DAW: Qualquer uma
Dificuldade: difícil (isso aqui não é muito fácil de compreender de cara!)
1)Novamente a mesma questão
Antes de entrar no assunto vamos ver esses dois vídeos:
A)Um baterista de verdade
B)Uma bateria com o VSTi Toontrack EZdrummer
A primeira vista parece muito "real" o VSTi, porém existe "algumas limitações" que alguns VSTi passam a ter se não usarem o equipamento correto:
A)Limitação sample rate: todo VSTi como origem um "sample" (arquivo de áudio) e dependendo a qualidade do mesmo pode trazer uma sensação de "artificalidade" muito profunda. Por exemplo, se você estiver gravando em 24 bits/48 kHz e usar um VSTi gravado em 16 bits/44 kHz, notará uma "flangeação" (efeito flanger) no fundo ou algo fora de fase. Teoricamente isso é corrigido quando se converte o VSTi em WAV/AIFF com o mesmo formato que a música está sendo gravada porém se sua placa de som não for boa, poderá ter alguma complicação.
B)Efeitos em cascata: fora a sampleação, muitas o VSTi possue efeitos em conjunto, como reverb, chorus e delay que são justamente os efeitos que "dão" cor aos timbres. Em muitos teclados já vi soarem com "timbres maravilhosos" no retorno e quando gravados em linha os mesmos efeitos "sumirem" e isso deve-se ao fato de como está gravando. Muitas vezes os efeitos estão somente do lado esquerdo ou direito e quando se grava em mono ou estereo "centralizado" os mesmos tende a sumir devido a mesclagem e por isso para conseguir os efeitos do VSTi deve -se sempre usar a pista em estéreo.
C)Formato de ondas: mesmo um VSTi sampleado terá os seguintes formatos de ondas na sua construção:
Isso deve-se ao fato que todo o som de um "sintetizador" é gerado a partir de "osciladores" para imitar o som real e quando esse som é "sampleado" precisa dos sinais para "arredondar" suas formas. Para fazer um teste, basta ter apenas o VSTI "Kontank ou Sample Tank", gravar um instrumento e depois rodar em forma de plugin para ver o o que acontece.
D)Erro na dinâmica: muitas vezes um teclado não tocado com "firmeza", um loop colocado "fora do tempo" ou midi sem valores de força (pianissimo, piano, forte, fortissimo) podem tornar o som além de artificial bem "chato" para ouvinte. Existe muita coisa que você ouve e acha que real e na verdade são VSTi super bem executados, graças a uma dinâmica perfeita!
2. Mas afinal, o que é polifonia?
Podemos considerar a Polifonia (polyphony) como:A)é a junção de sons ao mesmo tempo (multiplicidade de sons)
B)quantas vezes o mesmo som é reproduzido no espaço afim de "timbrar mais" .
C) número de sessões numa música (melodia, harmonia e ritmo).
D)vários tipos de instrumentos tocando a mesma melodia no mesmo espaço de som (como uma sessão de violinos numa orquestra). Quando temos apenas um chama-se "monofia".
E)a quantidade de notas que um instrumento pode tocar ao mesmo tempo. Quando um sintetizador consegue fazer "64 polofonias" isso quer dizer que ele pode tocar 64 vezes a mesma nota com apenas um toque (arpejos)
F)A dobra de instrumentos numa gravação ou mixagem. Todos os VSTi/sintetizadores são baseadas nela.
Os dois efeitos "polifônicos" mais usado são o delay e o chorus e por isso esses dois sempre estão presentes na maioria dos timbres sampleados Mais sobre o assunto "aqui"
3.Equalizar ou não?
Eu sempre leio e converso com que grava sobre o assunto. O "X" da quesstão é que se o som de um sampler/VSTi se originou que uma gravação (não vale VSTi de osciladores, pois eles são sons fabricados devido a mudanças de sinais som do mesmo) quando saber se ele deve ser ou não equalizado? Pra mim a melhor maneira de resolver essa questão e saber se o som foi "puramente sampleado" ou se já um "sampler ajustado" é fazer seguinte:
A)colocar um compressor no mesmo alto no mesmo (10:1)
B)Se o mesmo começar a incobrir a voz ou um instrumento solo, daí sim equalizar.
C)você notará que algum samples/VSTi precisarão de cortes, outros não.
4. Aplicando várias polifonias numa linha
Aqui você precisa de algo que seja gravado manualmente como exemplo guitarra, violão,baixo, piano, bateria... E o grande desafio aqui é fazer com que o som saia como se tivesse sido "tirado de um VSTi" e isso irá diminuir o atrito entre o "real vs virtual" porém não é simples...
A)Grave o instrumento e dobre o mesmo "puro" (sem efeitos) 3 vezes. Para quem não sabe "dobrar" leia aqui
B)Na primeira pista coloque um chorus, na segunda um delay e na terceira um reverb.
C) O próximo passo é ajustar o sons: Vamos partir de 0.0 dB pra ter uma idéia: o reverb dá profundidade por isso deixe ele em -20 dB. O Delay nos dará continuade porém os ajustes dele deve ser no tempo da música (clique aqui) e você decide lembrando que delay curto engrossa o som e delay longo acrescenta repetiçoes. Por último o chorus para dar "densidade ao som". Eu aconselho um bem curto com um "mix" bem baixo (ou dry/wet). Se preferir pode colocar outra modulação (por exemplo flange) ou deixar o mesmo com o som puro.
D)Se você tiver sucesso, a primeira coisa que irá notar é que o som do intrumento real, ficou mais próximo ao do virtual,porém não soando tão artificial, ou seja ele irá casar. Você pode até fazer isso com a voz, porém as dosagens tem que ser bem minimalistas!
Boas gravações!!!
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