O problema do compressor que ele é "chato de entender" (principalmente pra quem começa) e por isso a postagem de hoje vai falar como entender o efeito de uma maneira "menos complicada".
DAW:qualquer uma
Efeito: Compressor, Limiter e Sidechain
Dificuldade: fácil/médio
1)Entendo o efeito
Como você já deve ter "lido e visto" por aí:
A) compressor “comprimi e reduz a dinâmica” e os expansores “fazem ao inverso”.
B)já o limiter é um compressor “super exagerado”.
C)em áudio digital quando todos os bits estão em 1, começa a distorção.
D) Muitas vezes muitas vezes certas gravações é desnecessário a compressão, como por exemplo de guitarras, synthpads, samples, loops.
E)Compressar ao menos que tenha certeza.
Daí começa outra confusão: quando devo ou não passar um compressor? Então para isso há uma dica bem simples: bypass! Simples: coloque numa trilha o compressor no parâmetro "hard" (vamos supor threshold - 10 dB e output - 1.0 dB (10:1), release 50 ms ,attack 1) e veja se o som melhora (não falo em "aumentar o volume" e sim em timbre) e fica mais estável. Se ficar começe com uma compressão bem fraca 1:1.
2)A confusão de comandos
Antigamente os compressores tinham como padrão os seguintes comandos:
Clique para ampliar |
Input: o volume de entrada
Output: que era o volume de saída
Attack: que define em "ms" o ataque do som após iniciar o efeito.
Release:o inverso o tempo compressor ou seja o tempo que ele leva pra deixar de comprimir. se o release for lonog, haverá redução de ganho mesmo após o volume estar abaixo do threshold.
Ratio:define em quanto "dB" será aplicado ao compressor. Por exemplo: 6:1 quer dizer que se há entrada (input) for igual a -6 db a saída (output) será acrescentando com +1 db.
porém hoje em dia muitos periféricos e plugins tem um monte de coisas a mais! Não é toa que nos livros de mixagem que leio o autor sempre recomenda procurar pra começar "um compressor com essas características descritas acima". Muitos comandos hoje em dia são assim:
1)Threshold (limite)
Ativa o eveito após determinado dB.
2)Attack time (tempo de ataque)
Define quanto em quanto tempo o threshold começa a fazer efeito. Quanto “mais” menos efeito, quanto “menos” mais efeito.
3)Realease time (soltar em quanto tempo)
Define em quantos “MS” o som será processado no efeito. Quanto “mais” menos volume final, quanto “menos” mais volume final
4)Ratio (tamanho)
Determina o tamanho do som do efeito sobre o som natural.
5)Gain (ganho)
Define o ganho total do volume.
Outros controles que podemos achar em compressão
Stereo link: define se o compressor irá agir em mono ou estéreo.
Output Gain: idem ao “gain” porém controla a saída.
Make up: idem ao”output gain”
Side Chain: distribuí os efeitos de um compressor para mais instrumentos.
Usado para criar efeitos como na música eletrônica e ajustar tempos de gravação
Bypass: pausa o efeito.
3)Visualizando o efeito da compressão.
Nosso pior problema é que "ouvimos a compressão" mas não entendemos como ela funciona.
Para entender melhor veja alguns gráficos que mostram como age o efeito no som:
Nesse gráfico repare que o som natural (que está verde) recebe o som processado pelo compressor (que está em cinza). A media que "baixamos" o threshold (a linha vermelha) aumentamos o som processado pelo compresso. O Ratio (aqui visto pela “linha vermelha”) determina o tamanho do som do efeito (em cinza) sobre o som natural (em verde). Se pegarmos o "threshold" em 0 não teremos aplicação nenhum som natural. Quanto menos for o valor do teto "threshold" (-1, -2, -3) mais teremos "saída" no som natural do efeito da compressão. Como mostra as figuras abaixo:
Música sem compressão |
Música com compressor Threshold -10 |
Agora veja outro exemplo do acréscimo da compressão, agora usando "gráficos de barra"
Fórmulas
Para saber o valor final num limiter basta usar a fórmula (threshold + out x 0,18). Essa fórmula eu fiz para saber quanto estava saindo na minha compressão. No caso da figura ao lado (que é um plugin Waves Ll2):
- 10 (threshold) + (-0,2) out X 0,18 = + 1.7 dB
Isso quer dizer que nosso "som final" terá somado ao "som sem compressão" +1.7 dB. Porém dependo o valor de "release" e "atenuação" ou "ratio" que você use essa variação pode ser pra mais ou pra menos.
Quando trabalhos com compressores que contenham "ratio" a fórmula é bem simples:
se o valor for 2:1 quer dizer que a cada - 2 dB na entrada (input) irá acrescentar +1 dB na saída (output). o valor for 4:1 teremos - 4 dB na entrada e +2 de saída, ou podemos usar a seguinte fórmula: valor de entrada X 1 (ou ratio que você escolher) / 2 = resultado do som do efeito na saída.
Nesse caso o ratio está ajustado em 2:1 isso quer dizer que na saída final teremos:
2 X 1 /2 = + 2db
Quando compressar?
O problema de compressar é justamente saber quando. A maioria dos artigos que leio sobre assunto deixam claro uma coisa. Quanto menos compressar melhor. Isso deve-se ao fato que como ainda vamos usar a compressão no "aux/buss" e ainda ao finalizar a música (afinal o limiter é o "rei" dos compressores) o melhor mesmo é compressar se for necessário. Por exemplo um trilha de guitarra:
A)Guitarras drives ou limpas palhetadas já são bem compressadas naturalmente.
B)O uso de compressão em violão é quase desnecessário, por causa do excesso de graves.
C)Guitarras solos: a compressão aqui é necessária pois senão as notas do solo saírão desiguais e mortas.
D)guitarras e violões dedilhados: necessário compressão pois as cordas graves soam mais altas que cordas agudas.
E)Baixo geralmente não precisa de compressão, mas uma compressão leve ajuda a dar mais corpo.
Boas gravações!!!!!
Informação adicional (em inglês)
Doctor Audio
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