domingo, 5 de março de 2017

Curso de música Eletrônica - (NOVO) Parte 1

Depois de um mês de férias, vamos voltar aos trabalhos!
Pra começar essa postagem foi feita em 2010.
Porém como muita coisa mudou e percebi que essa postagem estava meio "fraca" resolvi dar um melhorada na mesma explicando de uma maneira mais simples porém complexa como fazer um música só usando uma DAW como o Fruit Loops, Sonar, Reason, Pro Tools ou até programas como o Encore (que faz partitura) e o Guitar Pro.
Porém devo lembrar que apesar de explicar não adianta nada se você não tiver o mínimo de domínio no programa! Pois não adianta te explicar sobre isso se você não conhecer bem o que usa! Pra isso aconselho a pegar algumas vídeos aulas disponíveis no You tube.
Apesar de você achar que possa ser para somente música eletrônica, na verdade serve para qualquer estilo, afinal a DAW não sabe se você está fazendo um rock, funk, samba, blues ou sertanejo!
Você tem que dar as coordenadas para mesma!
Devo avisar que aqui está tudo resumido e possivelmente você irá ter que se aprofundar mais nos tópicos (em vídeos ou sites) para compreender melhor (se não tiver muita intimidade) mas é algo que você irá só aprender praticando e acredite, parece complicado no início, mas depois fica bem fácil.
Aqui eu vou dividir essa postagem em três partes: teoria e prática (Piano Roll), midi e loops.

Bom aprendizado!

1)Teoria, prática e Piano Roll.
Sabe aquela coisa chamada "partitura" que você negou estudar quando começou a tocar seu instrumento? Você precisa saber pelo menos o que significa semibreve, minima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa, pois senão você não irá conseguir colocar a música no tempo.
Aconselho a ver você ver essa excelente aula do guitarrista Heitor Castro.




Agora se você achou tudo muito confuso, esse é um resumo do que ele explicou, no modo de Solfejo. Para fazer isso, aconselho a você usar os dedos da mão, onde cada equivale como mostrado aqui na figura:


Pra você não ficar perdendo tempo tentando decifrar aquelas aranhas, vou colocar de uma maneira bem simplificada pra você entender: vou usar o compasso mais comum da música moderna, que é o 4/4. Ou seja 1,2,3,4 muda a nota, 1,2,3,4 muda a nota.
O som vou usar TA ou TADA, dependendo o som posso aumenta-lo ou encurta-lo. Procure contar com a mão ou com pé para contar 1,2,3,4 e a voz para "falar" o TA ou TADA. Se você entender isso, entenderá bem melhor o Piano Roll.

A semibreve é um som longo de quatro tempos, ou seja, um 
som tem que durar o compasso todo.

1....2...3....4
TAAAAAAA

Minima é metade do som da breve ou seja,
2 sons ao mesmo tempo no compasso


1......2.........
TAAAAAA
3..........4
DAAAAA

A Seminima é metade do som da minima,
ou seja 4 sons ao mesmo tempo no compasso.


1........2.......
TA   DA
3.......4....
TA   DA

A Colcheia é metade da minima, ou seja
8 sons ao mesmo tempo no compasso.


1........
TADA

2. ......
TADA

3.......
TADA

4......
TADA

A Semicolcheia é a metade da colcheia ou seja,
16 sons ao mesmo tempo no compasso.


1..................
TADATADA

2.................
TADATADA

3..................
TADATADA

4...............
TADATADA

A fusa é a metade da semi colcheia, ou seja,
32 sons ao mesmo tempo no compasso.


1..........................................
TADATADATADATADA

2............................... .
TADATADATADATADA
3..........................................

TADATADATADATADA

4..............................
TADATADATADATADA

A semi fusa não descrever aqui, mas é bom você saber que é a metade da fusa e tem 64 sons no compasso.

Para fazer a música vamos usar o método mais fácil de criar uma. O Piano roll (barra de piano) ainda é a maneira mais simples de fazer uma midi, para quem não tem intimidade com teclado ou partitura é o "piano roll", pois nele você "desenha a nota" como deseja. Ele está presente no Fruit Loops, Sonar, Cubase, Pro tools, Acid e em quase todos os programas que usam automação midi. Se você entendeu a questão do tempo/partirura acima irá entender com mais facilidade o Piano Roll. Lembre-se que aqui está descrito apenas 1 compasso, os números na linha vertical descritos 1-2-3-4 são os "tempos" desse compasso, já as "letras na horizontal" representam a duração dos mesmo. Procure pegar um programa que tenha o "piano roll".

O Vídeo abaixo mostra como se usar o Piano Roll no Fruit Loops.


A prática agora nada mais é do que você pegar isso tudo e colocar no Piano Roll da sua DAW. Comece devagar e vá aos poucos tentando fazer uma música. Aconselho a você ler a postagem na qual falo sobre modos gregos, sabendo essas 7 escalas você irá conseguir fazer qualquer coisa.

2)Fazendo música com Midi.
Muita gente fica torcendo o "nariz" para MIDI (como sempre menciono desde do início do blog) porém quem usa também tem um certa "dificuldade" em o que fazer com ela.
Quando temos uma música criada em MIDI num teclado, o obvio que fazemos é pega-lá executar no próprio teclado e grava-lá, porém para deixar o som mais "profissional" ou ainda usar algum timbre que a deixe mais bonita, podemos passar um plugin VSTi ou DXi na nossa midi criada.
Existem 4 formas de fazer midi: tocar com um teclado, usar um sequenciador, escrever uma partitura ou usar um piano roll (como citado anteriormente).
Por exemplo, eis aqui um MIDI sendo feita manualmente (com teclado e bateria eletrônica) e passada para o computador.


O próximo vídeo você vai ver uma MIDI sendo criada diretamente na DAW no caso o Reaper.


E o último vídeo é uma MIDI feita com um programa, no caso o Guitar Pro.


Geralmente a MIDI simplesmente controla a informação que diz ao seu VSTi/DXi rodar um áudio com timbre definido em um determinado momento. O VSTI/DXI pode ser pré-gravado (samples) ou gerado em tempo real através de algoritmos.
Quando você estiver para finalizar o trabalho, você vai ouvir todo o som que está sendo gerado em todas as faixas que você criou ... em seguida, passar por cada faixa com a equalização do som de modo que pode ser claramente distinguido do fundo (no caso de instrumentos solo) ou uma combinação suave juntos (no caso de instrumentos de fundo). Você também vai usar EQ para remover qualquer coisa que soe áspera ou desagradável ou ainda os harmônicos de qualquer instrumento, ou da mesma forma, reforçar aqueles que tem um bom som.
Não faz diferença se o som foi gerado a partir de MIDI ou não ...
Você ainda vai usar EQ no som final para obtê-lo para caber dentro de sua mistura particular de instrumentos e sons. Depois disso a compressão é usada para reduzir o intervalo dinâmico de um som.
Utilizar compressão evita que o som se torne mais fracos em comparação aos outros.
EQ, compressão e reverb são as principais formas um mix engenheiro profissional controla o som geral em uma música para reprodução, como um CD.
Essas ferramentas são usadas para fazer a diferença entre uma gravação de aspecto amador para uma profissional. Mesmo quando a mesma fonte original faixas são utilizadas aprender a usar essas ferramentas podem levar uma vida inteira de experiência, razão pela qual os engenheiros profissionais são altamente valorizados e procurados por músicos e compositores. Muitas vezes, as suas habilidades valiosas simplesmente porque não podem ser combinados.

2)Fazendo música com Loop.
É metodo mais usado na música eletrônica e também para aqueles que só querem uma base e irá gravar todos os instrumentos manualmente.
Algumas empresas produzem bibliotecas de som que tem a equalização e compressão já adicionados às amostras reais de modo que o som que você começa a partir do sampler é basicamente pronto para adicionar a uma mistura ... mas mesmo neste caso, você ainda deseja adicionar seu próprio EQ para que ele se encaixar perfeitamente em sua própria composição, como mostrado no vídeo abaixo:


Porém mexer com eq em sons sampleados exige cuidado, pois lembre-se que esse som já foi limpado, equalizado e compressado para virar "sampler".

Na próxima postagem vou mostrar um música 
toda feita a partir do zero. 

Ótimas gravações!!!

Postado por:
Rafael o KH 
Autor do blog Palco KH!
Músico e Técnico em T.I 
OMB:13850
Contato:
rafael.kh@gmail.com




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