sábado, 7 de outubro de 2017

Coluna do Anício: MPNB - Música para não pensar brasileira

Olá leitores, músicos e amantes da música!
Meio sem tempo para escrever! Pura falta de tempo mesmo!
E infelizmente nem é por causa de música e sim porque ando ajudando minha esposa
em algumas palestra "motivacionais" que promovemos por aí.
Primeiramente vou me desculpar pois em uma postagem disse que não "haveria" Rock in Rio (a do início do ano) e também vou falar sobre um comentário que vi sobre o evento onde era mais ou menos isso: Rock foi feito para não dançar e sim para pensar!
Confesso que fiquei meio confuso pois afinal um dos meus hobbies foi sempre pegar um cd e analisar friamente a música, ou escutar com os amigos ou ainda apenas para fazer festa sem muito compromisso.
Os roqueiros se esquecem que o rock lá dos anos de 1950 a 1960 era apenas "zoação" onde era feito para dançar mesmo tanto que temos
a ótima música Twist Again para provar isso e por mais que não admitam se estilos antes na sombra do rock (como o sertanejo, música eletrônica ou até mesmo o funk) hoje estão aí
justamente porque "pegaram emprestado" sua fórmula que enquanto eles se renovam o rock fica ali parado tempo e sinceramente quando vi meus ídolos cantarem no nesse Rock in Rio confesso que me deu uma tristeza pois apesar deles estarem ainda com o "gás todo" o tempo chegou para eles e sem nenhuma novidade a mais no estilo, será que quando eles se forem tudo irá com eles?
Voltando ao comentário o rock foi feito para pensar e escutar?
Acho que a resposta certa seria depende. Músicas pensantes como Que país é esse, Type, Missionários ou Money For Nothing realmente são mais associadas ao "rock inteligente" mas não que dizer que o grupo pensante faz parte "exclusivamente" do rock.
Se você não sabe o "POPTechno" Gangnam Style se refere "tudo que você quer ostentar mas não tem" ou ainda a música "Canção da América" que MPB se refere a encontrar os amigos e ambas além de ser legal para se escutar fazem a gente pensar um pouco no cotidiano da vida.


Porém hoje em dia o que nós temos mais ouvidos em todos os estilos no Brasil é a MPNBM ou seja "Música para não pensar brasileira"! Isso é verdade, pois a maioria das músicas que ouvimos de sucesso não passam de diversão, ou seja você ouve, não vê sentindo na letra, mas curte porque ela tem uma batida gostosa e isso é uma tendência que a música tem seguido.
Foi nas festas do ano 90 quando tocava que comecei a ver isso principalmente nas músicas eletrônicas, a música não dizia nada, falava coisas sem sentido mais era acompanhada de batidas legais para dançar.
Para mim o pior da música atual não é muitos cantores serem "desafinados" ou que há muito graves em excesso, nem tão pouco a harmonia reduzida a loops e sim porque as letras não passam nada e não dizem nada nem mesmo
as românticas.
Claro os mais afoitos podem até dizer que isso uma jogada para deixar as pessoas "burras" ou que não há interesse em ter músicas inteligentes mas a verdade pra mim é que se os críticos
procurassem mais ouvir o que está surgindo de novo no underground ao invés de baixar o pau na "nova estrela da música descoberta pelo The Voice" já seria um grande avanço pois os músicos independentes só teriam a agradecer.
A verdade é que os produtores ainda precisam dos cantores para agitar o público, mas (posso estar totalmente errado) creio que com o avanço da tecnologia, assim que inventarem um "sintetizador de voz humana" perfeita acho que os cantores
também serão descartados como já acontece com os músicos e infelizmente a mídia não faz nenhuma questão em promover um música que pense e se não sabemos o "por que" disso
talvez "as teorias da conspiração" não seja afinal tão inúteis assim.

Que a música esteja com você!!!

Postado por:
Anício de Oliveira
OMB: Anos 90!
Contato:
anicio.guitarra@gmail.com

Nenhum comentário: