terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Conflitos de picos

Antes de continuarmos com o nosso curso de música eletrônica, falaremos um pouco sobre "conflitos de picos". Isso acontece quando temos várias pistas com o mesmo volume, tentando uma sobre sair sobre outra, o que causa embaralhamento no som.
Existem vários tipos de conflito de picos, os mais comuns:



Por gravação

Quando gravamos uma música, geralmente queremos que ela soe alta e aberta. Muita gente ao invés de usar limiter/compressão/equalização, opta por elevar o master até 3db. Isso pode ser uma solução, quando usamos equipamentos de ponta e bem equalizados. Porém com o som "cru" isso só o deixa mais sujo e quase inaudível.

Por compressão

O erro mais comum, pois em muitos casos pode ser a solução mais comum também. Quando todos os sons estão "muito compressados" todos os ruídos dos mesmos vem a tona, tornando o som sujo. Em algumas músicas (principalmente as eletrônicas) até que não há mal fazer isso, quando usamos samples ou convertemos um VSTi para o Wave direto da Placa, porém sem a equalição exata pode ser uma má idéia.

Por limiter

Muitas vezes, se opta por colocar o Threshold em -6Db e o Limiter em -0.2 (outra solução prática) pra cada pista. Porém, o Threshold é uma armadilha. O Threshold (presente também em vários plugins) funcionaseguinte maneira: quando ele entra -1Db sai num aparelho de som -1Db, porém quando ele entra - 6Db num aparelho de som sai +3Db! Por isso, ele nós dá a sensação de volume alto, e assim como o compressor ele puxa todo som da pista para o pico máximo...Em sons baixos não é problema, porém em sons altos o som saíra estourado!

Solução:

A solução é separar graves, médios e agudos no usando "pan" (jogar da esquerda/centro/direita). Geralmente., os graves vão para direita, os médios ficam no meio e os agudos para direita, porém não é uma regra "GERAL", isso serve para você separar os sons fracos do forte.
Muitos produtores preferen usar o esquema de "banda ao vivo no palco" como já mencionei antes, porém vamos relembrar suas posições:

Bateria:
Bumbo - Centro
Caixa - um pouco pra esquerda
Xipo - Um pouco pra esquerda
Tom1 - Na esquerda
Tom2 - Na direita
Surdo - Totalmente na direita
Prato Crash - Totalmente na direita
Prato Ride - Totalmente na esquerda

Baixo - Centro ou um pouco pra esquerda
Guitarra - Um pouco pra esquerda
Guitarra Solo - Centro
Teclado - Um pouco pra direita
Vocal - Centro

Em questão do volume, você deve escolher o que destacar. Na música eletrônica a maioria da destaque aos vocais, bumbo, baixo e sons graves de sintetizadores. Já no pop/rock tradicional se dá destaque a caixa, vocal, guitarra e linha ritmíca. Porém tudo é uma questão de bom gosto!

Dúvidas:

palcokh@yahoo.com.br

Abraços!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Se não está bom, tente aprender algo novo

Um dos vícios do ser humano é aprender uma coisa e não querer aprender outra.
Por isso muita gente sofreu com a informática. Um dos casos é de quem grava, estamos acustamados a sempre usar o mesmo programa e quase nunca se arriscamos em aprender um novo. A minha maior decepção ainda é o Cubase. Ele só trancava na minha máquina e assim como o Sonar vivia em "dropout" (quando a cpu atinge seu limite máximo de processamento) por isso comprei o Sony Acid que embora não dê esse problema, ele costuma atingir níveis altíssimos de CPU quando se usa VSTI. Estava gravando um jingle e fiquei bravo porque ele não estava dando muito certo com o Acid, por isso, baixei a versão demo do Fruity Loops 9 e confesso que gostei muito do que ele faz. Já conhecia o programa, porém foi primeira vez que o usei para fazer uma gravação. Uma das coisas legais é que ele faz 32 bits Float sem precisar passar por conversões, muito útil coisa que o acid não faz sem contar que seu uso com VSTi é bem mais leve e ficou muito legal a gravação que é um jingle para uma rádio. Já estou vendo os preços para comprar a versão full....
Pois é, quando a necessidade pede somos obrigados a aprender algo novo para sacia-lá

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Ouça as críticas!!!

Por que devemos ouvir as críticas antes dos elogios?
Pelo simples motivos que as "crítica fortalece e o elogio enfraquece", a crítica nos deixa com sede de fazer algo melhor! É lógico, existem críticas positivas, críticas negativas, críticas construtivas, críticas destrutivas, críticas boas, críticas por maldade, ect... É a você que cabe escuta-las e refletir. Tenho um parceiro musical meu que canta, e toda vez que eu gravo ele só crítica a minha voz! Nunca admiti que tenho uma voz boa pra cantar, só tenho uma voz afinada, isso deve-se porque gastei mais de 15 anos da minha vida musical sem querer cantar porque os outros me criticavam e detonaram minha auto estima, mas por um lado isso me fez ter aulas de voz e a fazer coral. Vou contar uma história que aconteceu na mídia. O artista A gravou um CD, e o artista B também e foram lançados simultaneamente. Um crítico de um famoso jornal avaliou o trabalho e achou uma "bela porcaria" os dois trabalhos. O artista B ficou bem chateado, mas preferiu não comentar nada continuar divulgado o novo trabalho. Já o artista A resolveu responder o crítico no seu site e no jornal concorrente. Ele escreveu o seguinte: que veio de origem humilde, que lutou muito para conseguir o sucesso, que ganhou vários prêmios e que não seria nenhum critíco "pé-de-chinelo" que ganha uma merreca que é pago pra falar mal dos outros que iria tirar o mérito do novo trabalho. Isso já faz algum tempo tanto que o artista A sumiu do mercado, enquanto o artista B ainda faz excelentes trabalhos, tanto que esse crítico que o criticou falou um tempo depois que o novo trabalho do Artista B era uma "obra prima".O comentário entre os músicos era que o trabalho do Artista B o crítico pegou pesado pois trabalho era bom mas o do Artista A, era "uma aberração aos ouvidos"!
Pra quem está começando a entrar no mercado acho que o melhor conselho é "aprenda viver com as críticas ou se não nem grave" como diria Régis Tadeu. A maior crítica do artista ainda é e sempre será o público pra quem ele se apresenta pois se eles gostarem você terá um belo futuro.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

plugins VST e simuladores


Vamos começar falando que nos anos 1960 já existiam as guitarras Fender e Gibson que são padrões até hoje (Porém uma Fender 1960 em matéria de som é muito superior as fabricadas hoje em dia) mas não existia equipamentos. Por isso guitarristas como Jimi Hendrix, George Harrison, Eric Clapton, Buddy Guy,Peter Tomsend entre outros buscavam com os fabricantes da epóca (Fender, Vox, Orange, Gibson e a recém criada Marshall) maneiras de suas guitarras soarem alto. Já nos anos de 1970 Jimmy Page, Ritchie Blackmore, Brian May, David Gilmour, Nile Rodgers, Steve Howe entre outros, abusaram de efeitos como chorus, flanger, tape-echo, delay criando textura parecidas com sintetizador.Aqui também destaco José Aroldo Binda, Pepeu Gomes, Sérgio Dias guitarristas brasileiros respeitados que ganharam fama internacional. Nos de 1980 foi a vez de Rhandy Roads, Yingie Malmsteen, Ed Van Halen, Steve Vai, Steve Morse, Joe Satriani e inúmeros mais que abusaram e ousaram com novas guitarras como Jackson, Ibanez, Krammer, Charvel além de processadores de efeitos e novos amplificadores como Mesa Boogie e Peavey, destacando aqui os guitarristas brasileiros como Edgar Scandurra, Armandinho, Wander Taffo, Sérgio Dias, Lulu Santos. No ano de 1990 um idéia surgida no fim da década passada invadiu as lojas: as pedaleiras. Vários efeitos juntos num mesmo processador que podia ser acionado com o pé e fase master de guitarristas/professores como Mozart Mello, Faíska, Polaco, Marcinho Eiras graças ao surgimento de revistas como "Cover Guitarra" e "Guitar Player". Já na outro século, hoje em dia estamos sendo marcados por diversas coisas como pedaleiras com simulação de amplificador, amplificadores com efeitos, guitarras que simulam outras guitarras, guitarras usb e claro VST de guitarra.
O Plugin para guitarra no formato VST, RTA, VST3, DX cada vez mais são usados em estúdios em em casa. O fator é simples: simula amplificadores, pedais, racks cade vez mais reais. É só comparar a nova versão do guitar rig, com a sua anterior:



Claro que não existe só o Guitar Rig, também temos o Line 6 ampfarm, Amplitube (metal, fender, Hendrix, 2, 1), Devil Studio e muitos outros, incluindo o Sansamp RTA, video abaixo.



Especialistas dizem, que provalvemente num futuro próximo, o guitarrista carregará apenas um notebook e seu amplificador favorito, mas até lá os plugins tem um longo caminho.
Como Gravar a Guitarra?
Muitos que estão começando a mexer com plugin (incluse eu passei por isso) acham que se pegar uma Eagle Stratocaster, passar o preset do Steve Vai, o som será igual a dele tocando com uma Jem e toda sua parafenalha de milhares de doláres. A verdade, que os plugins funcionam via "impluse" que um sample de som de um amplificador de som vazio e o ao tocarmos o som que dos captadores da nossa guitarra chegam a ao plugins e o impulse os transforma em enche o som como um balão. Por isso, que o próximo passo dos plugins é a modelagem física, ou seja é como você estivesse com amplificador real dentro do seu computador, pois o pior problema do "impulse" é que ele depende de Latência, ou seja se você não tiver um placa profissional esqueça de querer grava-lo em tempo real. Porém gravar a guitarra limpa e depois passar plugin a menos que você tenha uma Guitarra Line 6 Variax pouco vai resolver gravar direto o som limpo no seu computador!O plugin precisa de um boa pré amplificação para sair um som decente na guitarra. Quando vou gravar/ou tocar ao vivo usando plugin eu faço assim: guitarra, vai para o boost, que vai pra 3 pedais de distorção, que vai para uma pedaleira que vai pra um pré amplificador, que vai finalmente para uma placa de som externa M-audio Fast Track! Claro, que muitas vezes só uso o pré-amplificador e fast track, e se for ao vivo o computador tem que ser um laptop no minímo com Dual Core. E ainda, muitas vezes o som não fica descente, pois precisari ainda um conversor A/D (analógico/digital) porém isso custa caro. Além disso, um Line 6 Pod XT ou uma Boss GT-10 funcionam também e até melhor que um plugin, pois possue saída usb e gravam o som direto.
Alguns site de plugins e simuladores:
http://www.native-instruments.com/
http://www.ikmultimedia.com/
http://www.studiodevil.com/home/
http://line6.com/
http://www.tech21nyc.com/

Outa coisa, plugins piratas sempre são uma droga, só travam....

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Por que é tão difícil imitar um violão ou uma guitarra com o sistema MIDI



Apesar dos sintetizadores e plugins VSTi beirarem a perfeição, existe uma coisa que eles ainda não conseguem fazer:
imitar um violão um guitarra descente. Isso devido ao simples fato: o instrumento é divido em mão direita e mão esquerda.Isso parece meio lógico já que o piano também é assim, mas vou explicar melhor. A mão direita no violão comanda as notas a serem tocadas, já a mão esquerda dá o ritmo as mesmas. Por mais que tente ainda não há como imitar o movimento das "palhetas pra cima e para baixo" do violão/guitarra, até que o dedilhado sai mas ainda o som se mantém artificial justamente por causa desse movimento. Como você pode ver no video tutorial do plugin VSTi "real strat" o músico até tira um som legal do teclado (que na verdade é um controlador do tipo keytar).



Note porém, que ele usa "fita slide" na ponta do controlador para imitar a "palhetada". No video ele consegue o som bem parecido com uma guitarra com overdrive, porém se você pegar esse plugin e passar uma midi em cima, verá que o resultado não será bom, pois a midi não pode prever o momento exato do slide. Me lembro uma vez que um guitarrista (ou tecladista) tocou a música Jump do Van Halen numa Keytar, ele fez o solo de guitarra muito fielmente a música, até hoje realmente não sei que timbre que ele usou para ficar tão parecido com uma guitarra! Outro plugin da mesma empresa (A Musiclab) o Real Guitar simula o Violão.



Note que o som é bom, mas não é tão bom.... E note que o músico usa bastante "o slide". Porém agora escute agora a simulação de uma guitarra com captador midi e sintetizador Roland GK20.



A pergunta que fica é: porque um sintezador não consegue imitar uma guitarra/violão e uma guitarra/violão com sintetizador imita perfeitamente qualquer som?
Além do fator de mão esquerda (solo/harmonia) e mão direita (ritmo) existe o famoso fator "harmônico", pois um violão ou uma guitarra são instrumentos "temperados" ou seja, existe o fator dos "trastes" junto com o som. Os sons de baixo são simulados perfeitamente com sintetizadores quando a intenção é imitar um baixo "fretless" (dedilhado) ou "pick" (palhetado) porém ao imitar um "Slap Bass" (baixo com slap) ele apanha devido a relação dos trastes com instrumentos.

Site recomendados:
www.musiclab.com
www.roland.com.br

Até mais!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Muitas vezes, tudo que você precisa é uma produção!

Continuo a falar sobre produção...Uma coisa que devemos estar cientes hoje em dia que não basta apenas ser um ótimo músico. Já foi o tempo em que a música sobrevivia de boatos, partituras e de olheiros de gravadoras, a maior prova é que gente que tem "muito pouco talento" pra música mas tem "uma boa produção" anda invadindo as ondas do rádio. Esses músicos se aproveitam do seu excesso de "auto estima" e estão se dando bem porque "não dá a menor bola para critíca dos outros músicos" pois o que tentam fazer é agradar o público e sim quando esse critíca ele o ouve com atenção. Nós músicos temos essa "mania" de competir entre nós pra vem quem é melhor que quem e esquecemos do principal, uma frase simplifica tudo: "Não importa o que você faça você irá ter que fazer para mostrar para os outros" e sempre esquecemos que o público não quer saber "que escala foi usada no seu solo" e sim se ele ficou legal ou não. Por isso existe a "produção" com isso o produtor na hora de gravar o seu CD ficará encarregado de e livrar de um monte "peso" que os músicos tem, tais como timbres do instrumento, o que usar para gravar, mixagem masterização, o que poderá cativar o público (sem mexer na música) etc... Uma das coisas melhores coisas produzidas esse ano (se não é a melhor) foi a Lady Ga ga que você ve no video abaixo:

Lady Gaga - Just Dance


Não precisa nem comentar: ela dança mal, se veste mal, ?canta?bem, suas coreografias são ?estranhas? mas a produção de suas músicas é impecável. Lembra o Synth pop dos anos 80 bastante aperfeiçoado.
Aqui não estou dizendo para você "para de estudar" e se concentrar somente na produção, pois "músicos normais" são passageiros, "músicos extraordinários" são para sempre e a única maneira de se tornar "um músico extraordinário" é estudar mas estou aconselhando a você parar um pouco de concentrar "qual o melhor acorde irá soar no campo harmônico" e se concentrar no básico: a música. Um outro exemplo que dou é esse video do Richie Kotzen (ex-guitarrista do Poison) cantando "Lose Again", aqui e mostra a música somente com um violão, se concentrando mais na voz para passar idéia ao público e fazendo notas simples, claro que isso tudo muda quando ele toca com sua banda ou quando grava um CD.



Por isso você que tenta "deslanchar" sua carreira, lembre-se que a produção pode se o toque final na sua obra prima!!!

Abraços

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Do like Michael!!! (Faça como Michael)

Continuando a falar, sobre campo estereo.... Já comentei em outra postagem sobre o "excesso de instrumento numa música", isso leva a tornar a música "fraca", porém Michael Jackson produzia músicas com vários instrumentos e fazia tudo muito bem organizado. Um exemplo é a música "Billie Jean" de Michael Jackson, onde aparecem no minímo uns 15 arranjos com instrumentos diferentes que nem percebemos, escute a música:



Como produtor era uma marca de Michael Jackson "espaçar" os instrumentos. A prova disso que "ao vivo" ele queria reproduzir o que gravaou no estúdio e usava sempre uma "mega banda"



O espaçamento dos instrumentos das gravações e do som ao vivo de Michael Jackson é tão impressionante se você pegar um Compressor e usar um "Hard Limiter" (Threshold -6db Gain - 0.2db) Ele não irá distorcer como a maioria das músicas. Tudo porque Michael Jackson deixava os "intrumentos" respirarem. Por isso, quando você pegar uma música com "muitos instrumentos gravados", use as músicas de Michael como referência!