segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

mixagem: ampliando o som

Salve!
Pra começa a semana, vamos falar novamente sobre como “ampliar” nosso som. Lembrando que esse assunto já foi abordado AQUI várias vezes nesse blog.

1)Som magro, efeito gordo.
Pra começar, um excelente equipamento se não for mixado direito não vai dar em nada, e um equipamento mais ou menos quando mixado direito pode supreender. Não se engane com os comentários da internet, a música está nas mãos (melhor dizendo nos ouvidos) dos músicos, produtores e engenheiros de som e não nos equipamentos propriamente ditos! Pra você ter um idéia aquele som maravilhoso de guitarras limpas que escutamos em gravações da Motown eram gravadas assim: ligavam uma guitarra na mesa de som direta e depois se colocava os efeitos manualmente. Aqui como o guitarrista tinha “vibe” era só acrescentar os efeitos depois sem se preocupar com resultado final.

2)Disseram para colocar os efeitos depois, mas já experimentou assim?
Essa semana estou remixando uma das minhas músicas “Blond Love” e por fim refiz tudo ao invés de remixar: guitarras, cama, baixo, voz, bateria. Porém ao gravar a guitarra fiz o seguinte: o canal direito deixei seco e o canal esquerdo com um reverb estilo “hall” tudo em mono, o resultado foi quando coloquei um canal para cada lado o som da guitarra ficou enorme! Com a voz foi a mesma coisa, porém o reverb usei do tipo “plate”. Aqui é o seguinte: Se você grava um canal com efeito e outro sem a mesma trilha, se o efeito começar a “embolar” (que é muito comum) é só cortar o canal do efeito e clonar o canal sem efeito (porque os dois são as mesma coisa) e refazer o mesmo. Isso não é nenhuma novidade, porém é uma dica muito útil que passa despercebida, porém se for clonar a pista, tenha cuidado na posição do pan, pois dependendo o caso, o mesmo pode sair fora de fase.


3)Gravar em estéreo ou mono?

Bom, isso aqui é muito do gosto especial. Na verdade a bagunça começou AQUI quando começaram a definir os estilos de gravações. Cabe a você, achar seu jeito de gravar. Com minha músicas eu decido o que vai ficar em estéreo ou em mono. Quando algo pede efeito (como voz, violão, gutarra, caixa da bateria) eu prefiro deixar mono, pois dependendo o efeito ele já acrescenta o efeito estéreo automaticamente (principalmente plugins de reverb e delay).

Abraços! Boa semana!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O sucesso depende do quê? 4° – fazer sucesso é como jogar videogame véio!

Continuando nossas postagens, hoje vamos ver o que você é pode ser dentro da música. Eu vou especificar mais a música POP (não estou falando de ser maestro ou algo parecido) e isso é apenas opinião pessoal e experiência que vi e vivi e para fazer isso uma coisa mais “divertida” vamos imaginar que sua carreira na música é um RPG com várias níveis a serem conquistados, afinal como disse o produtor Carlos Miranda: “fazer sucesso é como jogar videogame véio!”

Nível 1 - Roadie
Não precisa entender nada de música para carregar equipamentos. Porém já conheci muitos músicos que eram roadies também músicos e sem contar que muitos artistas que “ralaram peito” foram roadies também pois o seu principal objetivo era estar sempre no meio da música.

Nível 2 – DJ
O que dizer de um DJ? É um músico ou alguém que coloca CD ou MP3 list e deixa a festa rolar? Existem DJ que são instrumentistas que usam o que aprenderam no seus estudos para mixar ao vivo suas músicas (geralmente aqueles cheios de equipamentos e shows são sensacionais), porém outros são apenas “start/stop” manuais. Um DJ para ter destaque (e virar um artista famoso) é necessário ser de tudo pouco: artista, apresentador, músico e animador.

Nível 3 - Ficar em casa
Ficar em casa fazendo o quê? Isso é uma resposta que você deve ter em mente. Geralmente quem trabalha em casa com música são músicos de estúdio e engenheiros de som que depois vão para estúdio com o resultado dos seus trabalhos. Empresários também podem se incluir aqui. Muitos usam a internet e o telefone para fechar vários contratos. Professores também podem se encaixar aqui (somente aqueles que dão aulas particulares). Porém não entendo como ótimos músicos estão em casa, deixando sua música fluir apenas entre 4 paredes!

Nível 4 - Dono de estúdio
Assim como um empresário, o dono de estúdio não precisa ser um músico (mas nunca vi nenhum estúdio onde o dono não seja músico) porém cabe a ele sempre manter em ordem o ambiente de gravação (acústica, equipamentos e engenheiros de som). Vale a mesma coisa pra quem tem um Home Studio e quer ter um dia um estúdio.

Nível 5 – Produtor de show
O produtor de show é o responsável por organizar o show para o artista. Ele precisa cuidar de uma série de coisas (roadies, maquiadores, sonorização, hotéis, camarim, agenda de compromissos) para que o show do artista seja perfeito! O produtor sempre se mantém “colado” no artista, onde quer que ele vá.

Nível 6 - Engenheiro de som
Engenheiro de som é o cara responsável pelas gravações, mixagem e masterização. Pode ter um pra tudo, ou um para cada tipo de trabalho. Ele é responsável por fazer o que o artista e o produtor tem em mente. Precisa ser bem estudado e bem atualizado, e irá mexer com tudo que envolve som, desde acústica, equalização, dinâmica e campo estéreo.
Grau de dificuldade do desafio: 6

Nível 7 – Sideman
Sideman é o “braço direito” de um artista, ele que direciona sua música, que a faz com exatidão o que está no CD no palco, que da alma a ela. Muitos que já foram sideman hoje são artistas e produtores famosos, porém assim como artista, é um desafio em tanto. O segredo do sideman é sempre ser mais estudado que os outros, ter mais alma e mais prática que os outros, para alcançar o sucesso.

Nível 8 Empresário
Tão importante quanto um bom produtor, é um bom empresário. É ele que garante os contratos do artista (shows, gravações, jingles, propagandas, programas de tv, jabá, rádio, eventos sociais) e dará garantia ao mesmo não cair em roubadas! O empresário não precisa ser músico, precisa ser uma pessoa bem apresentável com ótima relação inter pessoal.

Nível 9 Produtor
Produtor é um músico que entende basicamente de tudo: desde instrumentos a gravações, é ele que define como artista vai se comportar, que músicos contratar, que estúdio gravar. Junto com o artista, está em suas mãos definir o sucesso ou o fracasso de uma música. Um artista na mão de um bom produtor se transforma de “água” para “vinho”.

Nível 10 - Artista
Pra começar é o que todo mundo que ser. Quem não quer na música ter fama, sucesso, dinheiro e poder? Ficar 24 horas pro resto da vida só em função disse. Deixar que os outros se preocupe por você e ficar só pensando como vai ser sua próxima música, seu próximo show, sua próxima gravação. Porém pra conseguir isso se você não estiver no lugar certo, não nascer na família certa, não ter os caminhos certos, só resta você “ralar peito” para ficar famoso. Lembre-se: artista que ralam peito são que são imortalizados!

Não importa em qual o nível que você quer alcançar, o importante é fazer bem o que quer e com paixão!


Ótimo fim de semana!!!!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Evolução das minhas gravações

A evolução das gravações
Veja e ouça como gravei minhas músicas e seus respectivos ano e equipamentos:

Power POP: Vontade de amar (2006)



Bateria, Baixo, Cama: Teclado Yamaha PSR 630
Guitarra 1: Tagima S735, Pedaleira Zoom 505 II.
Guitarra 2: Yamaha Pacifica, Pedaleira Behringer X Vamp
Microfone: Lesson SM58
Daw: Vegas


Synth POP:Lady Day (2006)


Bateria, Baixo, Cama: Teclado Yamaha PSR 630
Guitarra 1: Tagima S735, Pedaleira Zoom 505 II, pedal de expressão.
Guitarra 2: Yamaha Pacifica, Pedaleira Behringer X Vamp
Microfone: Lesson SM58
Daw: Vegas


Rock: Vivo eu (2007)



Bateria, Baixo, Cama: Teclado Yamaha PSR 630
Guitarra 1: Tagima S735, Pedaleira Zoom 505 II, pedal de expressão.
Guitarra 2: Yamaha Pacifica, Pedaleira Behringer X Vamp
Microfone: Lesson SM58
Daw: Vegas


Syrock: You cant hate (2007)



Bateria: Boss DR5
Baixo: Boss DR5
Cama: Teclado Yamaha PSR 630
Guitarra 1: Tagima S735 com captação Dimarzio, Amplitube 1.
Guitarra 2: Yamaha Pacifica, Behronger X Vamp
Microfone: Lesson SM58
Daw: Vegas, Acid.


Techno: Max Pressure (2007)



Daw: Inteiramente feita com Acid e Fruit Loops
Microfone: Lesson SM58

Power POP: We are stranger (auto tune demo) (2009)



Bateria: Boss DR5
Baixo: Boss DR5
Cama: Teclado Yamaha PSR 630
Guitarra 1: Tagima S735 com captação Dimarzio, Vamp 2.
Guitarra 2: Yamaha Pacifica, Behronger Vamp 2.
Microfone: Behringer XM8500 e auto tune em tempo real.
Daw: Vegas, Acid.

Rock: Tu eh uma gata (2008)



Bateria: Boss DR5
Baixo: Boss DR5
Cama: Teclado Yamaha PSR 630
Guitarra 1: Tagima S735 com captação Dimarzio, Vamp 2.
Guitarra 2: Yamaha Pacifica, Behronger Vamp 2.
Microfone: Behringer XM8500
Daw: Vegas, Acid.


Rock: Crer (2009)



Bateria: Boss DR5
Baixo, Cama: Korg Trinity
Guitarra 1: Tagima S735 com captação Dimarzio, Vamp 2.
Guitarra 2: Yamaha Pacifica, Behronger Vamp 2.
Microfone: Behringer XM8500
Daw: Vegas, Acid.


Rock: Vida normal (2010)



Bateria: Boss DR5
Baixo, Cama: Korg Trinity
Guitarra 1: Tagima S735 com captação Dimarzio, Vamp 2.
Guitarra 2: Yamaha Pacifica, Behronger Vamp 2.
Microfone: Behringer B-1
Daw: Vegas, Acid.

Synth Pop: Toda vez que te vejo (2010)



Bateria, Baixo, Cama: Korg Trinity
Microfone: Behringer B-1
Daw: Vegas, Acid, Fruity Loops.
Obs: Vários samples utilizados também.

Rock: Blond Love (remix 2011)



Bateria: Plugin Batter3
Baixo, Cama: Fender Squier Jazz
Teclado: Yamaha 630
Guitarra 1: Tagima S735 com captação Dimarzio, Vamp 2.
Guitarra 2: Yamaha Pacifica, Behronger Vamp 2.
Microfone: Behringer B-1
Daw: Vegas, Fruit Loops.

Rock: Banda QN - Mocinho sou eu (2001)



Bateria: Thunder Pro
Baixo: Steinberg
Cama:Teclado Yamaha PSR 630
Guitarra 1: Fender Strocaster, pedaleiras Boss ME 50
Guitarra 2: Gianni Trilogy com captação EMG e amplificador Laney.
Microfone(s): Shure SM 58
Daw: Cakewalk



Rock: Banda QN - Se eu puder voar (2001)



Bateria: Thunder Pro
Baixo: Steinberg
Cama:Teclado Yamaha PSR 630
Guitarra 1: Fender Strocaster, pedaleiras Boss ME 50
Guitarra 2: Gianni Trilogy com captação EMG e amplificador Laney.
Microfone(s): Shure SM 58
Daw: Cakewalk


Pop Rock: Banda Pi – Por quê? (somente como músico) (2004)



Bateria: Baterry 2
Baixo: Eagle SBJ 005
Guitarra 1: Ibanez RG350, plugin Guitar Rig2
Guitarra 2: Giannini Acústica modelo ES-335, amplificador Meteoro Atomic
Microfone: Behringer B1





segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Teste de plugin:Waves PAZ (Psychoacoustic Analyzer)

Hoje irei abordar um dos mais famosos e usados “analyzer plugin” (analisador), o mundialmente conhecido PAZ. Esse plugin é antigo, porém pra mim ainda é que me dá análise mais precisas, principalmente no campo estéreo. Aqui você saberá os segredos desse fantástico acessório de gravação.

Vamos falar separadamente dos módulos do plugin:

1)PAZ-Frequency— Mostra em tempo real como está as freqüências da gravação.
Ela trabalha com “zoom” e classifica as bandas que estão em uso de 20 Hz a 20 kHz.
Os controles aqui são:



A)Navigate – Permite você navegar no spectro, analizando as bandas no ponto que você desejar.

B)Zoom – Aumenta ou diminui a visualização numa determinada banda.

2)PAZ-Position — Mostra como anda o funcionamento do seu campo estéreo.
Os controles aqui são:

A)LF res – Define em Hz qual freqüência grave você quer dar destaque na visualização (de 20 - 80 Hz).

B)Weight – Determina o modo de “peso” da freqüência grave.

C) Freeze – Congela a imagem da análise

D) Show – Mostra separadamente os canais (direito e esquerdo ou em conjunto)

E)Peak Hold – Congela o pico onde desejar. Aqui também ele mostra os impulsos do som (a forma que ele toma) para não ver nada (a forma evento) desabilite essa opção.

F)Clear – Zera o plugin

G)Detect – Define se o som serám detectado por “dinâmica” (peak) ou volume (rms).

H)Response – Mostra onde está iniciando a freqüência de resposta padrão.

3)PAZ-Meters – Mostra como está o em RMS.

Como funciona?

Para demonstrar o plugin separei esse vídeo, basta seguir a descrição em baixo dele:




A)Em 1:09 começa a utilização do plugin
B)Em 1:24 você verá o plugin em ação. Note que o som está centralizado, puxando um pouco para esquerda como mostra a análise.
C) Enquanto a música toca você pode ver as varias variações no campo estéreo que estão ocorrendo nela.
D) Ao mesmo tempo você pode ver o movimento da tela do “analisador”, note que os graves estão zerados a partir de 38 Hz.
C) Os picos indicam uma presença massiva do som entre 120 – 500 Hz.
F)Após 2:08 é adicionado um plugin de limiter. Olhe como as freqüências aumentam a medida que o o plugin é usado.


Baixe e teste!!!

AQUI você baixará a versão DEMO do plugin.
O mais legal aqui é que você pode colocar esse plugin num buss ou num master e pode analisar como funciona o campo estéreo e as freqüências de sua(s) música(s) favoritas!!!

Abraços! Boa semana!!!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Produção: meu primeiro CD é um DVD!

Parece bobagem esse titulo, mas posso garantir que já é a tendência do mercado e novamente a ideia parte das grandes gravadoras. Numa postagem, comentei que “talvez” as gravadoras aumentaram o volume da música e sacrificaram a dinâmica para diferenciar das gravações dos home studio e dos pequenos estúdios. Porém todo mundo sabe que hoje em dia, a tecnologia deles está acessível graças a internet e como há uma séria de engenheiros pressionando a volta da dinâmica elas precisam de outro fator que destaque seus “artistas” dos demais. O resultado é que volta e meia você na tv um artista de que nunca ouviu falar lançando DVD com o dizer “show nacional”. Mas qual a vantagens disso? É o que vamos analisar nos próximos itens.

1)Com um DVD se cria um CD
Pra começar, o DVD pode acumular várias horas de aúdio, pois pode partir do formato básico do CD (44 kHz em 16 bits) até o seu formato máximo (192 kHz em 24 bits). A principal vantagem é que se no show do DVD pode caber até 24 músicas em formato máximo, no CD vai caber apenas 17 em seu formato máximo (ou seja, o CD está pronto com o DVD é só separar as trilhas e cria – lo) dando ao DVD um conteúdo extra, além daquela história de bastidores, como foi feito, etc... A prova disso é que muitos artistas nacionais conhecidos de 2008 pra cá, lançaram de cara DVD e CD juntos para diferenciar dos outros.

2)Na visão do espectador, na visão do contratante
Com um DVD/CD na mão muda-se tudo: do profissionalismo até os contratos. Na visão do espectador, uma cantor/banda que tenha isso é considerado mais “TOP” que os demais (mesmo que o som seja uma bela porcaria) e na visão do contratante, ele contrata um show que espera que seja igual ao DVD e pro artista é muito melhor porque ele pode mudar totalmente o valor de sua “garantia” e de seu cachê (normalmente depois de um DVD a tendência é dobra – ló).

3)Quais os benefícios?
De cara você mata 2 coelhos: O vídeo com seu show e o CD ao mesmo tempo, assim aumentando muito mais a chances de contratarem o artista, além se você for criativo irá mostrar um diferencial. Outra coisa, é poder fazer um "panorama real" (quem usar home theater se sentirá dentro de um show) além poder acrescentar "frequências graves" inexistentes em aparelhos comuns.

4)Quanto custa isso?
Se pra gravar um CD custa horas de empenho e estúdio, você já pensou quanto custa gravar um DVD? Vamos fazer uns “cálculos baixos”:

Local de gravação (ginásio, teatro, centro de eventos)
R$ 2000,00 a locação

Licenças (ECAD, prefeitura, corpo de bombeiros)
R$ 1.500,00 (totalizadas)

Sonorização (precisar ter pelo menos uma mesa digital)
R$ 2000,00 (dependendo o que oferece)

Iluminação (geralmente a sonorização já tem)
R$ 1000,00 (sem nenhum telão de led)

Equipe de sonorização (roddies, produtores, mesários, iluminadores)
R$ 300 x 15 = R$ 4.500,00

Equipe de gravação (geralmente um estúdio com tecnologia surround)
R$ 600 a hora de gravação (vamos dizer que o DVD vai ter 2 horas, R$ 1.200)

Equipe de maquiagem e troca de figurino
R$ 100,00 x 5 = 500,00

Mixagem (horas de estúdio)
R$ 500,00 x 8 = R$ 4.000,00

Masterização
R$ 500,00 x 4 = 2R$ 2.000,00

Arte do DVD
R$ 1000,00

Capa do DVD
R$ 1,00 x 1000 (cópias) = R$ 1000,00

Prensagem do DVD
R$ 0,50 x 1.000 (CÓPIAS) = R$ 500,00

Prensagem do CD
R$ 0,50 x 1.000 (CÓPIAS) = R$ 500,00

Marteking e divulgação
R$ 5000,00

Total do DVD/CD = R$ 20.000, 00

Claro que isso não envolve só a gravadora! Os artista independentes buscam apoio de patrocinadores e amigos para gravar seu DVD/CD, além disso é cobrado o ingresso do show de gravação, ou seja, se ele colocar no local 1000 pessoas sendo que cada ingresso seja vendido a R$ 10,00 ele já tem R$ 10.000 a metade do valor do DVD. Porém vale lembrar que muito dificilmente um show para um lançamento nacional de uma grande gravadora sairá por menos de R$ 50.000.

4)Já faço gravação, como entrar nessa?
Se você tem prática de gravar e mixar, sugiro comprar um “home teahter” um placa que tenha surround (como um Sound Blaster Audigy) e experimentar mixar sua músicas em surround. Claro que você precisa ter o equipamento de mixagem básico, pois o surround é apenas outro tipo de “panorama”. Aqui já fiz uma matéria sobre como funciona o campo estéreo no nossos ouvidos.


Bom fim de semana!! Ótimas gravações!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Produtor de evento: abertura para Luan Santana

Salve!!! Hoje vou descrever como foi a abertura da Dupla Samuel & Greice para o grande astro da música sertaneja atual: Luan Santana.

Reconhecimento do local
Chegamos no Centro Eventos em Concórdia – SC e de cara já tomei um susto: o local estava quase totalmente cheio (até o às 21:00 o local já tinha mais de 10.000 pessoas), então o que fazer? Primeiro de tudo achar o palco para instalar os equipamentos e logo em seguida achar o camarim para os artistas. No palco conheci o Marcos Bassio (produtor do Luan Santana um cara muito gente boa) que me indicou com quem poderia falar para instalar meu som.

O Show de Samuel e Greice
O show foi aberto com a música principal da dupla (e tocada nas rádios de SC) “Aquele que sou eu”. Dessa vez um show bem variado indo do sertanejo universitário, rock e até músicas dançantes. O show foi terminado, e mais uma vez (graça a Deus) foi um sucesso! A dupla depois na “ala vip” tirou fotos e deu autógrafos aos fãs!

O Show de Luan Santana
O legal de abrir um show para um artista nacional é o aprendizado. Luan Santana deve ter um dos melhores shows atuais do país. Os músicos são fantásticos, as back vocals lindas, a iluminação perfeita e várias coisas pirotécnicas (como fogo, canhão de alumínio, chuva de bolas de sabão, chuva de papel picado e muita luz) ele agitou bastante a galera e a tratava super bem.

Conclusão
Para a dupla que está correndo a 7 anos para ser reconhecida nacionalmente, foi um passo importante, pois não é todo mundo que consegue abrir o show desse astro nacional. Vou encerrar a postagem mostrando a você a emocionante regravação de “faz um Milagre em Mim”



Abraços!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Como está a dinâmica do seu som?

Salve! Continuando a falar sobre o assunto “dinâmica vs volume”, você sabe como está a dinâmica do seu som? Para saber basta baixar gratuitamente o plugin e o stand alone oferecido pelo site Pleasurizemusic.
Esse teste não vai dizer se sua música está boa ou não (porque isso depende de vários fatores) e sim vai lhe dar pistas para onde está andando sua gravação, mixagem e masterização. Veja algumas músicas que analisei com o plugin DR e seus resultados. Veja AQUI a qualidade da música analisada (clique no nome da música para escutar a mesma)

Garota Radical (Banda Cine)
Ano:2009
Estilo:Emocore
Dynamic Range (freqüências audíveis): 6
Peaks (picos): over
RMS (volume): - 8 db

According to you (Orianthi)
Estilo: Hard Rock
Ano:2009
Dynamic Range (freqüências audíveis): 5
Peaks (picos): over
RMS (volume): -7 db

Bizarre Triangle Love Remix 94 (New Order )
Estilo: Synth Pop
Ano:1994
Dynamic Range (freqüências audíveis): 6
Peaks (picos): over
RMS (volume): - 7

Money For Nothing (Dire Straits)
Estilo:Rock
Ano: 1985
Dynamic Range (freqüências audíveis): 12
Peaks (picos): over
RMS (volume): - 14

Californication (Red Hot Chilli Peppers)
Estilo: Rock
Ano:2000
Dynamic Range (freqüências audíveis): 4
Peaks (picos): over
RMS (volume): - 5 db

Shimbalaê (Maria Gadú)
Estilo: MPB
Ano:2010
Dynamic Range (freqüências audíveis): 8
Peaks (picos): Over
RMS (volume): - 10 dB

Larga de bobeira (Michel Telo)
Estilo: Sertanejo
Ano:2010
Dynamic Range (freqüências audíveis): 6
Peaks (picos): over
RMS (volume): - 6 dB

Tô de cara (Luan Santana)
Estilo:Sertanejo
Ano: 2010
Dynamic Range (freqüências audíveis): 9
Peaks (picos): - 1
RMS (volume): - 11 db

Bônus

Toda vez que te vejo (Automusic)
Estilo: Synth Pop
Ano:2010
Dynamic Range (freqüências audíveis): 7
Peaks (picos): over
RMS (volume): - 7

Vontade de amar (Rafael o KH)
Estilo: Pop Rock
Ano:2006
Dynamic Range (freqüências audíveis): 7
Peaks (picos): - 1
RMS (volume): - 8 db

Boas Gravações!!!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Pelo fim da guerra dos volumes

Salve!!! Hoje convido a você fazer parte de um site muito importante chamado pleasurizemusic que traduzido ao pé da letra significa “música com prazer”. O cadastro é grátis, rápido e cheio de curiosidades, porém está em inglês (mas nada que o tradutor do Google não dê um jeito)
Por que se cadastrar?
É um site que reúne músicos, produtores, artistas e engenheiros de show em busca de algo em comum: o fim do som alto nas gravações. A figura abaixo explica melhor isso:

Note que a primeira música está em ordem, tem dinâmica porém a segunda música está totalmente achatada. Não nós referimos a qualidade de som, e sim ao volume da música em RMS. Antigamente as gravações podiam ir de 1 a 10 em seu controle de volume e a dinâmica do som continuava a mesma (você ouvia tudo com clareza). Hoje você tem um som alto com o volume 5 (aqui ainda há dinâmica) e agora no volume 10 se torna “ensudessedor”. Não entendeu ainda? Olhe esse gráfico:

Perceba que nos últimos anos, há uma “preocupação” somente em deixar o som alto e não dinâmico. O que acontece? Para fazer um som alto, precisamos fazer um acréscimo nas freqüências de 1 kHz – 4 kHz (médios e médios agudos) e assim o que irá acontecer com nosso ouvinte será “fadiga” de seus ouvidos em volumes altos.
Uma das vantagens de ser um membro é que eles possuem “plugins” que podem ser baixados gratuitamente que controlam a nossa dinâmica.

Dinâmica vs Volume
Sem entrar muito no assunto, a uma grande diferença entre dinâmica e volume. Respeitar a dinâmica é a gente escutar uma música bem gravada, mixada com cada coisa no seu lugar e masterizada sem “destruir” os processos anteriores e ainda se manter “igual” em qualquer volume. Quando se respeita somente o volume, o processo de gravação pode ser correto, o de mixagem também, mas masterização só respeita o volume. Ou seja: comprimir tudo, dar ganho em freqüências que nos fadigam, achar um meio de soar alto (nem que seja clonar os canais e deixar tudo num grande mono).

Esse vídeo já mostrado aqui mostra a evolução dessa guerra:



Quem vai ser o primeiro?
Uma das perguntas que me faço: há como respeitar a dinâmica e o volume ao mesmo tempo? Esse possivelmente será um desafio para músicos, produtores e engenheiro de som para que a música atual seja agradável. Leia Aqui um série de postagens do Produtor Dennis Zasnicoff sobre a “Guerra dos Volumes”

Abraços!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Gravação: preparando para gravar

Pra começar a semana, vamos falar sobre a checagem da parte mais importante da música: a gravação. O que vou falar pode até parecer simples para um monte de gente, desde iniciantes a profissionais, porém em várias gravações é só colocar um brick wall entre 50 – 80 Hz, para ouvir “um monte de ruídos conjuntos” que possivelmente vão aparecer em 10 – 16 kHz depois em uma masterização. E de onde vem esse ruídos? É o que vamos abordar hoje nessa postagem.

1.Fonte de ruídos
Ruídos podem vir de vários lugares: o microfone do bumbo que está pegando o “click” do pedal, a guitarra que está mal aterrada e o músico ainda acrescenta “distorção” na mesma, o amplificador do baixo que está com algum transistor queimado, o ambiente mal isolado ou isolado demais, o vocalista que inventou de gravar com o microfone em punho, a tecladista que deixou as unhas comprimidas demais e agora toda as notas saem “pianíssimo”, o computador da gravação que não está aterrado, o horário (uso excessivo de coisas ligadas), a mesa de som que está com “knobs” velhos demais (o fósforo dentro deles está gasto e qualquer “fade” faz ruído e pode acontecer com todos os equipamentos), violão que está trastejando, e mais um monte de fatores. Porém de todos eles o maior causador de ruídos são os cabos. Quando um cabo de som está com defeito, é impossível fazer alguma coisa (muitas vezes locais mal aterrados podem se salvar usando corretamente o noise gate) pois o problema está na origem do som. A maioria das gravações são “vítimas” desse mal. Pra quem grava em casa não é problema (pois podemos pensar como solucionar com calma) mas imagine alguém que tem estúdio e acontece isso? Pode causar um “desconforto” para o cliente. É por isso que mesmo quem grava em casa é sempre bom ter cabos duplicados pra tudo. Sempre é bom revisar todos os cabos, pelo menos a cada 3 meses.

2. Som branco
Vocâ já deve ter falado em “som branco” (white noise) e “som rosa” (pink noise) e qual a diferença entre os dois? Nenhuma. Os dois significam um “ganho de amplitude” indetectável para o ouvido humano (somente osciladores e plugins analyser enxergamos os mesmos). Na prática, toda vez que gravamos uma pista, e acrescentamos outra para continuar gravando, geramos um som branco. (ou seja o acréscimo de pistas: bateria, baixo, guitarra, teclado, voz) e dependendo como está a qualidade da gravação ele amplia para um som positivo (tudo nos seus lugares sem ruído) ou negativo (gravação com ruídos). Você não perceberá na hora, mas quando finalizar o seu CD será toda a diferença entre ele ficar “transparente” ou “abafado”.

3.Ambiente
Durante muito tempo, engenheiros de som defendiam ambientes abertos. Depois mudaram para defesa de ambiente fechados e agora, todos chegaram num consenso:
O ambiente pode inferir em gravações de microfone (por exemplo adicionar um reverb extra) porém quando temos ruídos nas gravações o maior fator é o ambiente externo. Eu não lembro qual o artista, mas eu sei que eu estava ouvindo um CD dele e numa determinada música você escuta um “vrumm” numa parte que só toca o baixo e a bateria. Fui pesquisar na internet e li um artigo que no estúdio onde eles gravaram fica do lado de uma highway (alto estrada) e possivelmente esse era o ruído de algum carro ou caminhão. Possivelmente não mexeram porque o ruído casou com a música (veja isso melhor no item 6).

4.Noise Gate
Sem duvida, uma das maiores invenções de estúdio. O popular NS ou Gate faz com que o ruído do instrumento seja “neutralizado” quando o mesmo está em repouso. A maneira mais simples de detectar se um cabo está corrompido ou se sua energia está com problemas é usar um gate fazendo o seguinte. O gate padrão é - 32 “threshold” e uns 10 de “decay”. Se você continuar ouvido ruídos em repouso vá aumentando de 5 e 5 (39, 25, 20) o “threshold” . Se chegar em – 10 dB e há ainda algum “ruído” você pode ter a certeza que algo está errado no cabeamento, energia ou instrumento.

5.Ajuda do equalizador
Você já deve ter visto em plugins de equalizador paramétrico um “preset” chamado “cut hum in 50 - 60 Hz” mas você sabe o por quê? Pois aqui está a maioria dos ruídos elétricos da música. Cortando aqui, você tem a garantia que ruídos elétricos não apareçam no master depois entre 10 – 16 kHz. Porém assim como o “autotune” o equalizador e o noise gate servem para resolver coisas “leves” e não pesadas”!


6.Horários
Você já notou que em entrevistas os músicos famosos sempre falam em gravar mais na parte da noite depois das 22:00, madrugada ou ainda em períodos pela manhã das 04:00 às 09:00? Coincidência? Será por que todos são madrugadores de tanto fazer show? Na verdade que determina isso é o produtor por um simples motivo. Nesses horários as pessoas estão dormindo ou acordando, e assim além do barulho externo não existir as quase não há uso de aparelhos eletrônicos que podem poluir com ruídos elétricos (o chamado tráfego de eletricidade). Faça um teste: tente gravar das 10:00 às 14:00 e das 18:00 às 20:00 para você ver como a rede elétrica por mais filtrada que seja sempre fica com ruídos.

7.Equipamentos problemáticos, coloração diferencial
Em muitos casos aparelhos e cabos problemáticos podem se tornar um “tempero” na música. Quando Robby Kriegger do The Doors fez a introdução da música the “end” aquele efeito demoníaco do início (que lembra um ventilador) na mais é o mesmo tocando numa guitarra com os captadores com fase invertida. Em algum ponto da gravação houve um acidente com uma das guitarras (provavelmente caiu no chão) e o captador ficou fora de fase. Ele achou interessante o barulho que a guitarra fazia e decidiu gravar. Tom Morello disse em que muitos efeitos de percussão usado no Rage Against Machine o seu preferido é pegar um cabo, bater na ponta do plug e controlar o ruído que ele emana com um wah ou whammy. Por isso muitas vezes, aquele “ruído” ou barulho que pode ser uma sujeira, também pode ser uma cartada, quando colocada em outro local.

Boa semana!!!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

5 Músicas indepedentes

Para essa postagem de fim de semana, vou postar 5 músicas feitas por amigos meus e por músicos que analiso mensalmente suas gravações! Confira você mesmo! Veja como esse país está cheio de talentos!!!

Ótimo fim de semana!!!!!

5. Crashed - Celso Ferreira



4.Nação Nesta - Madeira



3. Viktor V. - Ficando Rouco


2. Samuel e Greice – Aquele que sou eu


1.Rafael O KH – Toda vez que vejo

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Entrevista Joe Chiccarelli

Traduzido do livro "The Enginners Handbook Manual" Um dos maiores engenheiros de som e produtor Joe Chiccarelli dá suas dicas!
Esse "mestre" já trabalhou com: Tori Amos, Etta James, Beck, U2, Oing Boingo, Shawn Colvin, Frank Zappa, Bob Seger, Brian Setzer, Hole.

Quanto tempo você demora para mixar uma música?
Depende muito do material, a quantidade de pistas e o arrajamento. Eu tento trabalhar rápido. Eu acho que com trabalhos demorados você pode perder o foco, se atolar e ainda deixar de lado pequenos detalhes. Você perde o sentindo da música, o que ela representa e sua alma, por isso gosto de mixar em apenas 8 horas. Em três horas pego a gravação, seus sons básicos e seu sentimento. Em seis horas eu tenho todos os balanços e começo a finalizar o som. Após isso chamo o artista para ouvir comigo o resultado sempre com opção de voltar no outro dia. Quando eles voltam tentamos chegar num consenso comum e obvio que você verá pequenas coisas que andam passando despercebidas, porque após ficar o dia todo trabalhando com isso seus ouvidos ficam cansados eu começo a colocar volumes muito altos ou exagero no echo.

De onde você parte para mixar?
Eu não tenho sistema pois sempre trabalho diferente a cada música pois o que importa é achar como colocar a canção no centro ou fazer com que ela pegue. As vezes começo pela seção rítmica, as vezes construo tudo em torno do vocal. Gosto de primeiros começar pelos Faders deixando tudo no mesmo volume e deixar todo balanço em “flat” para ouvir como é a canção pra depois começar a trabalhar.

Quando você está mixando você varia de canção para canção ou prefere deixar tudo no mesmo padrão?
Eu procuro variar de canção para canção, porém deixando o mesmo tratamento de reverb e o mesmo tratamento para as baterias. Eu tento deixar o mesmo nível de consciência porém tratando uma canção diferente da outra. Pessoalmente gosto de gravar os takes em 10 ou 12 lugares diferentes.

Você acrescenta efeitos na mixagem?
Eu começo sem e quando vejo que o som está muito “sem sal” vou acrescentando aos pouco para dar personalidade.

Você tem um setup de efeitos próprio?
Regularmente gosto de usar um AMS Hamonizer usando um lado com “pitch up” e o outro lado com um “pitch down” bem leve. Em algumas músicas trabalho sem reverb porém outras coloco em tudo. Meus reverbs saem de processadores Sansamps ou de equipamentos como o Roland Space Echo ou até de pedais. Eu acho que há muitos mais personalidades em “high end” feitos usando pedais de efeitos.

Você tem problemas com barulhos e ruídos?
Claro, mas temos que se adaptar a isso. De vez em quando um ruído pode dar personalidade ao som, pedais baratos tem esse problema. Tenho comigo alguns pedais que me dão uma coloração bem diferente do que as coisas digitais trazendo brilho a pista. O novo pedal da Sony VP55 está com presets muito bons. Eu gosto disso porque esse fica som irá ficar “denso” ao contrário das gravações digitais caseiras que possuem muito brilho de coisas digitais. Gosto muito de um EMT real ou de Câmara real. Para mim um bom reverb análogo ou echo análogo é mais fácil de ajustar do que fazer 4 ou 5 canais digitais virarem um só.

Quando você usa usa uma câmara ou um ambiente real tipo plate (redondo) você coloca também um pré delay?
Eu uso muito um DDL (digital delay) para isso. Muitas vezes faço dois delays separados virarem um. Eu uso isso muito em vocais para colocar eles no ambiente inicialmente com eco, pois separadamente esses sons ficarás grandes.

Como você começa a equalizar?
Depende muito do projeto em particular. Isso depende como foi gravado o material e quanto será necessário trabalhar em cima dele. Bob Clearmountain é um dos gênios que sabem onde “mexer” e “não mexer” pois é o segredo: saber onde aumentar/diminuir e saber onde não fazer nada, deixar tudo como está. Eu tento seguir isso mas confesso que não tenho medo em aumentar +10 dB se for necessário. Uma coisa que uso bastante é o “Spectrum analyzer” (analisador de espectro) que mostar como está o estéreo, o “high end” (final acima de 20 kHz), “bottom end” (freqüências entre o grave e o grave médio 50 – 120 Hz) e “low end” (final abaixo de 20 Hz) além de separadamente ver na voz onde tem mais “sss” e “sibilance”. Eu sei que em muitas gravações com analisador posso ver quais as freqüências estão corretas, com falta ou com excesso demais.

Você procura um tipo de “curva” ou algo que pareça legal?
Procuro balanços entre as oitava nas freqüências médias. O que está demais em 30 Hz pode não estar tão poderoso em 50 – 80 Hz. Quando gravamos em muitos estúdios um problema de “controle de áreas” devido há algumas aparelhagens usadas que podem afetar as freqüências próximas aos médios graves. Por isso sempre cuido isso.

Como você faz o panning (posicionamento dos pans)
Uma das coisas que eu faço é deixar tudo bem posicionado e depois ir movendo os pans em volta dessa posição. Por exemplo, se eu deixar um som perto de 3:00 (25 pan) para ajustar isso bem vou fazendo pequenos movimentos sempre buscando deixar os sons claros. Equalizar alguma coisa sem posicionar o pan pode causar conflitos com outros instrumentos, sempre procuro fazer com que eles soem juntos.

Como você chega a uma compressão ideal?
Compressão é como uma droga que você não consegue largar. Num dia tudo soa muito bem, mas no outro você perceber que tudo está demais. Porém eu tento sempre deixar o compressor num “buss” em estéreo. Muitas vezes o baixo e o bumbo ficam melhores soando juntos ou ainda quando gravados ao mesmo tempo. Procuro colocar eles juntos no mesmo compressor, saindo em pouca quantidade e indo misturando para que o som se torne grande no seu interior. Isso ajuda a tirar os mesmo do caminho do vocal.

Você usa mais reverb ou delay?
Depende do projeto. No pop uso reverb, no rock reverb com algum delay. Tento evitar usar muitos efeitos. Procuro outros caminhos para colocar reverb nos instrumentos e muitas vezes faço 2 pistas mono sendo que um coloco reverb e outra não. Prefiro usar o reverb em mono porque evita conflitos de EQ.