quarta-feira, 22 de junho de 2011

Mixagem: Quando os "plugins" enchem o saco!

Toda a gravação é uma evolução!Não importa se você não tiver experiência ou se um "expert" renomado. Porém nesses tempos de Home Studio com tantas dicas na internet é muito mais fácil a gente "dar o pontapé" inicial. Quando comecei também achava que a placa de som instalada no meu computador (No caso uma Sound Blaster 16 PCI) dava conta do recado, pois também era outro que "achava" que o equipamento externo resolvia o problema! Quando descobri que uma placa de som profissional faz a diferença, comprei um M-Audio USB externa e achei que agora que tinha uma entrada mais "profissional" poderia esquecer os equipamentos externos. Daí então descobri que precisava "montar um rack" (mesa de som, equalizador, compressor) para fazer o som entrar mais "quente" no computador e quando finalmente achei que tudo estava resolvido descobrir "mais um monte de coisas" e a lógica mais cruel de uma gravação: não adianta ter um equipamento de R$1000,00 e querer que as gravações saiu como as gravações onde se investe "um milhão" em equipamentos. E ainda nem comecei a falar do ambiente....
Bom, depois de passar por "várias" experiências você acha que conseguiu achar o equipamento certo. Não precisou gastar um milhão, mas soa como se fosse feito por um e você tem que começar a se perguntar? Se que vale a pena passar tantos plugins?
A maioria dos donos de gravadoras de pequeno/médio porte e produtores que com troco idéias sempre costumam a "minimilizar" o uso de plugins. Errado passar muitos? Não se o som que você busca é algo que precise deles, porém na mixagem vejo que "exagero" de plugins pode causar algo inesperado.

Uma questão matemática
Para você ter em mente a idéia do que acontece “matematicamente” no seu som primeiro convido você a pegar um editor de som (como o Sound Forge ou Wavelab) abrir um arquivo de áudio (de preferência uma pista da sua gravação) e dar um zoom.
Quanto mais zoom a onda vai “enquadrar” até ficar parecido com isso:








É isso que o computador nos mostra, mas se houvesse uma maneira de “visualizar” (possa ser que até tenha, desconheço) os plugins passados no som, veríamos algo como a figura a abaixo:

Som analógico – Esse um som analógico normal, sem a adição de nada e também sem nenhum tipo de conversor A/D (analógico digital)]
Noise Gate – Esse plugin noise gate foi passado no som para limpar ruídos de intervalos.
Equalização – Após a adição do noise gate, foi mexido no som com um equalizador.
Reverb – Após o som sair como você quis, foi adicionado um reverb.

Aqui pode ocasionar o problema: se sua placa de som não for boa ao invés de um sinal continuo, você terá um sinal quebrado. Por outro lado, mesmo que você esteja usando uma DAW Pro Tools com todos os plugins em RTAS, em algum momento você terá essa “quebra” pois ainda teremos muitos processos matemáticos.

Solução: modo real
Como os plugins são processos matemáticos, desconheço uma maneira melhor do que trabalhar com os mesmo numa mixagem em tempo real. Ou seja, acrescentar os plugins e rodando os mesmo em conjunto. Um truque que aprendi recentemente é primeiro equalizar o bumbo (kick) e a caixa (snare) colocar no mesmo volume e partir deles “casar” os outros instrumentos, porém após eles ficarem casados, praticamente todos os volumes devem ser “zerados” para que possamos construir a mixagem em torno da voz (pois ela sempre é o instrumento principal). Isso dá trabalho, mas o resultado é muito satisfatório o problema que queremos “coisas rápidas” principalmente quando o cliente está nos pagando por horas trabalhadas (no meu caso, prefiro fechar um preço X com o cliente para com que possa trabalhar em “paz” na hora da mixagem)e o que vai acontecer com até mesmo o melhor equipamento, quanto mais plugins colocarmos nas pistas teremos uma redução no desempenho do processador do computador e é aí que entra o consenso: tentar trabalhar com o mínimo de plugins.

Então o que fazer?
Nesse caso, podemos apelar por uma função salvadora, chama “auxiliar)
Quando gravamos uma banda teremos 8 canais para bateria (dependendo o kit que ela usa), um para o baixo, um para guitarra, um para o teclado (ou outra guitarra) e um para voz (2 se houver back) e logo criamos auxiliares (aux, buss) para cada seção. Uma maneira prática e rápida e que todo mundo usa é fazer “casar”, por exemplo, o bumbo com o baixo num Aux, o resto da bateria no outro, um só para sessão rítmica e outro para as vozes, porém quando você começar a colocar os plugins nas pistas e ainda mais algum no auxiliar o som, o processamento vai pesar. Nesses casos, apelamos para um “pré máster” que nada mais é fazer um “ajuntamento” dos seus auxiliares numa pista só em estéreo ou mono dependendo o que quer.
Quando por exemplo, colocamos a seção da bateria e do baixo numa pista só, podemos até deixar o resto na tela, pois você irá fazer um “compilamento” de som (no caso tiramos as 8 pistas da bateria e mais a do baixo e colocamos apenas em uma pista) Ou seja, sua gravação que tinha 16 pistas e 4 auxiliares, agora passa ter 7 pistas e 4 ou 3 auxiliares (dependendo onde você vai colocar o aux da bateria). Há casos em que podemos colocar tudo em auxiliar só (no caso os instrumentos) e outro para a voz (isso é uma técnica mais comum do que você pensa principalmente se você pedir para um estúdio fazer masterização).

Evite achar que um plugin resolve a vida!
Muitas das gravações que analiso (seja que me pedem ou até mesmo um cd comercial) o que vejo é um passamento excessivo de plugins. A melhor solução quando um som não fecha na mixagem é refaze-lo, ou seja: gravar novamente!

Ótimo fim de semana!
Ótimas gravações!



O som gravado no computador não é a mesma coisa que um sou gravado numa fita ADAT. Pra começar o som do computador é uma "sequência matemática" que nós da como resultado final o que escutamos e numa fita ADAT é algo mais natural, pois ela grava o que você está escutando (atire a primeira pedra quem nunca passou por isso: o som que você escuta quando chega no computador não é o mesmo que você ouviu)

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