deixe sem nada, ou coloque efeitos de delay ou modulação (chorus, flanger) mas não coloque nenhum tipo de compressor multi banda, reverb ou outro equalizador Nesses "busses" coloque o bumbo e o baixo no buss 1, resto da bateria no buss 2, instrumentos de ritmo (teclado, violão, guitarra) no buss 3, instrumentos solos ou arranjos no buss 4 e no buss 5 a voz. Ajuste a mixagem a gosto e agora ao invés de dar um "render" em tudo (ou seja transformar tudo em um só arquivo) de apenas um render nos "busses" separando eles em pistas (uma pra cada buss). No master deixe um plugin limiter com uma regulagem de -2 dB o threshold, 100 ms de realease (ou mais) e - 1 dB de output, mas não deixe a pista comprimir totalmente!

Etapa 2) Pré master: muitas vezes um pré master evita que você faça um master, pois dependendo dos seus ajustes, torna desnecessário fazer um master (se gravar direto num cd, sem a necessidade de um volume extremo). Para isso, agora crie novamente 5 buss e cada um deles coloque as pistas que foram feito o "render" (Bumbo e baixo 1, bateria 2, ritmo 3, solo 4 e voz 5) e em cada bus coloque os plugins de stereo enchancer (não é necessariamente obrigatório), equalização ( aumente ou diminua as frequencias entre 400 e 800 Hz), compressor multibanda (aqui para mexer nas frequencias, mexa levemente indo de dB em dB) e reverb (isso é também é opcional, apenas para simular um ambiente. Se você já colocou na mixagem, disconsiderede). Não deixei nada no "master" e deixe a música respirar (não comprima demais), converta tudo num arquivo 32 bits float 48.000 kHz.

Etapa 3)Masterização: Aqui nós iremos equilibrar as frequencias em geral e deixar a música alta (para os preguiçosos que não gostam de aumentar o volume), iremos fazer o seguinte: com um equalizador linear (faça um low end em 30 hz, varra o som usando um Q de uma oitava e 1 negativo e verifique se há falhas de som nos graves, e com um Q de uma oitava e 1 positivo verifique se há falhas nos agudos e dê um high end entre 12 khz e 22 khz) um compressor (o master deixe um plugin limiter com uma regulagem de -6 dB o threshold, 100 ms de realease (ou mais) e - 1 dB de output. porém escute se a música não estoure). Deixe o master em - 1 Db e no bus deixe em - 2 Db. Se você agora colocar a música num CD ou salvar a mesma em MP3, automaticamente os picos dela ficarão entre - 1.0 e - 0.2 dB. Lembrando: muitas vezes com um fazendo um pré master não é nescessariamente fazer um master. Dependendo dos volumes que você usou na etapa anterior, podem acontecer "pump" no som (o ato da música ficar pulando fora de fase.

Lembre-se: muitas vezes o que atrapalha a voz, é o volume de algum instrumento, pois pode entrar em conflito em alguma hora. Para isso deixe a voz como "instrumento principal" (geralmente no pop, pop rock e sertanejo) e com a "envolope" aumente e reduza o volume das trilhas, ao invés de mexer nos faders. Para quem faz música eletrônica deixe o baixo e o bumbo como instrumento principal, se for um "Heavy metal" guitarra e bateria e assim por diante conforme o estilo.... Tenha sempre uma referência! Compare sua música com outra!

Abraços!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Minha musicas: como gravei Vontade de amar

Minha musicas: como gravei Vontade de amar

Salve! Como tirei do o ar a postagem de como gravei “Vida Normal”, hoje vou comentar como gravei “Vontade de amar” para lhe ajudar a entender as etapas de um processo de gravação. Pra quem está começando será de grande valia pois foi a primeira música que gravei sozinho em um simples equipamento.

Eis o resultado final:



Vamos as estapas

1.Gravação

Eu escrevi essa música pra banda Química Natural (A mesma de se eu puder voar) porém acabamos com a banda antes de tudo vingar. Em 2006 eu fazia gravações de jingle para o restaurante do meu pai e resolvi gravar essa música, com um detalhe: seria a primeira música que iria gravar sozinho em casa. Com a experiência que tinha em estúdio (que não era muita) resolvi me arriscar. O processo de gravação foi o seguinte:

Mesa de som: Uma mesa simples de som (Wattsom) de 8 canais e um direct Box Behringer foi o que usei para ligar todos os instrumentos. O computador foi um K6 II (isso mesmo que você está lendo), uma placa sound blaster PCI e a criatividade. Na época tinha um equipamento não muito bom, pois tinha saído de São Leopoldo – RS voltado pra Joaçaba – SC e não tinha muitos planos do que fazer por aqui.

Teclado (sintetizador)
Um teclado Yamaha PSR 630 me forneceu: a bateria, o baixo e os pad. Muitas vezes as pessoas tem mania de colocar voz num estúdio usando um teclado que gere tudo e o maior erro delas é não separar as pistas (digo, gravar bateria num canal, o baixo no outro e os pad no próximo) porque quando se pega uma MIDI e grava tudo direto, depois para tirar médios, abaixar os graves e aumentar os agudos fica bem complicado. Na mesa tudo ficou em flat. Vamos o processo individuais do teclado.

Bateria: Para a música que bem “ambientada nos anos 80” (uma mistura entre o rock e o new age) usei o kit do teclado chamado “Eletro Kit” que simula uma bateria eletrônica Roland 909 (ou algo similar) mas não separei as peças, gravei todas em conjunto.

Baixo: Usei a simulação de Slap Bass.

Pad: usei simulações de New Age, Atmosphere e Strings.

Essa seria a parte que fiz com o teclado, agora vamos a voz e a guitarra.

Guitarra: desde 2003 toco com uma Yamaha Pacifica e desde 2005 toco com uma Tagima 735 com captadores Dimarzio, porém meu equipamento não era dos melhores: Um pequeno cubo Meteoro Atomic Drive, uma Zoom 505 II e uma Behringer Xvamp e nem preciso dizer a “qualidade desses dois processadores”, porém tive uma idéia: peguei o Meteoro, liguei o auxiliar dele em outra caixa, interliguei a 505 II e a Xvamp, coloquei um microfone na frente da caixa e outro atrás do Meteoro e gravei os timbres dentro de um banheiro. Na mesa deixei tudo em flat.

Voz: primeiramente até hoje (apesar de ter feito aulas de voz, feito apresentações e estar num coral) tenho trauma da minha voz. Porém se eu tivesse “encarado as criticas” e ter metido a cantar ao invés de ser mais um “sideman” talvez minha vida na música tivesse sido diferente. Pensei comigo mesmo: se minha voz não é boa, vou dar uma de Beattles: vou gravar a 1º, a 3º, a 5º e 8º pra fazer tipo um “grande chorus natural”, o resultado é que até hoje faço isso, e até hoje não acreditam que sou eu cantando minhas músicas! Gravei com dois microfones muito simples, Lesson SM58 (copia mal feita do Shure) e como nas guitarras, mandei tudo para mesa com as seguintes regulagens (de 1 para mínimo, 5 pra o meio e 10 para o máximo) nos controles da mesa

1º voz – Low 3, Mid 5 e High 7
2º voz – Low 4, Mid 6 e High 5
3º voz – Low 5, Mid 5 e High 5
4º voz – Low 2, Mid 7 e High 7

Devo acrescentar que mesas de som “medianas” tem deficiência em médios e agudos (nunca encontrei uma mesa wattsom ou cíclotron que não tivesse esse problema em gravação), por isso tive que calibrar a voz.

2.Mixagem

Como o K6 2 é um computador “ultra simples” usei uma DAW bem simples que tinha num cd: A primeira versão do Sony Vegas. Como não dava pra usar “busses” eu tive que fazer certas etapas “na mão e no ouvido” ou seja, passava um plugin, ouvia som e se estivesse bom deixava senão, dava um “undo”. Todos seguiam o mesmo o processo: Noise Gate, Equalização, Compressor Tube, Equalização, compressor e efeito.

Vamos as pistas (tracks)

1.Bateria: A bateria foi grava em estéreo, com dois canais da mesa para o computador. Aqui como a bateria era inteira usei a seguinte regulagem: cortei os graves depois de 30 Hz, aumentei +1 db perto de 80 Hz (para trazer o kick), +2 perto de 200 Hz (para trazer a caixa), um corte de -2 db entre 800 – 1.5 kHz (para soltar o som) e ganho moderado de + 3db entre 5 – 8 kHz (para trazer o kick novamente e aumentar a presença do xipo e pratos). Coloquei um reverb tipo sala (hall) característicos das baterias dos anos 80.

2.Baixo: muitas pessoas que gravam dizem que não vale a pena tentar timbrar baixo de teclado mas até o hoje eu timbro. Primeiro gravei ele em mono, depois converti para estéreo. Na época timbrei da seguinte maneira: corte tudo abaixo de 50 Hz, aumentei – 0.5 dB perto de 100 Hz, aumentei +2 dB entre 200 Hz e 800 Hz (na verdade acompanha mais a caixa que o bumbo) cortei – 1 dB de 1 kHz a 2.5 kHz e deixei flat o resto. Coloquei um Flange de leve também.

3.Pad: Na época eu não sabia que um som tipo pad, ocupa muita coisa no campo estéreo, e pra falar verdade nem sei se realizei cortes. Gravei ele em mono e se não me engano só cortei um pouco os médios (320 – 640 Hz) e aumentei um pouco a partir de 1 kHz.

4.Strings: idem ao pad, porém em algumas vezes usei junto um choirs ahh.

6.Solo teclado: O solo usei um misto de strings e Atmosphere. Só aumentei um pouco perto de 2 kHz.

5.Guitarra Funk: essa guitarra eu gravei usando a seguinte configuração: som limpo com um pouco de chorus e reverb. Mexi muito pouco nas freqüências, só aumentei +1 dB entre 200 – 300 Hz. Guitarra gravada em mono.

6. Guitarra Drive: Saiu um drive bem pesado, porque usei pouca saturação e afinei para fazer os Power chords a guitarra em Drop D. Mas não adianta tirar um som profissional se você não tem válvulas!.... Só aumentei um pouco em 1 kHz ou 2 kHz. Guitarra gravada em mono.

7 a 9. Solo Guitarra: Apesar de ser só um trecho solo, gravei o mesmo em três pistas, com tempos diferentes e o resultado foi um delay natural. De novo só aumentei um pouco em 1 kHz ou 2 kHz. Guitarra gravada em mono.

10 a 13. Voz: Sinceramente não sei direito como mixei a voz. O que lembro é que limpei ela bastante com um equalizador gráfico e com Noise Gate. Ao passar reverb (de novo tipo sala) compressei a mesma. Se não me engano a regulagem foi: cortar tudo abaixo de 100 Hz, aumentar 200 Hz, cortar entre 340 – 800 Hz e dar um “High Self” a partir de 2 kHz. Porém, como eram 4 vozes, mudava pouco o timbre, e o reverb está mais destacado na voz principal, na 5º tem chorus, e na oitava usei um efeito de rádio (pegar um equalizador paramétrico e cortar tudo abaixo de 300 Hz e acima de 1 kHz). Todas foram gravadas em mono, porém a voz principal converti em estéreo.

3. Campo estéreo (Panorama)

Um dos motivos que ela soou alto porque usei um técnica de campo estéreo que não sabia até agora: chama-se Big mono. O Big mono é você juntar “gravações em mono” dividir entre o canal direito e esquerdo para criar o estéreo. Parece rústico e até amador, mais na hora da masterização pode significar a diferença entre +1 dB e – 1db. Para sons estéreos: tudo centro. Mono grave, para esquerda e Mono agudos para direita. Depois fui saber que este é o “estilo londrino” (link) de mixar músicas new age. Veja o que nosso inconsciente faz! Vamos o posicionamento das pistas no campo estéreo:

1.bateria
Pan: Centro
Volume: - 1 db

2.Baixo
Pan: Centro
Volume; - 6db

3.Pad
Pan: Esquerdo 47
Volume: - 10 dB

4.Strings
Pan: Direito 70
Volume: - 7 dB

5.Solo Teclado
Pan: centro
Volume: - 4db

6.Guitarra Funk
Pan: direito 70
Volume: - 6 dB

7.Guitarra Drive
Pan: esquerdo 54
Volume: - 7.5 dB

9. Solo Guitar 1
Pan: centro
Volume: - 4 dB

10.Solo Guitar 2
Pan: esquerdo 15
Volume: - 4 db

11.Solo Guitar 3
Volume: - 4 db
Pan: direito 90

12.Voz principal
Volume: - 2 dB
Pan: centro

13.Voz 3º
Volume: - 7 dB
Pan: esquerda 45

14.Voz 4º
Volume: - 8 dB
Pan: direito

15.Voz 8º
Volume: - 2 dB
Pan: centro

4.Masterização
Assim como nos estúdios que gravei, fui assombrado pelo “monstro do volume baixo”. Para resolvermos esses problemas, nós usávamos equalizadores e limitadores, mas como eu não tinha nada disso (só plugin), veja o que eu fiz: Primeiro gravei a música num CD, após isso extrai a faixa do mesmo e fui ajustando as freqüências e os volumes até ficar parecido com três músicas: Money for Nothing (Dire Straits), Educação Sentimental (Kid Abelha) e uma outra que não recordo. Fiz três etapas:

1)Com um equalizador paramétrico tentava ajustar as freqüências da minha música com as músicas de referência. (fiz aumentos em certas freqüências de até +4 dB)
2)Após conseguir o ajuste das freqüências, com um compressor fui aumentando o som (comparando com a referencia) até que o mesmo não estoura-se.
3)Com um limitador, coloquei o dither e mandei novamente a música pro ceder.
4)Extrai de volta a mesa e passei um plugin de “enchancer” mas usando a função “smooth).

Devo avisar que “essa novela” foi feita porque não tinha um equipamento bom. Porque fiz coisas que um engenheiro de som me condenaria: aumentei as freqüências (até o graves) e compressei a música até um valor totalmente intolerável (onde a onda ficou totalmente quadrada), porém houve um fator que influenciou direto na masterização: a boa mixagem. Todos os instrumentos foram colocados certinhos no espaço (tanto a equalização quanto o panorama) com seus volumes ajustados. Hoje em dia gravo bem diferente, ,mas ainda uso essa música como uma das minha referencias, não importa o estilo! Muitas das coisas que fiz aqui não me recordo direito, por isso hoje em dia sempre anoto todas as etapas da gravação! Sempre faça experimento com suas gravações não importa o que use, os resultados podem ser bem satisfatório!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Gravação: Calculando delay

Muitos se perguntam: como conseguir aquele delay maravilhoso no estilo U2



Ou aquele solo do Pink Floyd the Another Brick in the wall



A maioria dos guitarristas, técnicos de som, músicos de pequenos estúdios (que estudam para serem produtores) quando querem fazer um efeito de delay seja num instrumento ou na voz, apelam para o ouvido, porém existe um método muito mais simples e eficaz: calcular o tempo do delay. Na revistas especializadas que li sobre isso, informavam tudo meio “confuso”, porém agora descobri como calcular isso de uma maneira simples e eficaz, é só seguir os tópicos:

1)Para calcular o tempo você precisa dos comandos delay, feedback, mix (alguns usam a mesma função com nomes diferentes) e ainda há delays com mais comandos para incrementar o som. Nem todos os delay infelizmente dão para calcular o tempo pelo simples motivo: você precisará visualizar o que está fazendo, somente alguém com ouvido supremo e super senso matemático, conseguirá fazer isso sem verificar os valores que está colocando! Por isso prefira delays de rack, pedaleiras ou plugins.

2)Você vai precisar saber um pouco de partitura, pois pra calcular um delay você precisa entender de tempos. Clique aqui para ver a tabela de valores de uma partitura.

3)Verifique com um metrônomo o tempo da música, aliás você precisará dele para coisa funcionar. Procure um pra baixar.

4) Se você sabe o BMP, baixe esse programa: Calc Delay.

5)Essa tabela de delay feita por mim excel (clique aqui) além de calcular o tempo delay, calcula também o bmp aproximado através do tempo da música.

6)Conte com o metrônomo as primeiras 25 batidas da música, de uma pausa, veja o tempo onde parou a mesma e use a tabela para calcular o valor do delay.

Aplicações:
Solos de guitarras, efeitos de voz, instrumentos, criar camadas sonoras., overdub.
A maior vantagem do delay dentro do tempo da música, é que dependendo do valor do volume do efeito (mix ou dry/wet) cria camadas em sua gravações e também serve para outros efeitos que usam “pré delay” como reverb.

Boas gravações!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Afinal o que é Stereo Enhancer?

Afinal o que é Stereo Enhancer?
Já comentei isso com você, “Stereo Enhancer” é um plugin (ou uma função de mesa de som ou efeito) que espalha um som nos canais do campo estéreo. Muitas vezes, aquele CD que você houve um efeito na voz do artista mas não sabe dizer o que é na verdade não basta da adição desse plugin. Você pode acha-lo gratuitamente (clique aqui) vários tipos desse plugin (DX e VST) ou ainda comprar os mesmos (Waves Shuffler, Izotope Ozone, Waves 5 Space, etc..) porém existe uma maneira mais fácil de você produzir esse efeito sem gasta nada, sem baixar, sem fazer nada, apenas seguindo essas dicas:

1.Zona morta
É chamado assim, porque se você pegar um “Stereo Analyser” vai ver que independente do pan, o som ficar sempre igual. Esse tipo de coisa acontece tanto em gravação mono, quanto a estéreo e os motivos podem ser: faseamento errado, erro de conversão A/D ou até mesmo D/D (DAW para sample), conflito de efeitos, ruídos elétricos, etc... Porém o principal fator é que quando gravamos podemos ouvir o instrumento soando como queremos sozinho, porém na mixagem ele irá depender do conjunto inteiro. A maioria dos estúdios pequenos e gravações caseiras geralmente “matam” o som por não ver esse detalhe. Quando comecei a trabalhar com isso, um músico me deu o seguinte conselho (que sigo até hoje): instrumentos graves para esquerda, instrumentos agudos para direita. A verdade é que ele me deu esse conselho por um motivo que ele mesmo desconhecia: fazer um “stereo enchancher”. A zona morta aparece em 99% das gravações quando não adição de algo que expanda o campo estéreo, como delay ou reverb. Esse video representa bem a "zona morta" e depois como ela vai se abrindo com auxílio da mixagem.



2.1 mono + 1 mono é igua a 1 estereo!
Se o estéreo é junção de 2 canais mono, porque gravar tudo estéreo? A maioria dos estúdios gravam em estéreos para “reforçar o som”, mas se você estiver usando um simples equipamento ou até fazer sua música “soar alta” não é uma obrigação. O truque abaixo também funciona com sons estéreos também.
Aqui a lógica é bem simples. Som está na zona morta, porque não há outro para preencher o campo estéreo. Mas se colocáramos 2 sons iguais em 2 pistas separadas e dividir um para esquerda e outro para direita o resultado no aux (ou máster) será que teremos um stereo enhancer porque os 2 sons preencheram o espaço.

3.Usando um efeito estéreo.

Quando pegamos um plugin ou um equipamento onde há possibilidade de fazer um estéreo (geralmente quando é equipamentos possue duas entradas e duas saídas)podemos fazer um stereo enchancer, poré, como você irá passar o efeito no som, lembre-se que em excesso o efeito irá aparecer no som! Os melhores efeitos para fazer isso são delay, phase sift e chorus.

4.Stereo Analyser

Porém pra você mexe num stereo enhancer vai precisar de um stereo analyser. Naturalmente, não é uma ferramenta obrigatória assim como o analyser (pois podemos usar ou ouvido para isso) mas irá te auxiliar muito porque como a gente não consegue ver o som, ele mostrará como anda se comportando o nosso campo estéreo. Muitos conflitos onde os sons ficam “fora de fase” são facilmente resolvidos aqui.Clique aqui para baixar alguns gratuitos.

Confira minha minha música You can´ hate pra ouvir um “Enchancer manual”.



Não deixe de ler essa matéria, onde Dennis Zasnicoff
fala sobre o mesmo assunto!

Abraços!