Continuando o assunto da semana passada, vamos a um dos truques mais usados pelos famosos produtores para dar um "molho" ou uma "disfarçada numa voz.
DAW:A que você usa, conectado com teclado MIDI.
Nível: Difícil.
Primeiramente quando não cantava em minhas músicas tinha que inventar “um vocalista virtual” para poder compor as mesmas. O que escolhi é o que uso até hoje antes de colocar a voz: uma trilha da melodia com flauta ou flauta pan (aquela andina) e lógico que hoje canto, mas todas as minhas músicas possuem “lá no fundo” uma melodia que acompanha a mesma. Um dos primeiros a fazer isso foi os inventores do “synthpop” o grupo alemão Kraftwerk isso porque o vocal deles era “bem fraquinho” mas isso faziam as músicas ficar interessantes (principalmente na época que o pessoal estava fascinado com músicas futurísticas) como na música “Das Model”, ou ainda Thomas Dolby em “She bliend me in Science", porém pra mim um dos melhores exemplos ainda é a música de Bronski Beat “Smallboy Town” (clique no nome delas para ouvi-las). Com o advento do autotune hoje em dia muitos produtores pedem para um tecladista/pianista fazer a melodia da música e depois pegam a voz do artista e tacam a mesma em cima da trilha midi usando o autotune (é por isso que o plugin tem aquela função midi out) e o resultado é que quando bem usado em cima de um bom cantor ele fica praticamente “imperceptível”. Por isso vale a pena você em suas músicas fazer uma melodia com midi e sem contar que você já deixa a música pronta para registrar em qualquer faculdade ou associação de compositores! Porém não é uma tarefa fácil e exige algumas horas (ou dias) até chegar a melodia nota por nota. Pra quem não tem prática pode ser algo bem desafiador.
1)Gravar com teclado
É a maneira ainda mais simples, basta o teclado ter midi in/out (a maioria dos teclados hoje dia tem isso). Ainda você pode gravar também com um controlador midi. Simplesmente é fazer como esse exemplo com a música .....
2)Gravar com guitarra/baixo/violão ou outro instrumento
Primeiramente aqui já é mais complicado. Pra se gravar em Midi com outro instrumento que não seja um teclado precisamos de um “captador midi” com ele uma qualquer instrumento de corda vira um sintetizador.Os preços desses captadores novos variam entre R$500 a R$800 isso porque agora anda difícil encontrá-los no Brasil, somente com encomendas em importadoras ou via Paraguai mesmo.
3)Gravar por partitura
É um método “di grátis” isso porque há programas de tablatura e partitura que são de graça (freeware) porém tem um problema: você tem que saber escrever as mesmas!!! É uma boa hora pra você começar aprender aquelas “aranhas” de que tem tanto medo! Veja esse vídeo uma partitura feita com o programa ....
4)Mesclando melodia e voz
Tirando a melodia basta colocar numa trilha (o áudio) e mesclar com a voz, porém isso tem que ser feito de forma “quase imperceptível” e tem que haver um bom gosto. Por exemplo, num back vocal ficará muito bonito se você colocar um Corô (Choirs ahh) na melodia (de certa forma destaca o back) e na voz principal instrumento de sopro que imitam a voz humana como flauta são mais indicados. Mas nada que impeça de você usar outra coisa, afinam o padrão MIDI tem 128 instrumentos e muitos se “mesclam” entre eles. O importante é deixar “bem baixo” (vamos supor em - 30 dB ou 5 no padrão midi) pois senão vira um “karokê” bem feito!
Um exemplo é minha música "Vontade de Amar" cujo o back vocal é formado por choirs ahh.
5)Mesclando com o Autotune ou outro plugin
Primeiramente o plugin tem que ter uma função “midi in/out” (ou somente in ou somente out depende o caso) para ter acesso a um teclado (sintetizador) Muitos pianistas/tecladistas ganham dinheiro somente fazendo isso e há três maneira:
A primeira é tocar em tempo real. Para isso enquanto a pessoa canta, em outra trilha há um músico tocando teclado. A voz da pessoa tem que passar em “tempo real” pelo plugin ou seja, você tem que usar 2 placas de som. A primeira passa o plugin num VST Stand Alone (como o Bidule ou Cantabile) que grava em linha para outra placa de som, ou ainda ter um rack “Autotune” da Antares, daí ele funciona como o talk Box ou um vocoder: basta passar a voz da pessoa pelo mesmo que o tecladista faz o resto.
A segunda é passar para um pen drive somente a melodia da música e colocar para tocar num teclado e daí fazer novamente os mesmos passos com a vantagem de não precisar de alguém tocando e com a desvantagem de você ter que ter uma “saída USB” em seu teclado!
A terceira é mais ou menos como a segunda, só que o teclado toca a midi via in/out da DAW (basta ir na DAW e configurar a saída/entrada midi para o teclado), só que ainda você não escapa da “novela” da primeira opção. Como você vai usar periféricos duplicados isso precisa de um bom computador, ou a CPU do mesmo irá ficar dando “dropout” (erro de sincronia áudio/latência ou estouro de CPU).
Nenhum comentário:
Postar um comentário