segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O sucesso depende do quê? 2° – Ser um músico “Estudado” ou “Autodidata”

Salvem! Na postagem anterior falamos sobre personalidades. Hoje vamos pensar num assunto que chega ser polêmico: vale a pena estudar ou tirar tudo de ouvido?
Pra começar temos ver que música é música não importa se há estudo ou não porém temos que colocar na balança todos os benefícios que os estudos nos trazem e todo o feeling que o ouvido nos dá, procurando o melhor para nós.

A) Amador vs profissional
Sinceramente eu acho e termo bobagem na música. A minha explicação é bem simples: aquele seu colega que tinha banda e ganhava a vida como músico e você o considerava profissional, hoje em dia ele continua tocando porém de vez em quando e mais em casa e trabalha num escritório pra você agora é considerado amador?Acho que não. Isso pra mim é uma herança que a OMB nos impôs pois isso antes tinha na carteira. Porém já vi caras que na carteira eram “amador” tocavam muito mais que outros considerados “profissionais”. Muita gente “trancado em casa” tem muitos mais conhecimento e feeling do que está nos palcos ou em estúdio. A música é mais emoção do que outra coisa.

B)Estudado ou Autodidata
Se a música vem da alma, alguns se expressam naturalmente e outros não. Alguns tem talento natural, outros lutam para adquirem esse talento. Alguns tem uma coodernação fantástica tocam, cantam e dançam mas outros são bons apenas em uma coisa.Alguns tocam muitos instrumentos e outros apenas um, e se todo músico é literalmente classificado como “Estudado” ou “Autodidata” quem é que se destaca?
Muitos amigos meus acham que guitarristas da década 60/70 que não tinham muito estudo, só sabiam fazer 3 escalas e mandavam bala e tocavam com a alma são o máximo! Outros acham que os guitarristas dos anos 80/90 que tocam “milhões de notas por segundo” que estudaram 24 horas por dia e sabem tudo sobre escala, harmonia e melodia são os verdadeiros deuses, porém tudo isso é o “ponto de vista de um músico” porque para ou ouvinte isso não faz diferença e sim escutar o que lhe agrada. Se você estiver tocando num público que ama sertanejo, tocar rock será um sacrilégio não importa quantas notas você toque. Se você tocar pagode para um grupo de metaleiros dificilmente irá agrada-los. Eu me lembro de um churrasco que eu fui e me senti um verdadeiro “inseto” pois todos lá eram grandes músicos, alguns tocavam profissionalmente e outros por diversão. Havia uma garota que acabará de se formar em violão clássico e que se achava a “última batatinha do pacote” e realmente ela era muito boa. Porém havia um cara que tocava a “fina nata” da MPB (falo de Caetano Veloso, Chico Buarque, Djavan, Tom Jobim, João Gilberto entre outros) e ele era tão impressionante que conseguiu até fazer essa “convencida” elogiar ele. Quando perguntei pra ele qual era as notas da música “Brasileirinho” veio o meu espanto. Ele me disse “não sei, toco tudo de ouvido”. Foi a primeira vez que eu vi ao vivo um autodidata literalmente “quebrando tudo”.Eu sou um cara que vivo estudando por isso uma vez um professor de guitarra que tive na primeira aula me disse. Vamos aprender “harmonia implícita”. Não sabia que diabos era isso, mas depois ele me mostrou: tocar walking bass, melodia e harmonia tudo ao mesmo tempo. Quando ele me demonstrou o que era, eu vi o que era realmente o que um cara “super estudado” em guitarra. Se estou usando muito o termo “guitarra” ou “violão” e porque esses são os instrumentos que mais toco mas isso pode ser pra qualquer um. Vou falar de outro, a voz. Todo mundo acha que canta mas a coisa não é assim. Como um instrumento a voz precisa de uma série de fatores: postura, entonação, afinação e respiração. Muita gente boa e até excelente canta com a “garganta” isso é uma coisa “autodidata” agora que canta com o “diafragma” tem estudo, pois todos nós nascemos respirando usando o diafragma e esquecemos ao longo dos anos e o estudo nós devolve essa respiração, assim como um guitarrista “ET” que faz tudo certinho mais não sabe usar os 4 dedos para solar. Ou ainda vários tecladistas que ao invés de usar as duas mãos para tocar usam uma ou um baterista que toca com a bateria completamente invertida. Estudar ou autodidata depende só de você, pois sempre devemos achar tudo o que for confortável para que nossa música saia sempre como queremos, porém não há caminhos fáceis pois em música, pouca coisa está pronta.

C)Equipamentos vs talento
Essa é outra coisa que gera briga. Um guitarrista toca mesmo ou seu “super equipamento” nos engana? Aquele vocalista é um bom cantor ou anda abusando de “autotune”? Este tecladista está tocando ou está usando MIDI ou sequencer? A vocalista na tv está cantando ou é playback?Equipamento é sempre super importante, porém nada pode ser mais que o talento. Ter talento muitas vezes não significa “ser perfeito” e sim fazer o que precisa ser feito com o mínimo de erros. Porém avaliando gravações noto que muitas vezes a banda que analiso está melhor que a banda que estou usando como comparação e daí infelizamente nesses casos, o equipamento fala mais alto que o talento pois é essa diferença crucial entre as duas gravações. Porém lembre-se que ninguém que tem sucesso começou tocando com um “super equipamento” a não ser que tenha nascido em berço de ouro.

Na outra postagem, falaremos algo puramente egoísta: Procurando o melhor pra mim. Abraços!!! “Todos nós andamos em Y. Cabe a você escolher o caminho”. “O sucesso na música é uma luta incansável e sem pausas ou descansos.”

Até a próxima!!!!

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