sábado, 23 de maio de 2015

Mixagem: o poder dos médios!

O poder das frequências médias!!! 
 Nunca conto de contar a história de uns amigo meus que gravaram num estúdio um CD com bons equipamentos e a mixagem ficou um lixo.
http://carmenguzman.blogdiario.com/cache/media/files/00/235/376/2014/06/medioscomoindu.jpgPorém ao entregar uma cópia do CD (com as faixas já mixadas) a um conhecido nosso que era produtor (formado na escola de áudio home studio) simplesmente pegou e fez com que todas as faixas soassem de forma dinâmica e com volume comercial.
E como ele fez isso? Usando um dos truques mais manjados da mixagem: enfatizar os médios.
Ele pegou um "compressor multibanda" para aumentar as frequências entre 350 Hz a 1.8 kHz e um "equalizador paramétrico" para limpar o excesso e assim as músicas ficaram parecendo que foram gravadas num grande estúdio cheio das frescuras.
Porém aqui existe dois fatores que foram super importantes para o processo dar certo:

1) Esses meus amigos são ótimos músicos, com excelentes domínio dos timbres de seus instrumentos e gravaram as músicas de acordo com que eles achavam que estava bom "externamente" (ou seja sem preocupar com que ia sair na gravação). Eles usavam todos instrumentos de primeira linha (falo de uma Guitarra Ibanez 370 RG Japonesa com Saymour Ducan ligado a um amplificador Line 6, teclado Korg Wavestation, Baixo Fender Jazzmaster num Amplificador Galen Kruger, Bateria Tama, microfones Shure) e na hora da mixagem, apesar do volume "fraco" ficou muito boa. A mesa que eles usaram para gravar foi uma Digital Roland V880.

2)Aqui o que aconteceu foi que justamente que como a mesa era nova (a primeira banda a gravar nela) e o operador não sabia muito mexer na mesma esqueceu de fazer a programação certa. Por exemplo, ele passou compressor nas pistas, mas na mesa não fez nenhum "buss". O seu aumento de volume foi somente guiado pelas pistas, ninguém sabe direito como estava o master. Mas provalmente estava só somente ele, sem nenhum efeito adicional de "ganho" como compressor, driver ou limiter. Está aí a sorte do meu amigo que "masterizou" (dizendo num melhor termo) pois com outro equipamento, dificilmente iria conseguir tal êxito. Enfim o trabalho ficou bom, o CD vendeu bem e no final deu tudo certo.

domingo, 3 de maio de 2015

Produção: em tempos de playlist

Quando você grava logicamente você vai se "aventurar" pelo conhece.
Tente convencer um roqueiro a gravar um sertanejo, ou um sertanejo a gravar uma MPB, ou sambista a gravar uma dance music e assim por diante.
https://hectorsaanz.files.wordpress.com/2009/10/imagen-electro.jpgVontade até eles tem mas não correm o risco seja por motivo pessoal, por falta de conhecimento, pelos fãs ou pelo mercado mesmo.
Porém nos vivemos há duas gerações que são baseadas pelas "playlist" seja do computador,no carro,celular, tablet ou outro meio de reprodução como aparelhos de som.
A questão é que dificilmente  o ouvinte comum (aquele que não é fã de uma coisa só) fica ouvindo o mesmo estilo direto (a menos que esteja num ambiente para isso) pois a maioria gosta mesmo de fazer uma "playlist" com umas 300 músicas (nacional e internacional) e colocar em modo "aleatório" deixar rolar e o motivo pra isso é porque a maioria das pessoas gostam de ouvir músicas de estilos diferentes porque não gostam de ficar ouvindo um estilo só.