quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Coluna do Inicio: A Geração dos Graves

Olá Pessoas!!!
Primeiramente Um ótimo 2018! Que tudo que você quer se realize!
E agora vou dizer a você que não irei participar do canal do You Tube, do blog pois eu ainda sou meio "homem das cavernas" com isso, mas também não descarto uma futura participação, mas ainda irei escrever aqui na coluna do blog.
Hoje é dia 03 de janeiro de 2018 e esse foi primeiro ano novo depois de 12 anos que não toquei e sim peguei a patroa e os filhos e fui para casa dos meus pais que fica em Lins em São Paulo.
Foi uma virada tranquila com meus pais, meus irmãos, esposa, filhos, sobrinhos, etc...
Isso até depois da meia noite, onde meu sobrinho mais velho (que 20 anos) pegou o sua Saveiro que tem um som mais caro que o próprio carro e colocou uma música eletrônica mais tosca que já ouvi na minha vida! Não sou aqueles músicos que desprezam o estilo eletrônico incluindo gosto muito de músicos como Erasure, Modern Talkin, Taio Cruz, David Guetta, Fat Boy Slim, mas meu sobrinho tocou no som quase no "talo" a mesma música que nem tive coragem de perguntar o nome e tudo o que sei que era um bumbo, com pianinho tipo Casio CTK 501 e o cara falando alguma coisa atrás e não entendia nada o que ele dizia porque os "graves" simplesmente encobriam as frequências "médias" que são as frequências da fala e como  essa música tem graves que geralmente é algo que nosso ouvido não compreende direito, quase não dava para ouvir o cantor.

Meu sobrinho disse que esse era o tipo de som que usam direto em competição e que mulherada ama! Usar em competição até entendo porque falantes de "15 polegadas" e "18 polegadas" são feitos para gerar grave, mas é isso que a mulherada gosta hoje em dia?
Eu achava que elas ainda gostasse mais daquela músicas de "amor e dor" não importa o estilo mas acho que agora sou eu que estou fora da moda.
O que o vejo quando toco é que essa geração ainda se comporta parecida com a minha: não Rock porque era o mais forte da mídia, hoje essa prefere Funk porque é o que é forte no momento e então talvez alguém vai citar que isso é a moda que ouve hoje dia, só que não dá para concordar com algo que distorce os princípios da música.
importa o que você toque desde que o local estava cheio de garotas e garotas para passar um "xaveco" torcendo que essa noite acabe num motel e nem adianta você tentar se moralista, porque essa é a verdade, já era no tempo do meu pai quando ele curtia "loucamente" a Jovem Guarda porém o que não para negar é que se a minha geração escutava
Pra inicio de conversa nem sem que estilo dá pra definir isso pois uma música tão grave, com um arranjo tão pobre e cujo o produtor não teve nem o bom senso de passar um autotune para afinar a voz e sinceramente começo acreditar em alguns vídeos que meus alunos mostram para mim quando estão em aula como esse que eu achei com muita coerência onde o autor fala sobre o fim da "música como arte" mas há algumas coisas a acrescentar pois não é o só de caráter político, a muito dinheiro envolvido no meio mas nesta postagem não vou entrar no assunto e sim porque a geração está ouvindo tantos graves.
Quando o "New Metal" estava em alta, um aluno meu trouxe uma música para estudar  e tirar e a música estava afinada em C (Drop C) ou seja estava afinada quatro tons abaixo e ainda por cima o guitarrista usava uma guitarra de 7 cordas era uma coisa tão exagerada de graves que quase não entendia o que era baixo ou era guitarra e a música era muito alta e desse dia peguei um receio danado deste estilo e olha que nunca fui fã de "metal" não importa o estilo e desde aquele dia não importa o estilo não sei porque percebi que as músicas estão ficando mais graves não importa o estilo.
Mas o porque disso? Por causa de uma simples regra que o Rafael explicou numa postagem que ele fez sobre "referências" quanto mais grave, mais alto o som fica! Então muitos produtores estão apelando para usar só "grave" para deixar a música alta e como não podem deixar apenas assim, colocam uma "voz" dizendo ou cantando algo e para eles podiam ser a mulher do Google cantando que daria na mesma desde que dê retorno financeiro para eles ou você nunca notou que as músicas graves atuais que você coloca no seu "carro" para curtir "o som do mesmo" geralmente não sabe o nome do artista, pois eles estão numa compilação geralmente chamada de "Algo Pancadão" nunca há fala a origem dos mesmos (com raras exceções). Outra coisa que há 20 anos as pessoas foram acostumados a ouvir alto e para se ouvir mais alto basta você "girar o knob" de grave do seu aparelho de som, tanto que como os Smartphones não tem essa função baixam aplicativos!
O problema é que isso pode estar criando uma futura "geração de surdos" porque o ouvido humano não feito para suportar os excessos acima de 10 kHz e nem abaixo de 30 Hz! Basta fazer o simples teste abaixo:



Você não houve o que está abaixo de 30 Hz apenas sente! E acima de 10 kHz nosso ouvido satura, criando uma fadiga irreversível se ficar escutando por muito tempo.
Por isso quando cai um "trovão" ou vemos um filme num sistema "surround" onde há uma explosão você sente mais o impacto do que ouve o som propriamente dito e por isso se você anda ouvido muitas músicas com o botão de grave no máximo e ainda fica pedindo mais cuidado, porque você está correndo o sério risco de problemas auditivos em breve!

Música é a arte da alma!
Postado por:
Anício de Oliveira
OMB: Anos 90! (Faz anos que perdi a carteira)
Contato:
anicio.guitarra@gmail.com

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