segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Regras de ouro para voz – parte 2

Pra começar a segunda parte das “Regras de ouro para voz” de Pex"Mahoney" Tufvesson.

Microfones

Custo

Hoje em dia os microfones custam entre R$ 250,00 há R$ 1000,000. Como por exemplo um Shure Beta 58, Behringer B2 ou AKG. O preço não importa, o que importa é que ele grave bem. Não se torture ao começar achando que seu microfone não está bom para voz, pois existem outros fatores que afetam as gravações.


O Local

Com um microfone sério com um grande diafragma podemos definir o tamanho do mesmo (se tiver essa função) em diferentes anglos. Naturalmente a voz entra sempre pela frente do microfone quando você direciona a boca para o mesmo, porém não é sempre que gravando assim você conseguirá um bom resultado pois um microfone grava na frente porém também atrás.

Por exemplo, um microfone hipercarióide (Rode NT3, Behringer B1) possue um círculo de 120°por isso não é aconselhado gravar perto do computador (devido ao barulho do fan-cooler), perto de locais com tráfico e onde possa haver barulhos de telhado (como chuva) pois isso afeta toda a gravação de voz. Outro exemplo, um microfone simples para não sair todo barulho do computador, basta colocar ele a 180° do mesmo. Sempre deixe o mesmo longe do computador.


Segurando o microfone

Não faça isso! Fazendo isso você terá um monte de ruído abaixo de 100 Hz. Porém essas freqüências (no caso de uma gravação ao vivo) podem serem removida com equalizador “high pass” porém ao fazer deverá aumentar em torno de 100 a 200 Hz se for um vocal masculino ou de 200 a 300 Hz se for vocal feminino para dar presença.

Estéreo ou mono?

Gravar vocal em mono é método mais tradicional, porém acho que você não sentirá a “voz na cabeça ou bem na frente” como em uma gravação comercial.
Se você colocar o vocal de um lado para outro com “pan” (um microfone no canal direito e outro no esquerdo) terá mais efeito, porém se usar um microfone estereo o melhor é usar os canais separados (esquerdo e direito) do que juntos (tudo em estéreo).
Porém deve se ter cuidado com o cancelamento de fases.

Cantando

1.Álcool
Bebida não aumenta seu conhecimento somente alivia a tensão e você se diverte enquanto grava. Porém 95% dos ouvintes vão saber que você está bêbado e não irão entender nada do que você está cantando.

2.Distrações
Todos os cantores são nervosos. O segredo é expor os sentimentos ale da técnica. Sempre tenha alguém de confiança o acompanhado para avaliar seu desempenho.
Não existe perfeição, apenas dias que estamos bom para cantar e outros não.

3.Monitorando a gravação de voz
Use sempre um fone de ouvido, e para não haver vazamentos colocamos o volume em – 10dB. Logicamente, devemos ouvir nossa própria voz no fone de ouvido. Porém se há um atraso na voz (fazendo um efeito de delay) devemos ajustar a “latência” da placa de som para 20 ms. Todas os ruídos (pausas, respirações) podem ser removidas na mixagem.

Efeitos

1)Equalizador
Certo: sempre equalize dando naturalidade, agudos e graves naturais, deve soar com liberdade.
Errado: Com muitos ruídos. Isso vem da gravação do ambiente. Se houver ruídos, quando puxar as freqüências eles virão a tona.

2)Compressor
Certo: Colocar o cantor perto do ouvinte, sem variações bruscas procurando detalhes.
Errado: Tudo soará confuso, distante, sujo e sem compreensão.

3)Auto-tune
Certo: alguém que canta “mais ou menos” soará melhor. Não se ataque toda a parte da canção, mas sim onde as notas sustentam. Se for um bom cantor pode temperar com as notas da escala do piano. Um ótimo dá para encaixar a voz se, grandes ajustes.
Errado: fazer a voz ficar robotizada (o que acontece em 90% das gravações)

4)De-esser
Certo: Em baixos volumes os sons de "sss", "f", "k" e "t"sem destruir o contexto da canção.
Errado: O cantor parece gaguejar.

5)Exciter
Certo: dando brilho a voz ficará bem agradável, grande e audível.
Errado: todos os “sss” aparecem nas altas freqüências.


6)Echo
Certo: o som parecerá natural e a voz está num só caminho.
Errado: o som parecerá... gravado em casa! (cuide disso)

7)Reverb
Certo: O cantor e os instrumentos devem estar juntos no mesmo ambiente, na mesma sala.
Errado: Você cegará tudo. Evite usar reverb na bateria.

Mixando

O vocal principal deve ficar no centro no seu próprio espaço, tempo e freqüência. Não toque instrumentos “solos” ao mesmo tempo da voz. Use equalizador para diferenciar a voz principal dos instrumentos. Equipamentos sempre são bons para gravação, mas quase nunca para mixagem. Cabe a você não importando o computador que está usando resolver todos os conflitos que aparecerem. Ótimas gravações!!!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Gravação: Regras de ouro para voz - Parte 1

Regras de ouro para voz

Traduzi esse artigo do produtor Pex"Mahoney" Tufvesson e realmente ele funciona. Fiquei impressionado porque foi uma das coisas que li e de cara funcionou. Nessa primeira parte aprenda as nove regras básicas de fazer uma gravação de voz.



1.Não tente cantar por si. Tenha alguém sempre junto dizendo se o vocal está bom ou ruim.

2.Coloque o microfone numa posição “inatural”. Coloque o microfone numa posição onde ele ficará “surdo”, geralmente em 120 graus da frente de onde o cabo do mesmo está saindo. Tente apontar para o pior ponto de barulho da sala. Geralmente é o eco do telhado, barulho do computador ou ruídos de tráfico da janela.

3.Abra todos os armários e coloque colchões neles e retire os móveis desnecessários do sala. Salas fazias nos dão “ecos de cantos” (canto da parede) tente eliminar o que pode obstruí-los.

4. Sempre cante em pé. Sentado ou agachado deixam a voz fraca.

5. Windshield podem ser construídos com meia de seda (de mulheres). Eles ajudam a prevenir sílabas explosivas (p, k, t, b, s) e deixa quieto o desnecessário.

6.Coloque o cantor a 15 ou 18 cm do microfone. Quando a distancia é longe, pega muito o eco da sala, quando é perto pode haver muita clipagem.

7. Se caso esteja gravando sozinho, pode ser divertido as primeiras vezes. Mas não será daqui a 15 anos.

8.Grave sempre entre 6 e 12 dB. Geralmente os picos não excedem 6 dB durante teste de gravações. Nunca tente arrumar anomalias manualmente. Podem ser feitas, mas não ficarão legais.

9.Use essa seqüência de efeitos: Voz – Equalizador – Compressor – Auto tune – De –esser – Exciter – Echo – reverb. Mixe até todos funcionarem juntos.


Em breve, a segunda parte dessa tradução.

Abraços!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A humildade talento e amigos








Porque na música tão importante quanto o talento é a humildade e os amigos. Esse exemplo pode ser facilmente vista no filme “Amadeus”, como você pode ver um trecho abaixo.



Salieri (no filme) não suportava a ascensão de Mozart enquanto ele o mesmo caía no esquecimento. Salieri tinha tanto talento como Mozart, mas porque só Mozart foi o mais louvado? Salieri foi um dos melhores maestro que o mundo já teve (inclusive foi professor de Mozart) mas era um homem solitário (como mostra o filme) tanto que no fim da vida preferiu o isolamento. Mozart apesar de ser bem mais jovem era querido e popular, tinha muitos amigos e uma família que o apoiava. Eu sempre tive uma pergunta na minha cabeça: como pode certa bandas terem “músicos poucos estudados” e fazerem sucesso enquanto em casa há muitos músicos “estudados” que são praticamente desconhecidos pela própria família? A resposta é obvia: humildade e amigos. Um dos professores de guitarra que tive era formado com mérito no GIT de Los Angeles. Foi um dos caras mais fantásticos que vi na vida, porém tinha um problema: não se dava com ninguém. Apesar de todos os músicos conhecerem, ninguém conhecia publicamente ele. Seu temperamento difícil e sua falta de relacionamento com as pessoas deixaram ele cair no esquecimento. Assim como um dos melhores compositores, multi instrumentista que conheço praticamente se isolou do resto do mundo porque como ele se “achava o melhor músico do mundo” as pessoas pouco a pouco foram isolando o mesmo. Pra mim a maior dor do mundo é deixar um sonho morrer mas como manter ele vivo a medida que os anos passam? Se você tiver amigos dificilmente ele irá desaparecer porque você sempre será lembrado, mas aquele que se isola, mesmo colocando seus trabalhos em algum site da internet, mas não se apresenta e não tem amigos, dificilmente irá vingar. Não se engane: a vida sempre nos reserva supresas.

Pense nisso....

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mixagem: 3 dicas utéis de mixagem de voz

Salve guerreiros sonoros! Pra começar a semana vou postar um artigo que traduzi do site How com três tópicos interessantes sobre como mixar a voz. O que mais achei interessante que encontrei a resposta sobre o que acontece quando “gravamos a voz em ambiente pequenos não tratados”. Confira!




Primeiro passo

Encontre um EQ para remover todas as freqüências que não queira do vocal
Se o vocal foi gravado numa sala pequena (como um closete) ele será igual há um “som de caixa de madeira” ou será estrondoso. Se você remover muito perto de 100HZ, ele se tornará menos grave e irá aparecer mais as freqüências agudas. Se o vocal soa vago tente aumentar em 300 Hz. Ele irá soar como se jogassem um cobertor nos falantes.
Diminuindo bastante as freqüências agudas e fará a voz ficar mais audível.
após isso vá para 8 K é com um “shelve” acrescente presença no vocal, porém muito valor aqui pode aumentar demais o som das sílabas. Lembre-se de sempre usar um Q curto para balancear com as outras freqüências.

Segundo passo

O próximo passo é achar um compressor e acrescentar o mesmo na seqüência de plugins. Ele fará as passagens suaves soarem altas enquanto retem o volume próximo ao pico (peak level). O processamento depende inteiramente do material gravado e varia de canção para canção.Não há um método universal. Você pode tentar compressão em série em um vocal. compressão em série é o processo de adição de múltiplos compressores em série. Como exemplo, digamos que você tem um vocal de rock realmente dinâmico dentro de uma mixagem e você quer que ele fique muito presente e com impacto.
Comece com inserindo um UAD 1176 com o ratio de 8-12:1 e use um attack rápido e um release médio e 3 dB de redução. Se você quiser se aventurar coloque tudo no modo “all button in”, continue com um compressor UAD LA2A com 3db de redução.
Neste ponto o vocal está bem “colado” no lugar e não irá para lugar nenhum.
Mande tudo para um plugin tipo Waves L1 e segure os picos. Ele só irá funcionar em passagens altas.
Aviso: cuidado com compressão mutiplas! Pois elas multiplicam o valor do compressor. Por exemplo um compressor com um ratio de 4:1 usando outro de ratio também 4:1, outro com 3:1 e outro com 2:1, o resultado da combinação final será de 96:1.


Terceiro Passo
Evite o reverb, a menos que você queira um efeito especial. Use um delay curto sem ecos e nem “pitch estéreo”. Versos são tipicamente secos num mixagem pop. Dependendo o estilo da canção, dá para acrescentar junto com o delay um “reverb plate”.



Boas gravações!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Gravação: 8 perguntas sobre clip (estouro de som)

Você já deve ter visto em programas, mesas de som, racks, aparelho de som, som de carros, uma sigla chamada “clip” (ou overclip ou overload) mas popularmente conhecido como “som clipando”. Clip que dizer que o som está “estourado” ou seja, ele está tão alto que os falantes não suportam mais ou que o perifiríco de gravação está acusando “distorção” de som no local (as distorçoes de guitarra foram inventadas para que o som da vávula passe o volume que o falante suporta, distorcendo totalmente o som). O clipe é medido pelo “UV Meter” (pode ser conhecido como meter, sound meter) e pode ser analogo ou digital. Abaixo uma figura de um meter usado na maioria das DAW e programas de aúdio:

Aqui vou explicar 8 perguntas que geralmente que ficam na cabeça de quem está começando a gravar (ou até de mais experientes) sobre clip.



1)Qual o limite de gravação sem dar clip?
Na verdade, isso depende do próprio equipamento em não gerar o clip. Muita gente acha que o clip ocorre quando na gravação a DAW indica o mesmo. Porém na verdade ele ocorre antes, se o equipamento de entrada estiver clipando mas não está clipando no programa, a distorção do clip ira aparecer. Um programa (DAW) não clipa, ele dá overloud (excesso de volume) pois quem clipa é equipamento de entrada.

2)Dá pra corrigir um som clipado?
Não. Uma vez clipado, podemos usar até um equalizador ou um compressor para “suavizar”, mas não tem conserto no som em geral. Já vi alguns plugins que prometem fazer isso, mas o que eles fazem é tirar o excesso de volume deixando o som sem cor ou flangeado.

3)Dá pra usar um som clipado?
Sim. Muitas músicas que você ouve e gosta são orginárias de “erros de clipagem” principalmente se tratando da bateria, vocal e guitarras distorcidas. A questão aqui é quando são bem colocadas no campo estereo e bem equalizadas, não percebemos a clipagem. A maneira mais reconhecida com uma parte da música clipou, é ouvir uma distorção no falante que você não sabe de onde originou.

4)Quais as causas mais comuns do clip?
A causa mais comum ainda é o ajuste e a perfomance. Quando posicionamos para gravar por exemplo o microfone, temos manias de fazer os famosos teste 1..2..3..4 e SSS... Mas não fazemos o teste de volume. Isso é, se ao falar 1..2..3..4 o Sound Meter marcar por exemplo - 3 dB, você pode ter certeza que quando o cantor começar a gravar, devido ao desempenho vocal, a voz irá para + 1 dB. Por isso, que sempre testamos os volumes do vocal antes de gravar e de preferência passando por um compressor para manter a mesma dinâmica. Outra coisa comum é a bateria, porque a dinâmica das batidas, geralmente não é a mesma (mesmo com MIDI ou sample), a mesma coisa acontece com guittar ou violão devido a dinâmica das palhetadas ou dedilhados.

5) A que nível devo gravar?
Isso é uma questão ainda de muita briga. Enengenheiros de som dizem que devemos gravar tudo sempre em amarelo (algo em torno de – 3 dB e – 2 dB) por uma simples questão: se precisar equazilar ou compressar, teremos um acrescimo dos picos, ou seja, chegaremos em torno de – 1db. Porém outros dizem como podemos controlar o volume da pista, devemos gravar tudo com o som máximo (- 1 dB ou 0.5 dB). Outros preferem entre – 6db a – 4 dB, pois podem usar tudo o que o equipamento tem e depois ajustar com a mixagem. Particularmente eu uso o critério “necessidade”, ou seja dependendo a intensidade do som eu gravo entre – 4 dB e – 1 dB sempre deixando no “amarelo”.

6)Quais são os plugins ou equipamentos que podem clipar?
Limiter e compressor são efeitos que podem clipar, sem acusar. Isso ocorre devido o a presença do comando “threshold” (limite). Exprimente pegar uma faixa de aúdio e colocar os seguintes ajustes no compressor: Threshold – 10 dB, output 0 dB, attack 12 ms, realease 100 ms e você vai notar que o som sempre “estoura”.

7)Achatamento de som pode clipar?
Depende. O achatamento de som ocorre quando algo entra em excesso na gravação. Como o ajuste do compressor citado no item 6. Eles não clipam, mas dão a sensação de clipagem. Se você gravar um som muito achatado (com ganho demais) lembre-se que você não tem como dar mais volume ao mesmo, aqui você poderá só cortar, nunca aumentar.

8) Limites de pico (clique na imagem para ampliar)


A figura A mostra uma gravação entre – 6 dB e – 4 dB (nivel verde)
A figura B mostra uma gravação entre – 3 dB e – 1 dB (nivel amarelo)
A figura C mostra uma gravação entre 0 dB e +1 dB (nivel vermelho) ou seja dando clipagem.


Espero que essa postagem ajude a solucionar sua dúvidas!

Abraços!!!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Pedra que rola não cria limo

Raramente escrevo uma história que sirva para os meus dois blogs. Nesse caso essa serve. Para começar vou recapitular um “chat” que tive há uns dias atrás. Uma amiga minha enviou vários recados para que um produtor musical famoso para que ele escutasse suas músicas para dar uma opinião sobre seu trabalho e até agora não sei se ele respondeu. Eu sempre comento que um produtor musical é “pago” pra produzir e criar, e deixar a música no padrão de mercado, assim como um equipe de marketing é paga para trabalhar em cima do produto que será posto no mercado para vender, por isso é que raramente eles retornam esse tipo de conversa a não ser que estejam muito afim de produzir o músico. Uma coisa que comentei com essa canta cantora é que ele deve ter em mente dois tipos de sucesso: o regional e o nacional.
Quando morava em São Leopoldo – RS, um amigo meu músico me explicou isso. O sucesso regional é quando o músico só que fazer sucesso no estado e pra isso basta que ele se mova para capítal do estado e começe a batalhar por lá. Mas quando é nacional, o músico tem que se mudar para São Paulo ou Rio e comece a batalhar por lá... Em ambos os casos não é uma tarefa fácil e se você fizer uma conta de dez músicos, pode ter certeza que “nove e meio” irão desistir... E assim isso é com a nossa vida, você não precisa ser um músico para querer correr atrás do sucesso, reconhecimento e evolução, você pode ser qualquer outra coisa: um analista, um correntista, um médico, um dentista, um secretário, um lixeiro, um pedreiro, um mecânico não importa, basta querer ter a vontade de “fazer acontecer”. Por isso há um velho ditado inglês que diz: “a rolling stones gatter no moss” (inclusive o nome da banda Rolling Stones vem de uma música de Muddy Waters que fala isso) que traduzido ao pé da letra seria: pedra que rola não cria limo, e isso quer dizer:quem sonha e fica parado num lugar só dificilmente irá realizar seu sonho. Muitos amigos meus que ficam “reclamando da vida” são assim: quando recebe uma proposta que pode mudar sua história não aceitam por vários motivos: mudança de cidade, mudança de salário inicial, vai ficar longe de casa, vou ter que lagar meu futebol, vou ter que para de fazer festa, etc... E o que dá mais nojo é quando outra pessoa aceitou fazer isso e ele “fica invejando” ao invés de dizer: porque não aceitei? Podia ser eu no lugar dele! O que quero dizer nessa postagem que por mais “sortudo” que você possa ser nada vai acontecer se você ficar parado no mesmo lugar como uma pedra.
Uma das frases mais legais que já escutei foi no desenho “Robôs”: um sonho pelo qual você não lute, pode te atormentar pelo resto da vida... Comece a semana pensando nisso....

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Masterização: fazendo um master direto

Nessa ultima música que estou gravando descobri uma coisa que um produtor musical vive falando. Ele defende que na gravação digital não há necessidade de um “master” porque tudo pode ser feito num só arquivo. Na última postagem comentei sobre o problema de voz da minha última música, agora vou comentar sobre o master dela.
Primeiramente antes de fazer o master escutei três referências: uma música dos anos 80, outra dos 90 e uma atual. Um coisa que notei que na música dos anos 90, quem fez a masterização apenas “se importando” fazer a música soar alto assim como a atual, já a música dos anos 80, além de soar alto, quase não havia compressão. Enquanto você “fica quebrando a cabeça para” seguindo algumas dicas de de onde cortar tudo ou aumentar tudo, o que notei nos três exemplos que apesar de ter começos e finais diferentes, na frequência dos médios que é 350 Hz a 2 kHz elas soam exatamente iguais. O por que disso ainda não sei. O que sei é que essa área onde o ouvido do ser humano é mais sensível. Se você pegar um brickwall ou isolar de alguma maneira essa área, perceberá direitinho o que soa alto ou baixo numa música. Vamos a seguir ver como você pode fazer um master direto na sua música:

1)Deixe tudo em seu devido lugar, tanto no pan quanto na equalização.

2)Separe cada instrumento no seu devido Bus.

3) No(s) bus coloque um equalizador paramétrico.

4) No master coloque um equalizador linear (ou um compressor multibanda) e um limiter.

5) Para experimentar faça as seguinte configurações no EQ paramétrico: Low self 20 Hz, Parametric + 1 dB entre 350 Hz – 2 kHz, high end 16 kHz.

6) Você notará “conflitos” e você tem que resolve – los. Não mexe no equalizador do buss, primeiro tente os equalizadores das pistas.

7) se há uma freqüência muito alta, não diminua o volume da buss, use o ganho do equalizador (do mesmo).

8) Deixe o limiter com a seguinte configuração: Threshold – 6 dB , Peak Level – 1 dB release 100 ms e se houver, attack 20 ms.

9) Um dica sobre o volume: coloque num outro programa (pode ser o mídia player) uma música comercial. Toque as duas músicas juntas e com o limiter tente equilibrar a altura da sua música com altura da música. Um bom plugin que simule vávula pode ajudar a “aquecer a música” aqui.

10) Queime o CD ou converta um arquivo wave. Não esqueça do Dither.

Nota:
Isso exigirá bastante desempenho do computador, esteja ciente das limitações do mesmo!

Abraços!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Gravação: voz é sempre um problema

Como já comentei e como você deve ter visto em inúmeros sites, livros e blog de gravação a voz é sempre considerada o instrumento mais complicado de equalizar.
Na minha nova música (que não é nova verdade é uma regravação) já estou a 2 meses mixando e regravando algumas partes da mesma. Eu vou colocar todos os processos dela em breve quando a mesma ficar pronta, por enquanto vou falar dos problemas que encontrei com a voz na mesma.

1º Etapa
Na primeira vez usei Behringer B1 (microfone), Tube Mic100 (pré amp) e a pedaleira Vamp 2. Esse equipamento é bem “custom” e resolve um monte de problemas (principalmente se você estiver usando um notebook). Porém o meu erro: gravei a voz frase por frase e com reverb. Tenho costume de gravar várias vezes a mesma voz. O que aconteceu aqui? Como a voz já tinha reverb ela não “casou” com o ambiente da música e então toda vez que eu mixava a mesma embolava.

2º Etapa
Na segunda vez o equipamento que usei foi um Behringer B1 (microfone), Tube Mic100 (pré amp), Noise Gate Boss e Line 2 exciter. O resultado foi bem satisfatório, dessa vez não usei reverb e sim um chorus numa voz e um delay (no tempo da música) para ampliar a mesma. Aqui você pode “dosar” o reverb para casar com o ambiente da música.

3º Etapa
Ao colocar essa voz na mixagem, fiz o seguinte:

1)Fiz três vozes usando uma da 1º etapa e outra da 2º etapa. A 3º voz fiz uma junção da duas com um harmonizer usando uma terça acima e uma quinta abaixo.

2)Após isso, usei um compressor multibanda cortando a voz em – 6 dB em 100 Hz, +1 dB em 250 Hz e +2 dB de 2 – 4 kHz. E fiz um render das vozes (juntei tudo numa mesma pista).

3)Com a voz pronta coloquei a mesma na música cortei entre 1.5 kHz – 2 kHz apenas -2 dB.

4) Uma dica útil: muitas vezes ao invés de você aumentar o volume da pista, procure aumentar o ganho da freqüência pra ver o que acontece.

5) Após isso coloquei um reverb dando menos efeito de reverb e mais de reflexão (o som batendo no ambiente).

Em breve você poderá ouvir o resultado disso.

Abraços!