quarta-feira, 29 de março de 2017

Coluna do Anício: Lollapalooza 2017 e o fim da minha geração

Salve Pessoas!
Quem de vocês foi ao Lollapalooza 2017 ou viu os shows pela televisão ou pela web?
Bom eu não fui mas assisti alguns shows tanto na tv quanto na internet.
Não quero falar o que "deu certo ou que deu errado" nesse festival porque já tem tem uma gente que já faz isso e como não sou pago pra falar "bem ou mal" prefiro deixar minhas críticas ou elogios para mim mesmo e para os amigos mais chegados, porém o que vou comentar aqui é justamente
a mudança "radical" de atitude dentro da "música mundial".
Responda rápido: você sabe quem é Love to, Duran Duran, Metallica, Melanie Martinez, The Weeknd e The Strokes? Eram atrações internacionais do festival.
E você sabe quem é Céu, Criolo, BaianaSystem, Jaloo e Victor Ruiz? 
Eram alguns dos artistas nacionais presentes e agora advinha quem a maioria conhece dessa galera?
Duran Duran nos anos 80
Duran Duran (que são um dos pais do "synthpop") e o Metallica (o responsável pela popularização do metal) e o que eles tem em comum? Estão em atividade desde os anos 80.
Não é pessimismo ou ser duro mas você não escuta mais o mesmo "engajamento" que essas duas bandas tem o que faziam as outras "serem amadoras" perto delas e olha
que as duas nem estão mais em sua melhor forma mas porque isso?  Porque nos 80 e 90 ou você era bom ou era nada!
A maioria destes cantores e bandas são ótimos no estúdio quando estão sob as "asas de seu produtor" mas ao vivo parecem estar mais preocupados em fazer "caras e bocas" do quer ter alguma atitude marcante e isso faz perceber que nunca mais (ou por enquanto) veremos algo como, Dee Snider parecendo o "diabo" cantando, ou Renato Russo deitado na beira do palco enquanto a público tentava empurrar ele pra baixo, Axl Rose pulando em cima de alguém da platéia porque o provocou, Mike Paton peidando no microfone durante a execução de uma música romântica ou Roger tirando a roupa no final da música que chamava "pelado".


O que vemos por enquanto o que vemos são artistas mais interessados em defender ideologias do que criação musical (o produtor que se vire), em impor seu ponto de vista, e querendo processar "por bullying" quando são criticados, seguindo fielmente a cartilha do "tudo bonitinho, e politicamente correto" e o pior que sustenta eles são o público que apesar de gostar (talvez) de suas músicas, não concordam com suas idéias mas como esperar de um público que vai com intuito de ir no show só para tirar "selfie" e se ostentar nas redes sociais"!
Eu já tinha percebido isso no Grammy mas ao ver esse festival tenho certeza que a minha geração foi enterrada a pá de cal em termos musicais. E pra ajudar ainda se você pegar sites de rock a maioria não fala sobre coisa novas ou independentes e sim ficam "lambendo o saco" dos roqueiros jurássicos mas depois de ver algumas bandas que diziam ser de rock no festival, tem como falar realmente bem das coisas novas? Justamente dão munição para aqueles que dizem que o rock morreu.
Eu sou dos anos 90. Quando aprendi a tocar guitarra eu fazia a introdução de Que país é este daí falavam que tinha que tirar a introdução de Alive, tirava daí diziam que tinha que tirar
A tolerância  hoje em dia
Sweet Child O´Mine e quando tirava diziam que tinha completa Nothing Else Metters e porque era o que nós curtíamos na época e você tinha que estudar de uma maneira
ou outra para conseguir tocar o que a molecada ouvia.
Era um saco ter que tirar coisas complicadas como More than Word, Tempo Perdido, Sultans of Swing, Stairway to Heaven, Garotos II e isso só para tocar na roda entre os amigos!
Hoje em dia os fãs de sertanejo (ou dessas bandas "indies") que me perdoem mas tudo é calçado em "acordes cheios" e "pentatônicas" e qualquer um com um conhecimento básico de pelo menos
três meses de aula de violão consegue tirar (principalmente com ajuda da internet).
A única saída para quem quer fazer música mesmo hoje é a internet pois as "gravadoras" estão com essas regras que citei acima e nem vou falar sobre aqueles "roqueiros antigos" que voltam a se juntar depois de 20 anos e ainda acham que são garotos, porque já falei aqui nessa postagem.
Pode até parecer piada mas tirando os "antigos" o que mais gostei do "Lollapalooza 2017" foram os "DJs" e também "Love To" o resto, apenas diria foram "bonzinhos" pelo menos esses trabalhos, porque quem sabe no futuro alguns deles ainda possam impressionar e justamente queria que fosse algo brasileiro para tentar mudar "essa maré musical" atual.

E não esqueça: quem grava independente 
também tem essa missão!

Que a música esteja com você!

Postado por:
Anício Oliveira
Músico, Professor, Sideman e "filosofo" nas horas vagas!
OMB:11???(não lembro mais faz anos....)
Contato:
anicio.guitarra@gmail.com

Nenhum comentário: