segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Equalização: sobe ou desce? Parte 2 masterização


 Continuando o assunto da semana passada, vou falar um pouco sobre como conseguir um som "mais forte" para sua música no processo de finalização seguindo o mesmo conceito de "subir ou descer". Primeiramente assim como você e muita gente, que na hora de "finalizar" uma gravação e vê que a mesma não está em volume nem perto de uma gravação comercial fica "triste e deprimida" porém vou ensinar uma técnica criada por mim baseada em "processos analógicos" afim de deixar sua finalização alta e clara, por isso pegue um bom café e tente entender como fazer.Quando comparamos nossa gravação com uma comercial, geralmente vemos que som está bem abaixo do normal:



O gráfico REAL quer dizer o que "vemos" nos dB Meters da nossa DAW. Mas porque se exgamos "0 dB" o som sai como se estivesse em - 6 dB? Pois o nosso som "final" (em RMS) (com todos os processos já acrescentados) está saindo em - 6 dB! Já o som "comercial" você pode notar que o REAL sai em 0 dB e o som final (RMS) sai em - 2 dB! Isso acontece porque:

1)Um ambiente de masterização chamado de "sala branca" é praticamente isento de "frequencias" fica muito mais fácil de ouvir as frequencias que se devem abrir ou fechar.

2)Nenhum processo de finalização dependem de  um plugin ou processador e pronto! Geralmente ele "repassa" pelos processos anteriores (equalização, compressão, ambiência) porém geralmente em processos analógicos e depois convertidos em digital.

3)A maioria dos estúdios que masterizam "digitalmente seu som" possuem um ambiente "bem controlável" e equipamentos "significativos" e somente dão "um gás na mixagem" assim finalizando a música.

4)Devido a isso as grandes gravadoras brasileiras, preferem mandar "masterizar" seus CD lá fora, pois no Brasil há pouquíssimas salas brancas. A maioria do pessoal que converso sobre o assunto diz que o "brasileiro" prefere economizar em masterização.

5) A maioria dos estúdios estão "pulando muito a faze de masterização" e preferem usar somente os "master suites" (Ozone5)  para resolver seus problemas, como mostra esse video de um estúdio indiano.  




So que você tem uns "pequenos problemas":
  • seus equipamentos ainda estão no estágio embrionário! 
  • Seu ambiente ainda é o seu quarto, ou sua garagem, ou até mesmo um estúdio porém se tratamento acústico, 
  •  seu computador não suporta os "plugins nas pistas", no aux/buss e no master ao mesmo tempo!

Porém não precisa se desesperar! Vamos tentar resolver!

1)Tudo tem que estar no seu lugar
Novamente como venho falando em postagens anteriores suas pistas devem estar "sincronizadas e limpas" porque o que faremos aqui é quase como "forçar a barra" do som em processos digitais, então se você sentir a música "distorcendo" volte a etapa da mixagem e tente achar o erro.

 2)Faça um pré master
Como falei na postagem da semana passada, divida sua música em "sessões" finalizando os seus Aux/Buss. Evite aqui colocar no "master" efeitos, deixe a música fluir até no máximo - 3 dB

 3)programa para fazer o master.

Após isso você tem que entender uma regra: o som que você vê "expandido" no seu programa não é o som "final". O som final é o resultado de todos os processos da música em RMS.

http://i.imgur.com/C3AeE.gif


Essa figura acima mostra sua música em RMS (preto) em relação a uma música da Banda Nirvana, "oh, the guilt"   (que está em verde e vermelho). Note que a figura em preto está "totalmente achatada" e isso acontece com frequência porque não atingimos o volume comercial.



A figura acima mostra sua música antes da finalização com um limiter ou  compressor. A de baixo mostra depois que é passado. Note que a cor mais clara (que é o volume em RMS) não muda quase nada  e nosso desafio é fazer ele e o som final ficarem iguais. O culpado disso sem dúvida são os grandes estúdios, porque eles a cada ano que passa aumentam o volume das músicas, a chamadada "Loudness War" (guerra de volumes) que pra mim foi o maior "banho de água fria" nos estúdios caseiros

File:Cd loudness trend-something.gif


Como fazer o master soar alto então?

Esse video abaixo mostra um processo de masterização digitalmente.


Note a quantidade de plugin utilizado no video (clique no link para ver o plugin)

1. Waves REQ (Parametric EQ – High Pass Filter)
2. DUY Valve (Valve Emulation)
3. DUY Tape (Tape Emulation)
4. Waves QClone (Parametric EQ – High Shelving Filter)
5. Waves Maxx Bass (Bass Enhancer)
6. Waves SSL Compressor (Compressor)
7. DUY Wide (Stereo Widener)
8. Waves LinMB (Multiband Compressor)
9. T-Racks Soft Clipper (Soft Clipper)
10. Waves L3 (Multiband Brickwall Limiter)

 Você pode usar um programa ou sua DAW para isso não precisa ser a do video e enquanto aos plugins, basta usar alguns que façam a mesma função!
Na semana que vem, vamos ver a parte 3, num video que estou fazendo passo a  passo da música "feel the beat'!

Abraços e boas gravações!!!


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Equalização: sobe ou desce? Parte 1

 Salve! 
Desculpe não escrever nessa duas últimas semanas, é porque estou novamente envolvido em minhas músicas e ando bem sem tempo mesmo! A postagem de hoje não é preciso definir o “ranking” (fácil-médio-difícil) porque é uma coisa pessoal e mais um conselho.
Como você deve ter lido aqui, em livros ou em outros sites, muitos engenheiros de som repudiam a idéia de “equalizar subindo” outros não.
Primeiramente quando a gente lê um assunto tem que estar ciente de quê “o equipamento do autor nunca corresponde sua realidade” (pode ser mais ou menos) e que cada um tem que tirar “água da pedra” com que possuem no momento e é por isso que a ideia do “sobe ou desce” deve ser bem analisada.
 Imagine o seguinte: você tem os melhores equipamentos, os melhores instrumentos, os melhores músicos, o melhor ambiente, então porque subir? Tudo já estar no lugar! Basta cortar. Então agora pense ao contrário: seu equipamento é simples, porém você tem alguns plugins e loops legais e muita criativa . Quando você grava se segue a história de “cortar” percebe que som está muito “fraco e demasiado” e isso deve ao fato porque “você não tem nada pra corta” e sim “ajustar” e nesses casos “tentar aumentar” não será nenhum pecado” e sim “uma saída”. Então “o que cortar se não a nada pra cortar”? Realmente, mas se você deixar “tudo assim” o som saíra embolado. Por isso vamos ver alguns passos:
 1)Separe normalmente os “Aux/Buss” (voz, bateria, cama, guitarra). Ao invés de colocar “compressor” coloque um “equalizador paragráfico” 

2)Mixe usando apenas o “Pan e Volume” somente os instrumentos e não a voz. 

3)Sinta o som... Quando você achar que um timbre está muito “fraco”, faça uma varredura (sempre aumentando) com o equalizador até encaixar o mesmo no seu ouvido (muita gente utiliza essa técnica). Se ele ficar mais alto que outros instrumentos da seção, abaixe o mesmo

4)Feito isso libere a “voz” e onde a mesma for encoberta, use o equalizador para cortar e ajustar os instrumentos (deve se vez sempre cortando) A questão principal aqui é a voz. Essa é complicada mesmo de aumentar, sem causar um “impacto direto”. Caso a música seja apenas instrumental, basta trocar a “voz” por um instrumento.. 

 Semana que vem, vamos ver esse mesmo assunto com exemplos e vídeo, da minha nova música “Feel the Beat” para você entender o assunto!

Ótimas gravações!!!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Mixagem: como você anda "colando" tudo?


Não importa qual o processo de "masterização" ou "finalização" que você faça, nada vai funcionar sem um bom "grude". Na verdade, essa "expressão" não existe e foi inventada por mim (como inventei o termo "golfinho" para definir  "fade in/out" numa guitarra) esse é um termo que vou usar para você entender a postagem de hoje. Pra começar quando me pedem para analisar uma gravação, 90% dos casos é a "falta de percepção de ambiente" que uma coisa nada fácil pois requer "treino" e isso vem com o tempo a menos que você faça um curso prático.  Um "grude" bem feito cai pela metade seu desempenho com o "equipamento" e te deixa bem perto de um som grande e bastante audível! A iimportância de uma colagem bem feita irá determinar as finalização da música principalmente "quando se deixe o volume em níveis comerciais".

DAW: Qualquer uma
Dificuldade: Médio/Difícil
Vamos aos tópicos

 1.A importância do Spectrum Analyser
Quem acompanha o blog, sabe que insisto no estudo do plugin "Spectrum Analyser"
isso porque sem ele você não irá conseguir resolver os problemas de "mascaramento" que impedem a música de soar.Se você sabe analisar, então sabe pra onde ir. Não caia nesse papo do "ouvido". Ter o ouvido é fundamental, mas ver o que se faz é essencial!

2.Elimine as impurezas!
Não adianta reclamar, com ruido você não sai do lugar! Para quem grava em casa chega a ser um assunto "bem chato" pois como sua casa não é projetada pra gravar o aterramento elétrico pode ser um "terrível inimigo". Por isso eis aqui algumas sugestões que já comentei em outras postagens:


  • Compre cabos de aúdio de qualidade (Santo Angelo, TechSound, Planet Waves) se for fazer (ou pedir para uma eletrônica fazer) de preferência a marcas "nacionais" (tantos cabos como os plugins) pois eles tem melhor "blindagem" que é essencial contra ruídos.

  • Procure verificar se sua rede elétrica é bem aterrada! Se não for, tente fazer uma "tomada com aterramento" para seus equipamentos e o computador. 
  • Não use no break! Ele possui harmônicos que afetam diretamente o som!Prefira os estabilizadores.

  • Dê preferência a placas de som, mesa de som ou adaptadores para mesa USB. A gravação em USB gera menos ruído para o computador. 

 3.Dobras
Taí uma dica que todos os sites de gravação internacional dão é que pouca gente leva a sério. Dobre!
Não adianta, dobrar o som deixa ele mais "cheio". As dobras se aplicam mais em vocais, piano acústico, violão e guitarra por possuírem um som "seco" e também por serem "a parte que mais tem que se destacar". Aqui nesta postagem, um artigo só sobre o assunto!

Como conseguir um "grude rápido"

Primeiro de tudo você tem certeza que fez todos os passos de mixagem, ou seja: resolver conflito da voz com os instrumentos, equalizar, fazer pan, corrigir o volume ou o método que você sempre faz, antes de começar a mexer nos Buss/Aux pois é usando somente 2 busses que vamos fazer um "grude rápido".  Após isso, você pode até colocar os mais Buss/Aux mas primeiramente entenda somente com dois.
O primeiro Aux/Buss  pode colocar como vocal, e o segundo como trilha. Dentro dos dois coloque os seguintes plugins (na sequencia): Equalizador paramétrico, Reverb e Compressor.

Ajuste o equalizador.
A proposta aqui é você deixar o volume do Aux/Buss na mesma altura. Se você sentir que a voz está coberta pelos instrumentos, corte os instrumentos nas faixas de conflito com o equalizador. Se você sentir que a voz precisa de mais "gás" aumente ou corte na zona de conflito com o equalizador. O desafio aqui é deixar tudo "próximo do som ao vivo".


Colar com Reverb
Ainda é a maneira mais fácil de colar. Se você escutar somente a trilha da maioria das músicas internacionais vai escutar como a compressão e o reverb são exagerados! Antes eu acreditava que era ma coisa mais "oitentista" mas depois que eu vi gravações da Lady Gaga e do Evanescence vi que isso ainda é muito usado! O que mudou é que além das novas tecnologias, os engenheiros de som isolaram mais os "aquários" porém a forma de colar continua a mesma. O principio parte de você definir um ambiente para ambos os aux. Por exemplo, vamos supor que você escolheu um reverb tipo "room", então você define primeiro o valor do reverb da trilha (buss/aux2) e depois na voz (buss/aux2) tenta achar o valor do reverb até encaixar com o reverb da trilha. Para executar essa ação, basta apenas você mexer no knob que determina "a quantidade de reverb" (alguns tem o nome de dry/wet, outro reverb amount) tentando encaixar os dois sons no mesmo ambiente. Porém cuidado! Se você já gravou algo com reverb, procure deixar um valor "baixo" para não embolar o som!

Colar com Compressão
Isso é a técnica mais comum entre as gravações nacionais (pois os produtores preferem manter a transparência do som). A técnica não é tão complicada como a do reverb, o segredo aqui é procurar manter os níveis de "attack" e "release" atuando em diferentes tempos em cada Buss/Aux mas criando um único som. Por exemplo, colocar a voz em - 6dB com Attack 25 ms e Release 125 ms e colocar a trilha em - 3dB com Attack 15 ms e Release 50 ms.  Fazendo ajuste nesstes parametro o som fica igual e cola. Muitos também preferem usar o "sidechain" para deixar a voz "pulsando" com a "trilha".


Colar criando em torno da voz
Outra técnica bastante usada para quem quer deixar o natural.   Aqui o contexto também sugere algo bem exato.  A maneira mais prática para se construir aqui é você:

1)Definir exatamente a voz (ou seja, ela tem que estar pronta)
2)Pegar trilha por trilha e analisar com o "Spectrum Analyser" como a voz se comporta com essa trilha. Exemplo: Voz - Bumbo, Voz - Caixa,Voz - Pratos Voz - Baixo, Voz - Guitarra. Porém tenha cuidado para o não "descaracterizar o som'.
3)A partir disso, você pode decidir colar com o reverb ou com a compressão ou até com os dois.

Não existe muito material sobre a técnica de colagem por isso, sugiro que você análise bem suas músicas favoritas para uma melhor compreensão. O motivo é bem simples: a diferença entre a música amadora e música comercial está aqui, por isso mãos a obra!!!

Abraços!!


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Gravação: 8 dicas para voz!

Salve! 
Galera novamente eu vou comentar sobre gravar a voz pois  é comum sempre me mandar e-mail sobre esse assunto pelo simples fato: porque minha voz não sai na frente como numa música comercial? Novamente a pedidos tentarei explicar o mistério, mas pra aqueles que não estão conseguindo colocar a voz na frente dos instrumentos existem 10 fatores que podem estar te atrapalhando. Essas dicas são descritas mais para ajudar quem tem Home Studio, porém se você tem estúdio podem ser úteis também.



Dificuldade: Média
Daw: Qualquer uma.


1)Equipamento
A voz é um processo natural destemperado e analógico, isso quer dizer que diferente dos instrumentos ela não tem uma "afinação fixa contínua" pois não se pode colocar uma voz exatamente em seu Hz de afinação e por isso  não adianta ter uma voz "divina" e um equipamento mortal!
 Não adianta você teimar em gravar um microfone ruim! Por isso você tem que achar um microfone que irá captar sua voz decentemente e a única maneira de fazer isso é estudar um pouco sobre microfone e por isso separeis 3 links do site mundomax, playtech e musical audio. Fiz isso pra não ficar perdendo tempo em explicar os tipos de microfone! Pra que eu vou fazer uma postagem sem já tem outras sobre o Assunto?A segunda coisa, você precisa de um equipamento que amplie o microfone, pois o microfone só transmite a voz, ele não dá volume. Para isso temos algumas alternativas como pré-amps pequenos (como o Behringer MIC200), pedaleiras de voz  (como Digitech Vocal 300), rack compressor  ou até mesmo uma boa mesa de som. Claro, se você tem um conjunto que evolva tudo isso é bem melhor.

2)Ambiente de gravação 
 Só por causa que você está gravando dentro do seu quarto, não quer dizer que não se pode gravar descente! A parte mais chata de se gravar em casa é ficar pensando se alguém vai nos incomodar ou não. Fora isso, devemos nos preocupar um pouco com o reverb natural  que pode nos dar um efeito indesejado (ou desejado conforme o caso). Os estúdios usam ambientes tratados, por isso a melhor coisa a se fazer é gravar a mesma voz em várias posições do ambiente, até achar uma que faça a voz soar "mais naturalmente".

3)Vá de USB!
Você tem certeza que os cabos do microfone/equipamentos estão inteiros? Você grava em linha (direto na placa) ou via USB? Isso interfere e muito pra que não tem um estúdio projetado. Quando se projeta um estúdio, a primeira coisa é tratar o ambiente, a segunda é comprar os equipamentos corretos  e a terceira é verificar a energia se está estável ou não. Até pouco tempo  estava gravando tudo em linha. mas cheguei a conclusão que gravar via USB ainda é mais prático pra quem tem um Home Studio devido ao fator que os cuidados com a energia são menos necessários, ou seja uma preocupação a menos!Não que tudo via USB garante a isenção total de ruídos, mas até você não construir um espaço definitivo pode ser uma boa.


4)Mantenha a afinação!
A causa principal da mal gravação é essa. Nem mesmo um grande estúdio pode te salvar (é só ver certos artistas do S.U que cantam ultimamente) se você cantar mal! Por isso sempre vale o conselho de praticar bastante a música antes de gravar. Você não precisa cantar "lindamente" (pois há uns truques de estúdio para maquiar a voz) mas afinado é obrigação!!!
Por isso pratique bastante a música a ser gravada, se você que sua voz não é legal, pode chamar um interprete (afinal Carlos Santana faz isso a anos e  assim ainda é Santana) mas se quiser encarar essa, vai ter que cantar afinado! Procure vídeos aulas, professores de canto  e se tiver a oportunidade participe de um coral pois ainda é a melhor escola de canto!

5)Abuse das pistas!
Gravar com ou sei efeitos? Estéreo ou mono? Será que essa pista saiu fora de fase? Pra acabar com essas dúvidas eis uma dica:

A) faça um playback da música
B) crie um novo arquivo e coloque esse playback
C)  grave sua voz nesse arquivo fazendo testes! Com efeito, sem, mono, estéreo
D) selecione as melhores pistas e faça um "render/bound" (junção) nelas
E) importe a pista salva para o arquivo principal da música

Importante! Ao invés de duplicar, faça  dobras!!! Elas deixam bem mais cheio o som!


6)Equalização



















 Sempre me perguntam isso! Mas não se preocupe, eu também perguntava (e pergunto) pois a voz sem dúvida é a parte mais chata de equalizar! Por isso fica difícil explicar essa lógica pois tudo depende dos fatores anteriores. Uma coisa que você precisa entender que nenhum equipamento é igual ao outro. A figura acima mostra uma equalização "mais padrão" da voz, porém será que vai funcionar com seu equipamento? O microfone aqui é um Behringer B1  mas será que vai sair o mesmo "espectro" no seu? Nessa postagem mostro como funciona a análise por "only tracks" onde a dica é bem simples: pegar uma pista de estúdio e analisar o som. Essa tabela  mostra todas as frequências na maioria dos instrumentos, veja em qual frequências a voz mais se destaca e procure trabalhar com elas.

7)Compressão e Efeitos
Como você deve saber, a compressão "cola" a voz na música, mas nenhuma comprensão funciona direito sem os efeitos para auxiliar e por causa disso vamos ouvir e analisar um pouco a "only track" da música.

A)Billy Jean - Michael Jackson



O impressionante dessa voz é que Michael Jackson praticamente não usou efeitos! Nem De-esser (pois ouvimos claramente os sss) só a compressão e a equalização! Claro se a gente ouvir a música com os instrumentos  você irá notar que ela está "maior", mas isso é devidos a uns truques que falaremos a seguir, o que quero é que você veja que só a voz em si não apresenta ter efeitos, só a compressão e talvez um reverb room bem de leve.

B) Bring to my life - Evanescense



 Aqui nessa música a voz de Amy Lee está recheada de reverb.  Produtores internacionais ainda seguem a tendência de usar reverb Hall para colar na música porém o mesmo é "automatizado" note que na medida que a voz dela sobe o reverb fica mais forte e logo atrás também se sente um Pré-delay curto (provavelmente 50 ms) erguendo junto. Já no refrão a voz principal está com delay curto, a voz masculina seca e a quinta com reverb light e tudo isso é para fazer a voz principal se destacar entre as outras. Escute a música para ver como o que você ouviu aqui encaixa perfeito na mesma.

Procure ouvir mais "only track" e repare nos efeitos que os grandes produtores usam.

8)Destacando a voz

 A voz é instrumento principal, por isso merece todo destaque, o problema é que você as vezes tem que fazer uns "sacrifícios" para ter esse destaque. Durante muito tempo tentava deixar quase todos iguais, até percebi que se você quer dar destaque a voz, talvez tenha que enfraquecer os outros instrumentos. Você precisa dar espaço para voz e para isso não tem jeito:
você tem que estudar as seguintes coisas:

Analisador de Espectros
Frequências
Panorama

 A moral é simples: cortar os instrumentos sem perde a dinâmica dos mesmos e destacar a voz.
Porém semana que vem,irei fazer uma postagem sobre o assunto!!!

Abraços!!! Boa semana!!!




segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Gravação: A culpa é da latência ou do desempenho?

Salve!!!

Como primeira postagem depois das férias, vou escrever algo que muitas vezes acontece quando estamos gravando. Como já comentei antes, a melhor coisa da gravação digital é que basta um computador para gravar e a pior, nada nunca é exato. Outras coisas são mais "inexplicáveis" como ás vezes uma gravação que você fez num computador inferior ficou muito melhor do que num computador superior! É como sempre digo: não adianta ter uma Ferrari e fazer ela ter o desempenho de um Fusca! O culpado disso é sempre quem está atrás do volante!
Além do aprendizado diário, quem grava ter que estar a par de certo problemas que o computador e DAW podem apresentar como: HD cheio (causa lentidão), pouca memória ram (passa boa parte dos processos para a CPU), interface de entrada não é boa (parece que você não gravou nada do que ouviu), falta de definição por falta de uma conversão A/D de qualidade de lógico, a dita latência.
A principio, as maiores das DAW procuram automaticamente a "latência ideal" para gravação em seu computador, mas ocorre os casos onde ela pode se perder (especialmente se tiver 2 placas de som no computador) e por isso que muitas vezes ela é a vilã de muitas gravações!

Por que a culpa pode ser da latência e não do músico?
A gravação digital ainda está longe da precisão, tanto que os grandes estúdios ainda preferem dividir entre equipamentos digitais e análogos e como a maioria das pessoas não tem acesso a "um equipamento correto de gravação" os erros de latência podem aparecer com frequência. A coisa mais comum é que quando se grava uma trilha cujo o plaback "está muito pesado", matematicamente o computador tem que "equilibrar" tudo junto (HD, memória, uso de CPU) e aí pode sim ocorrer erros de latência(por isso é sempre bom na gravação usar o mínimo pra playback). Por isso é tão importante gravar com metrônomo, pois além de te deixar no tempo irá te mostrar que há erros de latência.


1) Onde se configura a a latência?
Primeiramente você precisa saber como funciona sua DAW e achar as opções de configuração da placa de som. Se você estiver trabalhando com o driver ASIO é mais simples de achar, pois basta clicar na icone do mesmo e configurar a mesma. É super importante você conhecer sua DAW! Pois não posso colocar os passos de configuração do que você usa, apenas orientar. Geralmente o caminho para configurar a latências está  em Tools - Properties - Latency, porém cabe você a achar a mesma.


2)Valores da latência
A latência sempre está calculada num ciclo de 64 ms(milisegundos) é por isso que os valores (quando se configura a placa) sempre são multiplicados por 2.

64
128 (64 x 2)
256 (128 x 2)
512 (256 x 2)
Etc...

Porém a maioria das DAW oferece uma configuração com ajustes impares, para você deixar o som igual tanto no playback quanto na gravação.

3)Como achar a latência?
Confesso que muitas vezes usei o "chutometro", até que um dia vi esse vídeo na internet.


O Sony Acid sempre é famoso pelo seu erro de latência, por isso nesse vídeo DJ Pain mostra como resolver isso (pule para  06:05), para quem não entende inglês vai um pequeno resumo:

A)Insira uma pista de audio.
B)Ela deve ser Mono (esquerda ou direita) 
C)Conecte um microfone no computador ou qualquer outro instrumento.
D) Acione o metronomo (dica: pra quem não sabe usar ele, mude o tempo Bmp pra 90)
E)Grave com o metrônomo  e com o microfone copie as batidas do mesmo usando os dedos (estalos) ou batendo palmas.
F)Feito isso, toque a gravação junto com o metrônomo e veja se os sons estão tocando juntos (coloque o metrônomo para esquerda e a gravação para direita que você irá ouvir na hora se há diferença)

Não deixe de assistir o video até o final, pois ele mostra onde configurar a latência no Acid! E isso pode dar uma pista onde isso está na DAW que você usa!


Abraços!!! Ótimos Sons!!!



segunda-feira, 23 de julho de 2012

Gravação: explorando o reverb natural

 DIFICULDADE: FÁCIL
 Salve! O reverb para quem grava em cas atem sido uma verdadeira “armadilha” pelo simples fato de física (acredite cai muito nessa quando comecei a gravar). A maioria sabe que devemos "tratar o ambiente" para temos uma melhora qualidade de gravação, mas se estamos sem dinheiro pra investir nisso, que tal explorar seu reverb natural que vem de onde você grava? Você pode se surpreender!
Imagine você num alto de morro e dá um grito, mesmo que ninguém te ouça você escutará no horizonte sua voz esse é famoso efeito natural chamado “eco” e por isso vamos entender como “esse eco atua” a partir de um ponto de origem.

Como meu home studio pode está gerando reverb? 
Como quero fazer com você entenda o “X” da questão não vou embanar sua cabeça com muita coisa por isso resolver fazer essa figura baseada na sua casa quando você dá um grito e a resposta do reverb em ms (não é calculado).






 A linha vermelha indica um grito dentro da SUA SALA (5 ms de resposta) 
A linha roxa indica um grito dentro da SUA COZINHA (4 ms de resposta) 
A linha laranja indica um grito dentro do SEU QUARTO (3 ms de resposta)
 A linha verde indica um grito dentro do SEU BANHEIRO (2 ms de resposta)
 A linha cinza indica um grito dentro do SEU ARMÁRIO (1 ms de resposta)

 A primeira coisa que você pensará será: quanto menor o espaço menos reverb vou ter  não é bem assim (uma vez achava que era) gravar numa armário, reduz o reverb mas não tira! Você gera um reverb “tiny” (minusculo) e ao mixar e colocar um reverb por cima acontecerá como a figura ao lado, não que seja errado, mas dependendo do estilo que está gravando pode não casar! Mas se bem que tudo é uma questão de experiência. Muita gente elogiou o reverb presente na voz da minha música Vontade de Amar  que é bem anos 80, mas o meu maior segredo foi ter gravado numa sala onde havia o eco natural, e aos poucos dosando com reverb small (pequeno) fui chegando no resultado que queria. Muita vezes quando temos um ambiente  que nos dá um reverb natural sem conflitos e sem enfraquecimento de médios, às vezes basta colocar um delay e deixar assim mesmo, o vocal de RIO do Duran Duran mostra claramente um vocal gravado em uma sala média com reverb natural proposital. Claro, devo lembrar que ambientes não-tratados podem interferir direto nas frequências médias e médias altas, porém alguns ajustes com um equalizador podem resolver.

Undo Reverb?
 Essa eu li no site  Audição Critica.
 UNVEIL é um plug-in de "desmixagem" em tempo real que permite atenuar ou reforçar os componentes de reverberação existentes em um sinal mixado ou em material mono, além de poder alterar as características do reverb. Além disto, o UNVEIL permite destacar determinadas características de uma gravação, trazendo um determinado instrumento para a frente ou movendo -o para trás, atenuando ou realçando a percepção dos componentes do sinal menos importantes. Usando a tecnologia de inteligência artificial MAP (Mixed-Signal Audio Processing), o plug-in também ajuda a remover reverberação indejesada em diálogos e gravações externas, "secar" o conteúdo de gravações antigas onde haja muita reverberação e limpar a ambiência de sons naturais captados para uso em sonoplastia. Se for verdade isso, problemas de reverb tiny nos home studio podem serem resolvidos, porém o plugin só está disponível ainda em RTAS e para MAC.


ÓTIMAS GRAVAÇÕES!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O novo som que rola por ae: Vulca

Vulca | Blog OficialO Vulca é uma banda que desde 2003 faz um som que desafia rótulos, que desafia a ordem social, que desafia o limite do volume que seus ouvidos aguentam. Quanto mais alto se ouvir, melhor. Quanto mais se sentir, melhor. Afinal o Vulca faz música para se sentir, e não para se entender. Desafie a curiosidade: myspace.com/oficialvulca