quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

mixagem: o mito do "reverb" master

Antigamente o reverb era usado como o "colador" das músicas mas como se usava demais na "voz" parecia sempre que o cantor estava no "banheiro". Com o passar do tempo essa função passou a ser do compressor que "aumentou" o volume das músicas e diminuiu a dinâmica, porém o reverb não foi "extinto" continua lá de alguma maneira.

DAW: A que você usa 
Plugin: Reverb de preferência com "cut low/cut high
Dificuldade:Difícil 

  Você já analisou bem uma música comercial? Repare numa coisa: que a reverb em quase tudo. Já experimentou colocar reverb individual em tudo? Vira uma porcaria! Pois bem, vamos escutar algumas gravações:




Essa gravação é de uma banda que toca nas rádios de SC chamado "Maria Viena". Note que o padrão de mixagem é mais comum que conhecemos... Mas você consegue perceber onde está o reverb? Ele praticamente só ira aparecer na hora que entrar a "caixa". O resto apresentas efeitos (compressão, chorus) mas não reverb (ou está numa quantidade bem pequena). A guitarra distorcida destaca mais ele. Não há nada de errado aqui, a gravação está dinâmica e muito bem coerente. Esse o padrão que você vai ouvir por aí, lógico quando gravado num estúdio com o mínimo de qualidade.



Vamos ouvir um dos "hit" do momento do "Capital Cities, Kangaroo Court"




Escute mais uma vez a música anterior, notou alguma diferença?Essa música usa muitos "samples, loops e MIDI". E parecem todos iguais perante a voz. Como conseguiram isso se geralmente quando gravamos em casa temos uma diferença "absurda" dos instrumentos virtuais ou samples em relação ao análogo! Um dos fatores por incrível que pareça é o reverb. Quase tudo que é masterizado nos EUA leva o reverb (principalmente nos estúdios da california). Pra quem acha que isso acontece só em música pop ou eletrônica, escute a "quantidade de reverb" na trilha da voz e guitarra de "Holy Driver" o clássico do metal do eterno DIO.



Esse reverb não é original das "pistas separadas" e sim de um contexto todo, como mostra quando ouvimos toda música:


http://logicblog.info/wp-content/uploads/2013/05/hofa-iq-reverb-plugin.jpgAntigamente nos anos 80 o "reverb era o último processo da mixagem" pois era usado para colar. Hoje em dia a maioria prefere fazer o reverb separado e usar a "compressão" para colocar, porém quando há muita diferente de "profundidade" entre os sons pode se usar o reverb para tentar consertar. Esse reverb é usado no Master.A maior dificuldade um plugin de reverb é que ele é instável. Por isso é tão importante testar vários plugins. Outro problema é que o reverb pode “mascarar” demais o som e a única maneira de “desmascarar” uma pista é mexendo na equalização. Siga os passos.

 A)Para criar um “reverb de mistura’ ou “tonal”: escolha um preset e remova o decay. Ajuste o Pré delay em 20 ms. Se não conseguir ajuste novamente o pré delay, a fase, a polaridade e equalização. Para o tonal mexa também no “dry/wet”

B)Para criar um “grande reverb” ou reverb “de sustenção”. escolha um preset de efeito leve, deixe o pré delay em 50 ms ou mais e ajuste o EQ. Para sustenatar tente ajustar o pré delay em 25 ms.

 C)Para um delay “spread” (de propagação) faça tudo ao contrário, e ajuste o pré delay e o stereo.

D)Não deixe o reverb soar de 20 - 300 Hz, pois ele pode atrapalhar o "low end"!

Tente fazer e veja o que acha....

Boas gravações....

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