quarta-feira, 15 de junho de 2011

Gravação, mixagem e masterização: quando aplicamos errado os efeitos

SALVE!!!
Muitas vezes temos uma idéia na cabeça... Que efeito nós queremos que o som faça....Porém quando não sabemos algumas coisas (do tipo equalização, frequencias, cálculo de delay, cálculo de velocidade em hertz, decay) podemos ao invés de fazer um efeito, fazer uma coisa "estranha" pois muitas vezes, só o ouvido não serve. O que vou passar agora, é apenas alguns "efeitos" que são os mais usados em instrumentos, VSTi e Midi para "incrementar o som" ou seja: Reverb, Delay, Chorus (não vou falar do compressor, pois o mesmo está relacionado a volume) que ao mesmo tempo pode dar um "calor" na sua música, pode também "acabar" com a mesma!

Reverb
O mais famoso dos efeitos também é que nós faz cair mais em tentação!

Na gravação: não é aconselhado de forma nenhuma quando se usa captação de ambiente (por exemplo voz, guitarra e violão), porém quando fazemos em "linha" podemos nos arriscar colocar o mesmo desde que você saiba o que faz. Por exemplo: casar o reverb da guitarra com o da caixa, casar o reverb do piano com o do violão. Se acaso você estiver usando um VSTi ou uma Midi, procure escutar se esse o som que você quer, pois possivelmente depois você vai ter que casar com os outros reverb que aparecerem.

Na mixagem: a maior tentação de todas: a ambiência "não casa" e tentamos despesesperadamente apelar para o reverb para tudo fechar!Muitas vezes um plugin chamado "ambience" (que simula ambientes) pode resolver isso do que um reverb. Se você tiver usando uma placa de som "não profissional" vá dosando aos poucos! Pois as mesmas processam matematicamente os efeitos em atraso (como se não houvessem ganho e isso tira qualidade do som) e escute bem a ambiência nos fones de ouvidos (que devem ser bons). O melhor aqui é usar o "bom senso" ou seja, casar certas pistas com o mesmo reverb do que passar em tudo que a direito...

Na masterização: reverb no master é uma coisa muito "particular" alguns usam, outros não. A verdade que muitas vezes é melhor você não usar nada de reverb na gravação e na mixagem e deixar para o master. Porém isso é uma caso a parte. O ser humano ouve demais entre 200 Hz e 4 kHz, por isso muitas vezes podemos botar apenas o reverb nessa faixa ou ainda mais reverb na faixa de "brilho" (2 - 6 kHz), porém essa uma decisão "muito" particular.

Delay
Subistituto do reverb, criador de camada, e resolve desafinações (porém pode causar desafinação também)

Na gravação: o delay é o melhor reforçador de som que inventaram. Basta você criar um com 30 ms e zero de feedback e de cara você já tem um "pseudo estéreo", porém como o reverb pode ser acrescentado na mixagem. Dependendo do caso, você já pode grava-lo direto sem problemas, desde que ele corresponda o que você tem em mente. Por exemplo, gravar um vocal com um delay de 250 ms no canal esquerdo e 50 ms no canal esquerdo (a 120 bmp) cria aqueles efeitos que ouvimos nos vocais de hard rock dos anos 80. Já com uso de VSTi/Midi é o cria aqueles "efeitos" marcantes da música eletrônica (juntamente com uso do chorus) porém como reverb ele tem um cuidado: se você não souber pelo menos chegar perto do "tempo" da música com delay, seu instrumento vai soar "desafinado" no campo estéreo.

Na mixagem:dificilmente alguém não se rende a "tentação do delay". Seja para reforçar o som criar "camadas" nas guitarras e voz. Dificilmente um som de "sintetizador" (MIDI ou VSTi) não possue delay, pois ele é responsavel por "dobrar o som". Como na gravação, você deverá ter os mesmos cuidados pois ele vaz o que já foi dito antes:se você não souber pelo menos chegar perto do "tempo" da música com delay, seu instrumento vai soar "desafinado" no campo estéreo.

Na masterização: dificilmente ele é usado na mixagem, porém existem "técnicas em delay estereo" que usam para "pulsar a música" ou "enquadrar a mesma no campo estéreo". Particularmente nunca fiz, mas quem quiser tentar (ou ouvir) é só fazer o seguinte:

1)Pegue um plugin de delay estereo e logo depois dele um plugin de stereo analyser.

2)Se a música tiver em 120 bmp, coloque 250 ms no lado direito (isso fará o som ficar em colcheia) e depois 125 (o som ficará em semicolcheia e sem nenhum feedback!

3)Vá zere a função dry/mix e vá aumentando aos poucos até sentir o som ficr grande.

4)Você deve ajustar o delay até que o analyser informe que o som está dentro do campo estéreo, como a figura abaixo:

repare o que estamos fazendo "aqui" é só substituir um plugin de "stereo enhancer".
um link muito legal!!! aqui o site "Whipin Post" oferece além de mostrar o tempo em bmp do delay também mostra o tempo em hertz, podendo por exemplo, ajustar ou atrasar efeitos como reverb, chorus, flanger, compressor no tempo da música!

Chorus
O chorus foi um dos primeiros efeitos inventados, derivou muitos outros chamados de "modulação" como trêmolo, phaser e flanger. Sua função é criar um "corô" no som, aumentado o som com uso de polifonia (número de vozes num som.

Gravação: o chorus apesar de ser mais antigo, o chorus começou a ser usado mais nas gravações a partir de 1981, onde nas guitarras/violão/baixo deixou as notas mais definidas e na voz deixou a mesma mais audível. Não há problemas em usar ele na gravação pois ele é um efeito que "criamos" e não faz "alterações de som" (tipo afinar ou desafinar). Ele é ensencial nos sintetizadores, pois as modulações sonoras (serra, fita, triangular, onda) parte dele. Sons grandes depende dele também.

Mixagem: basicamente a mesma coisa que na gravação. Pode ser interessante colocar em pistas como xipo, caixa, baixo ou até mesmo bumbo, para dar uma "cor" diferente na sessão do ritmo.

Masterização: nunca ouvi falar em usar esse efeito aqui. Alguém já usou? Provavelmente! Lembre-se que em música vale tudo!


Mais sobre efeitos: consultar resultadosno blog.

Ótimas gravações!!!

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